terça-feira, 28 de abril de 2009

Maiorias de apoio

aqui tinha escrito sobre o Sporting- Boavista de 1994. Um momento mágico. Enganei-me nalgumas coisas. Agora finalmente o resumo completo do jogo, a jeito de prova empírica. Cortesia do Portal Sporting Memória.

Pânico e o barro à parede

O previsível anúncio da recandidatura de Filipe Soares Franco não apanha propriamente ninguém desprevenido. É certo que ainda não se trata de um anúncio oficial mas as notícias não saem por acidente e alguém a terá plantado no Público, um órgão de comunicação de "referência", à espera que desse flores. Entre as flores mais esperadas encontra-se uma candidatura de oposição. Uma candidatura que a "situação" espera que seja um girassol, sempre a rodar em torno do nosso Rei Sol, ou pelo menos do príncipe herdeiro. Ora, se formos a ver bem não percebo o stress que para aí vai nas caixas de comentários, nos blogues e sensibilidades diversas do sportinguismo. As eleições ainda não estão marcadas, a época desportiva está em curso e apesar da notícia de recandidatura de FSF esta ainda não foi oficializada. Nem sei se já está aberto o período de entrega de candidaturas. Acho que o povo chama a isto mandar barro à parede. Objectivamente a candidatura de continuidade também ainda não existe e essa candidatura inexistente também não apresentou nenhum programa. A única coisa que se sabe é que essa candidatura quer desmembrar o clube e espera legitimação eleitoral para o conseguir. Essa candidatura imaginária também ainda não disse o que pretende fazer caso os sócios do Sporting Clube de Portugal voltem a chumbar as propostas de "reestruturação financeira". Como alguém disse, um voto não é um cheque em branco e os estatutos do Sporting também não o tomam como um cheque em branco. Há questões que, de acordo com os estatutos do clube, ultrapassam a esfera eleitoral. Gostaria, neste contexto, de saber para que é que serve o discurso confrontacional do ainda presidente do clube, e ainda não se sabe se futuro candidato, dirigido ao que desrespeitosamente chama de minoria de bloqueio. Imaginem uma família, uma comunidade, um país ou um planeta que considerasse que 30% dos seus membros são dispensáveis e os tratasse como tal. Que imagens é que vos surgem imediatamente na cabeça?

Surpresa ou já nem vale a pena fazer comentários

A falta de projectos alternativos a poucas semanas das eleições para a direcção do Sporting e as muitas pressões de personalidades “leoninas” dentro e fora dos corpos sociais do clube convenceram Filipe Soares Franco a recuar no seu propósito de não se recandidatar à presidência do clube e a avançar para um novo mandato.

No último sábado, dia da recepção ao Estrela da Amadora, informou os seus mais directos colaboradores e apoiantes que estará disponível para continuar à frente do clube.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A táctica para o jogo

Devido à escassez de recursos humanos para o próximo jogo resolvi fazer de treinador de bancada (espécie de oliveira e costa no trio d' ataque).
Sendo que bento vai fazer alinhar: patrício na baliza; pedro silva à direita, caneira à esquerda (quiça rony), no meio carriço e polga. Meio campo em losango com adriem a trinco, pereirinha à direita, veloso à esquerda e pipi a 10. No ataque liedson e postiga.
Na minha equipa alternativa: patrício na baliza; caneira a defesa direito, carriço e polga no centro e rony a lateral-ofensivo na esquerda. No meio campo, adrien a trinco, veloso a médio centro a descair para a esquerda, pipi a 10 e pereirinha a médio lateral direito. No ataque postiga como ponta de lança fixo, jogando liedson como segundo avançado, a jogar com avançado do lado esquerda.
Assim pela esquerda o rony tinha liberdade para fazer o que ele sabe, cruzar e atacar 8não vale a pena -lo a defender), pela direita caneira fechava, fazendo uma tripla de defesas. No meio adrien e veloso, o primeiro mais defensivo e o segundo com ordens para subir no terreno. O pipi a fingir que joga e a arrastar alguém da defesa ou do meio campo com ele, onde pela direita pereirinha podia atacar à vontade, tendo caneira nas costas e liedson equlibrava descaindo para a esquerda quando fosse necessário também para segurar o lateral direito do estrela da amadora.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O cair da Máscara

Para quem ainda tinha dúvidas, ou certezas, sobre a idoneidade das pretensões do CD do Sporting, elas ficaram bem patentes neste comunicado. O CD do Sporting acaba de informar que a AG datada para 8 de Maio no qual se iria votar o plano (mais um) de reestruturação financeira foi cancelada.
Na AG da passada sexta-feira o que estava em discussão e o que foi afirmado pelo Soares "só de uma palavra" Franco era que aquela AG servia unicamente para discutir o sistema de votação da AG de 8 de Maio, não se debruçando sobre esta mesma. O que agora se verifica é que a proposta do referendo era apenas uma MENTIRA. Com efeito, o chumbo da proposta e o modo de que a proposta de reestruturação financeira não passasse levou a cancelar a mesma. De facto a AG de sexta-feira era uma mentira, apenas servia para que a proposta de reestruturação financeira passasse à marretada, já que não passava a martelo.
Com esta decisão caiu a máscara que guardava a reles mentira com que apregoaram as boas intenções do Referendo.
Sinto-me de consciência tranquila por ter votado não e ter contribuído para que a mentira viesse ao de cima.

SPORTING CLUBE OU NADA!
HASTA LA VICTORIA, SIEMPRE!

P.S.: já é segunda-feira e continuo à espera que o site do Sporting publique o programa eleitoral de soares franco, no qual ele dizia que não prometia um pavilhão até ao fim do mandato, apenas um terreno. Não quero acreditar que o presidente minta aos sócios, nunca...

domingo, 19 de abril de 2009

Propaganda Eleitoral

No final da AG em que a proposta da direcção foi chumbada por não obter o número de votos e de votantes necessários exigidos, soares franco disse que nunca tinha prometido um pavilhão neste mandato, mas sim um terreno para a construção do mesmo.
Disse ainda que no dia seguinte (sábado ou domingo, dependendo da hora) iria mandar publicar no site do clube o seu programa eleitoral.
Vamos dar até amanhã para ver se o homem cumpre a palavra (apanágio dele).
Já agora seria bom que alguém tivesse o tal programa eleitoral para comparar com o que vai ser publicado no site (se for publicado).
Começo a perceber a questão de ter palavra para alguns apoiantes de soares franco, se um disse que a palavra não era importante,que o importante era mudar de opinião, outro, roquete dá uma entrevista à bola em 2009 a defender o referendo, e em 1999 tinha dado uma entrevista ao record a defender as AGs. Liminar.

Guimarães - Sporting

Belo jogo na primeira parte, com as duas equipas a criarem ocasiões de golo e a jogarem aberto, sem rendilhados tácticos em demasia. Devia ter ficado 1-2 ao intervalo. Aceito a anulação do golo ao carriço, entrou de perna esticada.
Segunda parte inicial de fraco nível do Sporting, muitos passes errados e desconcentração. Notou-se mais o erro em jogar no losango sem jogadores para isso - veloso no lado esquerdo. Foi preciso o guimarães marcar para o treinador adaptar a táctica aos jogadores, por postiga e passar para um 4-3-3. Os esquemas tácticos alternativos também se aprendem e são para usar.
De facto só após esta situação conseguimos fazer mais de 3 passes para a frente e começar a encostar o Guimarães, claro que eles podiam ter feito o 2º, mas viu-se que eram uma equipa acessível, mais forte fora de campo do que dentro de campo, e bastou um golo para abanarem e abrirem caminho ao segundo.
Dos jogadores as exibições foram sofridas, salvando-se o carriço, o liedson pelo golo e o rony, quem diria. Pela negativa o pedro silva, o homem consegue acelarar o meu ritmo cardíaco sempre que inventa e perde a bola na defesa.
Pelo árbitro, aceitando o pé em riste do carriço, era excessivo o amarelo a moutinho, mas não foi excessivo o amarelo a derlei, já vi vermelhos em entradas parecidas. Nada de mais, o gajo é mau árbitro e prejudica sempre os jogos, e não foi apenas para um lado, o gajo transformou uma falta do Sporting numa falta do Guimarães à entrada da área deles. Incompetência.

P.S.: O bento não vai estar no banco no próximo jogo, o que não é motivo para preocupação, como se viu demos a volta ao resultado e ele também já lá não estava.

A terceira vez

Depois de ter virado o jogo na Reboleira e no Restelo, o Sporting voltou hoje a virar um resultado fora de casa, num jogo que decorreu num contexto altamente desfavorável. Meio meio-campo lesionado, alto grau de debate interno (que não afecta o rendimento dos jogadores, todavia), adversário complicado, bolas na barra na primeira parte e arbitragem manhosa. No fim do jogo com o Estrela na Reboleira lancei a minha profecia: "vamos ser campeões. finalmente virámos um jogo". A tendência continua. Siga para o título. Haja vontade e Paciência. O Saleiro amanhã marca o golo da vitória!
Os comentários sobre a SAD, AG, Referendo e VMOCS continuam amanhã. Finalmente um dia de relax.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

The Clash - ao vivo no pavilhão atlântico

Até logo!

Debate democrático e imprensa II

Já tinha feito referência a dois jornais numa posta anterior. Faltava A Bola. O jornal da Travessa da Queimada faz hoje uma primeira página gigantesca com o ex-presidiário e o pai do défice. Destaques destes por aqueles lados geralmente só se encontram quando o Benfas ganha um joguinho. Não coloco a primeira página daquele jornal aqui na roulote, para vossa visualização, porque, apesar de tudo, a pornografia (nada contra) não está incluída nos nossos rigorosos critérios editoriais. Temos o pleno. A Bola, Record e o Jogo estão pela situação. A Última Roulote alinha pela sportinguização.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Auto-elogio

Não sei se já reparam mas hoje já dediquei mais de uma hora ao clube.

Referendo

Nada me move contra o referendo, antes pelo contrário. Gostava era que houvessem muitos, mesmo se com um carácter apenas consultivo. Pena é que apenas se lembrem de consultar os sócios para destruir o clube. O último referendo em que participei era para saber que modalidades é que queria que o Sporting mantivesse. O basquetebol e o hóquei em patins foram ao ar. Racionalidade económica oblige. Lá para 1996, se não me engano. Gostava, por exemplo, que em 2002 tivessem feito um referendo: "Caro consócio, em tempos de recursos limitados o Sporting Clube de Portugal debate-se com uma escolha. Gostaríamos de conhecer a sua opinião. Prefere que, por cerca de 7 milhões de euros, o Sporting contrate uma jovem promessa chilena, para reforçar o plantel de futebol, ou que, com o mesmo montante, se construa um pavilhão polidesportivo para que as modalidades de alta-competição tenham direito a um espaço próprio, e também para melhorar as condições para a prática desportiva por parte dos sócios do clube?".

Debate democrático e imprensa

As AG gerais são uma chatice. É só gritaria e ninguém se entende. Certo. Então onde é que os sócios se podem informar sobre a vida do clube e ter acesso a pontos de vista divergentes. O Leão da Estrela escreve sobre O Jogo. Pelo que a esse respeito está tudo dito. Olhando hoje para o Record temos uma entrevista de duas páginas ao mentor do projecto financeiro. Isabel Trigo Mira lá aparece, mas sem qualquer tipo de destaque minimamente comprável àquele. Alguém foi falar com a oposição, ou ela é só um produto da nossa imaginação?

O mentor do projecto de reestruturação financeira

"Tomara a mim [o Sporting] ter apenas 20% da SAD."
Nobre Guedes, hoje ao Record.

Indicadores

A AG de amanhã vai-nos oferecer um indicador fundamental relativamente ao futuro do clube. Pela primeira vez, desde que me lembro, vamos ter contagem não apenas de votos mas também de eleitores. Essa contagem vai permitir perceber onde é que se situam as posições conservadoras e as posições progressistas dentro do clube. É este o verdadeiro debate. Entre os conservadores que assinam de cruz as propostas da direcção, e que paradoxalmente correm o risco, com o seu sentido de voto, de apagar de vez a natureza associativa e democrática do clube, e os progressistas que, também paradoxalmente, ao procurarem aprofundar essa mesma tradição do clube se arriscam a lançá-lo para os trilhos da modernidade. Caminho por onde se pode lançar para o futuro sem desprezar os valores que fazem do Sporting Clube de Portugal uma verdadeira associação. Uma associação de e entre pessoas que se juntam para praticar desporto e também para consumir espectáculos desportivos. No plural, para que o Sporting seja um dia tão grande como os maiores da Europa. Obviamente que este futuro está dependente não apenas desta AG como da próxima, que decorrerá em princípio no dia 8 de Maio. Mas se a proposta da direcção chumbar, desta vez, com uma diferença considerável entre votos e sócios (por exemplo, 60% dos votos para 40% dos sócios) então poderemos estar confiantes no futuro.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A convocatória

A carta que hoje recebi do Concelho Directivo não me exorta somente a comparecer na Assembleia Geral, relembrando-me da importância da minha presença, e de todos os outros, para o clube. Não. No melhor espiríto de democrático a convocatória também me explica como poderei votar devidamente esclarecido no referendo. E como? diz o CD em primeiro lugar: "O Conselho Directivo promoverá novamente a ampla divulgação do plano de reestruturação aos sócios". E pergunta-se o sócio: " E vão divulgar tão intensamente como fizeram o ano passado?" ou " E vai ser tão específica e para além de qualquer margem para dúvidas, como acontece com as contas do clube?". Mais. O CD continua e compromete-se a organizar " as sessões de esclarecimento e de debate necessárias". E pergunta-se o sócio: " essas sessões serão levadas a cabo pelo presidente demissionário que depois não se vai responsabilizar pelas medidas que forem eventualmente aprovadas? Ou vão ser levadas a cabo por aquele senhor que está à frente daquela consultora muito conhecida que auditava as contas do BPN e cuja competência e honestidade estão acima de qualquer suspeita?". Mas depois, passado um bocado, o sócio continua a interrogar-se " Mas uma sessão de esclarecimento não é bem a mesmo coisa que um debate, pois não? é que num debate temos partes que esgrimem opiniões numa sessão de esclarecimento temos alguém que explica a outra pessoa ou a outras pessoas como as coisas são". O sócio, preocupado com o futuro do seu clube, não consegue parar de pensar: "Mas numa sessão de esclarecimento pressupõe-se que as pessoas a serem esclarecidas estão na posse de todos os dados. Não teria sido cortês, já que o referendo se destina a fazer votar uma proposta em concreto, que pela clareza e pela transperência e pelos valores democráticos o Conselho Directivo tivesse incluído desde logo a proposta na carta que me enviou?". O sócio, qual vaca ruminante cujas tetas alimentam o clube continua apreensivo: "e então mas se é para esclarecimento porque é que no ano passado a direcção não enviou a convocatória para a AG? E porque é que também não enviou um dossier a explicar as medidas que queria fazer aprovar o ano passado? E já este ano porque é que também não explica na carta porque é que as medidas chumbadas há menos de 12 meses em AG vão ser novamente submetidas a voto?" Depois desta torrente de perguntas o sócio começa-se a sentir confuso e não sabe bem o que é que há-se pensar. E começa, então, a pensar noutros sócios que pediram esclarecimentos ao Coselho Directivo e à SAD. Pensa até na Mafalda Mouton. E pensa, e pensa, e pensa, que pensa...pensa sem parar, sem saber ao certo o que há-de pensar.

Não pode ser só dizer mal

Pela primeira vez na vida recebi uma convocatória para uma AG do Sporting pelo correio. Uma das exigências que a Roulote vem fazendo desde o dia em que começou a postar. O dizer mal segue na posta imediatamente seguinte.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Consensos

Um dos consensos sobre o debate de domingo é que não aprendemos nada que já não soubéssemos. Até certo ponto é verdade. Mas a conversa ajudou a perceber que nem entre os dois últimos presidentes do clube se consegue chegar a um número para o passivo ou, como carinhosamente foi apelidado durante o debate, o buraco. Os dois senhores nem sequer se conseguiram por de acordo quanto à existência ou não de contas consolidadas de todo o grupo Sporting. Tudo elementos que tornam ainda mais premente uma auditoria externa às contas de todo o grupo Sporting desde a inauguração da era Roquette.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Frase

"Não tenho sensibilidade para lidar com os núcleos, sou defensor da linha investidora para o futebol (...) choca com sócios." (FSF)

Mania que somos espertos

O Cacifo fez o mesmo que nós. Só que melhor.

O Leão da Estrela, com uem ultimamente tenho estado mais ou menos sistematicamente em desacordo lança umas pérolas:

Como ficou patente ao longo do debate, o Sporting – que há muitos anos está em declínio no plano desportivo e a lutar contra um défice que não ara de aumentar – é hoje uma coutada de umas elites que não passam de agentes de negócios, hoje em representação dos interesses bancários.

Mas só o facto de Franco se colocar ao lado da SAD contra o clube, acusando o seu antecessor de ter sacado (o nível da linguagem é delicioso…) dinheiro da SAD para o clube, ou perguntando-lhe quanto é que o clube deve à SAD, foram momentos susceptíveis de terem colocado em pé os cabelos de qualquer sportinguista.

Depois deste debate entre Soares Franco e Dias da Cunha, torna-se claro para os sportinguistas que é uma sorte que ainda haja uma equipa de futebol do Sporting Clube de Portugal, com jogadores como Lideson, João Moutinho, Danbiel Carriço, Adrien Silva, Izmailov, Derlei, entre outros.

domingo, 12 de abril de 2009

Balanço

Nada de novo. Tudo como dantes.

Round 4 - O Futuro (III)

A próxima direcção não fica de mãos atadas?
Não. O Sporting é um clube desportivo.

E não há alternativas?
Há. Vender jogadores.

DC - torna-se claro. O Dr. Soares Franco não quer o clube. Quer uma empresa.

A transmissão fica por aqui. Até sexta.

Round 4 - O Futuro (II)

Soares Franco diz que há garantia que o Sporting nunca perca a maioria da SAD. Explica o processo de forma mais rápida que eu consigo escrever. As contas de SF indicam que o Sporting depois da proposta passa a ter 51,2%.

Dias da Cunha diz que duplica a participação na Sad, que será cerca de 30%, passando para a sad todos os activos do clube. Diz que o que SF diz não está na proposta. Encosta o outro à parece. Proposta sem sujeito.

Diz que SF usou pessimamente o dinheiro da venda do património. Cita Leão de Verdade. Passivo era de 240 quando SF assumiu a presidência. É 28o agora. Depois de todas as vendas nos últimos 3 anos.

DC - "A proposta é clara para si que sabe muito bem o que quer fazer".

Round 4 - O Futuro

Dias da Cunha diz que Soares Franco se propõe a espoliar o Sporting. Propões-se a fazer com que o Sporting perca a maioria da SAD. O Sporting sem a Academia, o Estádio e sem o futebol, o Sporting cavérico vai ficar nas mãos dos sócios que restarem.

SF - O que é espoliar?

DC - É retirar de dentro do Sporting os valores que restam ao clube

Round 3 - ajuste de contas

Soares Franco troca-se com os números. Dias da Cunha goza com a cena.

Chegámos aos 281. Quando Dias da Cunha pegou a coisa andava à volta dos 211 (se não me enganei). Em cinco anos o passivo cresceu 70 milhões. Investiu mais de 100. financiou 39.8 milhões de défice de tesousaria da SAD.

Soares Franco diz que houve apoios públicos mais do que suficientes para cobrir o investimento e o défice. Diz que entraram 40 milhões da MDC, por exemplo.

Resultados consolidados.
Dias da Cunha diz que a negociação com os bancos foi feita com base em passivo consolidade. SF diz que não.

2001 - 32 milhões de défice
2002 - 39
2003 - 33

Dias da Cunha que a origem dos resultados negativos é a SAD. Soares Franco diz que não.

Round 2 - O buraco (III)

Dias da Cunha - O buraco de 13 milhões era cumprido com a venda de jogadores.

Soares Franco - Mas não cumpriu.
O homem não pára de interromper o outro.

Dias da Cunha - Os bancos não falam em lado nenhum de incumprimeto. O buraco é uma invenção do SF para assustar a possível oposição.

A coisa anda à volta da questão da recompra. Pelos vistos Soares Franco só sabe jogar com as palavras. Não tem argumentos. Só jogatanas semânticas.

Round 2 - O buraco (II)

Soares Franco diz que até Julho o Sporting não fez um encaixe de tesousaria de 13 milhões. O que colocou o clube em ruptura financeira.

Dias da Cunha (baseado em palavras de Meireles) acusa SF de fazer fazer uma vergonhosa campanha eleitoral à conta de um suposto buraco de 16 milhões. SF ainda não conseguiu explicar is 281 milhões de défice.

Soares Franco parece um puto nervoso. sim, sim, sim...

Dias da Cunha fala do projecto dos bancos de 2005. "Injectaram mais uns quantos milhões no Sporting"..." mês a mês acompanharam a vida do Sporting"... "os bancos estavam completamente de acordo quanto ao adiamento do pagamento".

Soares Franco cita a escritório Morais Leitão que coloca o Sporting em incumprimento.

Pelos vistos quanto à alienção do Edifício Visconde para fazer face ao buraco estava tudo de acordo. Para Soares Franco a coisa por 16 milhões com possibilidade de recompra não eram válias. O negócio teve que ser feito por 13.

Para Dias da Cunha na 4ª reunião havia possibilidade de fazer a coisa por 16 com o Banif ou 20 com outro grupo.

Soares Franco diz que os bancos exigiam a venda definitiva do património.

22.35 - Entrámos no reino da patetice.

Round 2 - O buraco

O buraco de 281 milhões afinal são trocos 600 mil daqui, 700 mil dali e mais uns trocos. Tudo junto o incumprimento não passa os 3 milhões.

Em tempo real - Franco Vs. Cunha

Quase 100 anos depois do fim da monarquia, os tiques aristocráticos mantêm-se. De sucessão em sucessão e de cooptação em cooptação de jogo de bastidores em jogo de bastidores aqui chegamos.

Esclarecimento

Em posta anterior escrevi sobre a AG que se aproxima. O que está lá escrito é o seguinte: "Antes de voltarmos ao debate sobre as vmocs, a Academia, o Estádio e a SCS temos outra decisão pela frente: a alteração dos estatutos do clube. O principal ponto das alterações propostas pela direcção é a criação de uma Assembleia-Geral referendária. Associada a este ponto estará certamente a ideia da criação de uma Assembleia Delegada ou uma extensão e alteração do papel do Conselho Leonino." O argumento desenvolve a partir daí. A mesma posta, ou pelos menos as ideias aí expostas, mereceram alguns comentários noutros blogs, mesmo que esses comentários não nomeassem directamente a minha posta. Quase todos eles apresentam o calendário e falam em equívocos. Admito que a pressa e o tom possam ter causado alguns equívocos nos leitores. A "alteração de estatutos" a que me referia é "apenas" transitória. Mas penso que o essencial do argumento de mantém. O resto do argumento segue para a Assembleia Delegada. É certo que não é isso que vai a votação na próxima sexta-feira. Porém, penso que é impossível votar em consciência na próxima AG sem ter em consideração as ideias que já foram postas a circular num passado recente por membros do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal e por algumas personagens que lhes são próximas. A aprovação da Assembleia Geral referendária, para além dos traços de golpe que apresenta, e que já foram sublinhados noutros blogs, servirá para aprovar sem uma maioria de 2/3 uma medida que pode partir o clube em dois. Uma medida fracturante, portanto. A provação desta medida tratá consigo, certamente, novas revisões estatutárias. Era a isso que a minha posta tentava aludir. Espero que o esclarecimento esteja feito.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sporting não é um clube com poucos sócios

Segundo o site do SCP temos cerca de 97.000 sócios, dos quais 58.000 efectivos.
Segundo o presidente do SCP, tínhamos em Outubro, 27.000 sócios efectivos. Ou seja, em 6 meses, aumentamos 114% (!) o número de sócios efectivos.
Segundo o site do SCP, em 5 anos (2004-2009) aumentamos em 31% o número de sócios. 24% o de sócios efectivos.
Segundo o site do SCP tínhamos em 2003/04 cerca de 74.000 sócios, dos quais 47.000 efectivos.
Segundo outra fonte oficial do SCP, tínhamos, em 2004, entre 90 e 100 mil sócios.

Confusos? Estupefactos com a matemática avançada da "cientologia leonina"?
Pois bem, nem tudo é mentira tresloucada. É de facto possível "fabricar" dados deste género. Basta que não se contabilizem os sócios que deixaram de pagar (os que morreram, os que desistiram de sustentar mafiosos, os que trocaram pela Sportv, etc., etc., etc.). Ainda assim algo não bate certo...
Eu não tenho os dados em relação ao Sporting (onde, na condição de sócio, me negaram o acesso à informação), mas tenho dados em relação ao Benfica (onde me facultaram informação) sobre a evolução dos sócios desde 1930 até 2004 em termos de registos de inscrição de sócios efectuados (jamais subtraíndo quem deixou de pagar quotas desde então). Nestas contas, entre 2000 e 2004 o Benfica cresceu 14% em inscrição de sócios. Será de crer que, entre 2004 e 2008, com a campanha dos "150 mil", esse número terá crescido um pouco acima.
No Reino do Sporting, diz-nos o site que afinal, com toda a probabilidade, superamos esse recorde! Mais!, Soares Franco, O Grande, eleva a fasquia, e diz-nos que com a 'crise de militância' batemos o recorde do guiness da militância: 104%!!! #erup+í~ê*!..............

foto: cartão postal produzido pelo ex-Secretariado da Propaganda Nacional

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Back to basics

Um dos sintomas de alerta para se saber quando um clube está perto do abismo é a falta de lucidez dos próprios adeptos que já não sabem pra onde se virar, a quem rezar, e é vê-los esperneando sem entender o porquê, apurando responsabilidades aqui, e logo depois acolá, saltando em torno de um rol infinito de hemorragias, sem perceber o que verdadeiramente as desencadeou.

Quando pensavamos que tudo já tinha acabado, os jogos desta 4ª feira vieram repisar a ferida e agravar a Vergonha dos 12-1. Por mais voltas que se dê, esta é que é esta!

A verdade é que estes dois jogos vieram expôr a nú as desculpas esfarrapadas que têm vindo a empurrarar-nos para o abismo: equipas com ritmo, experiência e qualidade idênticas à nossa - o FCP - e equipas com jogadores oriundos da formação, e com "massa corporal" idênticas à nossa - o Barcelona - afinal dominam na Europa, goleiam germânicos orçamentais que nos goleiam... pisam-nos na ferida.
Com tranquilidade, longe do susto, voltemos a pensar no que aconteceu e, para tal, é fundamental metermos as coisas em perspectiva, e parar de crucificar barrigas e cabelos de jogadores. De justificações desconexas está o Sporting cheio.

É a cultura, estúpido? Sim! É a atitude? Sim? É a táctica, estúpido? Sim! É da merdosa gestão de activos? Sim, estúpido! É da Poltítica desportiva? Bingo!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A mulher de César

Antes de voltarmos ao debate sobre as vmocs, a Academia, o Estádio e a SCS temos outra decisão pela frente: a alteração dos estatutos do clube. O principal ponto das alterações propostas pela direcção é a criação de uma Assembleia-Geral referendária. Associada a este ponto estará certamente a ideia da criação de uma Assembleia Delegada ou uma extensão e alteração do papel do Conselho Leonino. A cerca de 10 dias do assunto vale a pena iniciar o debate, ou à falta dele fazer desde já uma declaração de voto: não. E porquê? Por uma série de motivos.
Antes de mais pelo momento em que a proposta é feita. Cerca de 10 ou 15 dias antes da repetição da AG que teve lugar a 28 de Maio do ano passado e que deliberou sobre os temas acima expostos. O que transparece das propostas da direcção é a ideia de fazer passar a todo o custo as medidas que já foram chumbadas o ano passado. Assim sendo, parece-me no minímo perigoso levar a cabo uma revisão estatutária onde uma suposta ideia de modernidade e inovação está ligada a um conjunto particular de medidas, concorde-se ou não com elas. Em segundo lugar parece-me injustificável uma revisão estatutária cerca de um mês antes das eleições. A melhor solução, neste quadro, seria aguardar pelo desfecho das eleições. Este período de espera teria a vantagem evidente de possibilitar que as diferentes listas apresentem um projecto na verdadeira acepção do termo. Um projecto onde revisões estatutárias, gestão económica e política desportiva estivessem estreitamente articuladas, oferecendo aos sócios uma verdadeira escolha entre propostas sólidas e simultaneamente permitisse legitimar sem margem para dúvidas a proposta vencedora, qualquer que ela seja. Coisa que no presente cenário certamente não sucederá.
Por outro lado, a proposta para a criação da Assembleia Referendária e da Assembleia Delegada vai contra as lógicas que governam os privilégios dos sócios no presente quadro e são apresentadas por uma direcção que já manifestou vontade de se livrar dos sócios e dos processos de tomada de decisão democráticos. Neste momento os estatutos do Sporting privilegiam os sócios com maior participação na vida do clube. Por maior participação entenda-se anos de sócio. Este anos de sócio são privilegiados proporcionalmente com maior número de votos. Ora mantendo o mesmo espiríto também deveremos premiar os sócios mais empenhados na vida do clube. A participação em AG's é um indicador fundamental dessa participação. Revela, antes de mais, uma vontade e uma disponibilidade para se envolver na vida do clube para além do simples consumo do espectáculo desportivo ou do depósito do voto em urna. Manifesta um desejo de debater e discutir a vida do clube e tomar decisões informadas. Um dos argumentos a favor da proposta de alteração de estatutos é a possibilidade de permitir a participação de uma maior número de sócios. Perante este argumento, é necessário relembrar que nunca uma direcção perdeu tantos sócios como esta. Em segundo lugar, e para além da reduzida dimensão da massa associativa do clube neste momento, a participação em AG's é reduzida. A média andará pelos 300/400 sócios. Em momentos excepcionais, como nas Assembleias do Pavilhão Atlântico, essa participação tem rondado os 3000 sócios. Nada que impossibilite a tomada de decisões e números que poderiam ser mantidos, sem custos e sem perda de democraticidade e eficácia deliberativa, com a construção de um pavilhão nas imediações do estádio e com um maior respeito pelos sócios. Este argumento sustenta-se no exemplo do Barcelona. Para responder, basta perceber como funciona a Assembleia do Barcelona: um sócio/um voto; assembleia delegada sorteada anualmente entre os cerca de 100 mil sócios do clube. Serei completamente a favor da criação de uma assembleia delegada no dia em que o Sporting voltar a ter 100 mil sócios e aparecem 15 mil em todas as AG's. Nesse contexto faz sentido sortear sócios para que possam caber todos num pavilhão para que a discussão e o debate possam ter lugar. Até lá, a única coisa que transparece da vontade da direcção é acabar com o debate no clube. Como? A tomada de decisões pressupõe informação. Onde é que em Portugal neste momento um adepto do Sporting pode ter acesso a informação e a debate sobre a vida do clube? A imprensa desportiva anda entretida a especular sobre transferências e arbitragens. A vida dos clubes e a opinião independente não passam por ali. No jornal do clube apenas encontram espaço as propostas da direcção. Não é só desta. Sempre foi assim. O site do clube é mais para vender mercadorias. Os blogs, convenhamos, são um universo limitadíssimo. O único e o verdadeiro espaço de debate e confronto de opiniões sobre o clube é a AG. Um órgão que deveria merecer o máximo respeito de todos os sportinguistas mas sobretudo de todos os democratas. A AG, mais do que o referendo ou as eleições, é o o órgão democrático por excelência. Matá-la é matar a democracia. Trocá-la por outra coisa qualquer que será sempre um retrocesso relativamente ao que temos.

Crise de militância?

"Esta assembleia geral parte de um princípio que foi objecto de recomendação do VIII Congresso Leonino e que tem a ver com o estabelecimento de um mecanismo de consulta de decisão. Não é uma solução inédita, longe disso, pois há outros emblemas que têm assembleias referendárias. É preciso ver que uma instituição da grandeza do Sporting não consegue reunir em AG todos os seus associados espalhados por Portugal e pelo Mundo, daí que se torne inevitável incluir o referendo nos Estatutos para discutir questões tão essenciais como, por exemplo, o quadro de reforma financeira"

Isso quer dizer que o clube já não era nosso?

Na próxima AG vai-se decidir aquilo que todos os sportinguistas querem e que muitos têm exigido: dizer que o Sporting tem de ser devolvido aos sócios. Vamos fazer com que uma decisão tão importante para o Sporting, como é a reestruturação financeira, possa ser votada por um maior número de sportinguistas.

Temos plano

O Sporting divulgou ontem em pormenor à CMVM o plano de restruturação financeira proposto por Filipe Soares Franco. O projeto do Conselho Diretivo prevê a passagem para a SAD "dos direitos do clube relativos quer ao imóvel, quer aos demais elementos que integram a Academia Sporting PUMA, por valor não inferior a 21 milhões de euros", bem como da Sporting Património e Marketing, através de "fusão por incorporação" na SAD, "com a consequente transmissão do direito de superfície sobre o Estádio José Alvalade, mantendo o clube a propriedade do solo".

As restantes operações financeiras, a apresentar e votar numa futura AG da SAD, implicam "a redução do valor nominal das ações para 1 euro cada e subsequente aumento de capital em 20 milhões de euros"; a "contratação de um empréstimo intercalar" para financiar o referido aumento; a "emissão de VMOC's até ao montante de 55 milhões de euros ao valor nominal de 1 euro cada, com prazo máximo de 5 anos para a conversão em ações da SAD"; e a "venda à SAD de 100% do capital social da Sporting Comércio e Serviços [que gere os direitos de TV] pelo valor de 20 milhões de euros".