sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O logro da formação do Sporting

De entre as dezenas de jogadores saídos da escola do Sporting, contam-se pelos dedos de uma mão (e sobram dedos...) aqueles em relação aos quais nos poderemos sentir verdadeiramente orgulhosos. Orgulhosos porque constituíram uma significativa mais valia para os cofres do Clube, ou porque se revelaram, mesmo em situação adversa, gente de carácter, que colheu na sua passagem pelo centro de formação do Sportingo exemplo do verdadeiro ideal Sportinguista.
Nem no plano finaceiro, nem no plano da formação de Homens o Sporting se pode orgulhar do trabalho feito. A Academia é um logro e a tal estratégia do "clube de formação" é uma (mais uma!) mentira que pregaram aos sócios.
Têm dúvidas? Pois olhem para os Ronaldos ou para os Figos, vejam o valor deles, a sua quotação no mercado e atentem nos resultados financeiros que o Clube obteve com a sua venda. Chega a raiar o escândalo.
Continuam com dúvidas? Lembrem-se então das declarações desse verme miserável que é o Simão Sabrosa, lembrem-se da conversa do M. Veloso de há algum tempo, ou reparem nas declarações, recentes e fresquinhas, do João Moutinho. O exemplo, o paradigma do atleta esforçado, do capitão sofrido e dedicado que nos impingiram como o arquétipo do novo Sportinguismo. Hoje um comentador punha água na fervura dizendo que ele não tinha jeito com as palavras. Mas, o mal é outro: foi o Sporting que não teve jeito com ele.
A Academia é um flop total. Nem gera mais valias justas, nem gera gente de carácter. E, no entanto, os formandos sportinguistas têm presença significativa nas selecções e em clubes por todo o mundo da bola. Só o Sporting parece mesmo não conseguir tirar partido dos seus formandos. E estes retribuem frequentemente sob a forma de insultos ao Clube o facto de terem ganho o estatuto privilegiado de que desfrutam.
Será importante perguntarmos porquê e levar essa pergunta até ao fim, até às suas últimas consequências. Se fizerem este exercício ele conduzir-vos-á, por certo, às origens de muitos dos males de que o Sporting padece.
Uma coisa sobressai desde logo: o Sporting tem sido dirigido por gente incapaz, gananciosa, vaidosa, sem sentido de dádiva ao Clube, egoísta, calculista, que se montou no Sporting para dele se servir e atingir os seus propósitos mesquinhos ou inconfessáveis. Gente que transmitiu todos estes valores aos jovens formandos que passam pela Academia. Que em muitos casos aprenderam bem a lição.
Mais um mito que cai.

Nunca me engano e raramente tenho dúvidas

Muita gente quer que eu mude, mas nunca mudarei!

Pegando nesta sapiente frase do timoneiro leonino lembrei-me logo de uma outra:
-"Burro não é aquele que muda de posição. Burro é aquele que diz que nunca vai mudar de posição."
A posição é arriscada, não é para quem quer, é para quem pode, e só pode quem é e vai ser campeão. Se ele ainda não foi campeão, era bom que mudasse, para que indulgentemente afirmasse mudei e conquistei com o que errei. O horror ao medo de reconhecer que se mudou porque outros desejaram...

Mais um que acha que andamos todos a dormir!

A entrevista do vice Cruz, citada pelo Luizinho na posta anterior, tem mais que se lhe diga. Ela dá-nos, essencialmente, conta de um homem perturbado, de um homem doente a precisar de urgentes cuidados médicos.
O chorrilho de imbecilidades e de incoerências chega a incomodar. "Ao clube o que é do clube e à SAD o que é da SAD"??!!! Mas, ó Cruz o que era a SAD sem o Clube, homem?! Alguém pode explicar a este tipo que a "Sporting SAD" é uma ficção? O produto do delírio do Roquette e seus seguidores? E que só é uma "empresa" porque a gente deixou e deixa?!! A SAD não representa nenhum acto de empreendedorismo, nem tinha qualquer espécie de viabilidade sem o Sporting e sem os Sportinguistas.
Não há nenhuma área de negócio especial da SAD que os seus proponentes tenham inventado. A SAD é uma estrutura parasita, que se encavalitou nos sócios que amam o Clube para que uns (poucos) aproveitem e saquem umas massas com a ingenuidade dos (muitos) outros. A SAD e os sádicos só subsistem porque há o nome, o emblema e os princípios do Sporting. Do SPORTING, não da SAD! De contrário, se você suprimir estes valores, se suprimir o Sporting Clube de Portugal, a SAD não subsiste um minuto.

Ó vice Cruz, quando você diz que "os sócios (o sublinhado é meu) são a essência do Sporting e há que fazer com que eles participem e ajudem, para o bem do clube" quer dizer exactamente o quê? A que é que você chama "sócios"? "Essência" em que medida? E o que é que você quer dizer com "participar" e "ajudar"? Participar em quê? Ajudar quem?
Você pensa que nós nascemos ontem e que andamos todos a dormir...?

Cruz Credo ou " A SAD estava a servir de fonte financeira do clube" e isso é que não pode ser ou ainda habituem-se

R – Mas é verdade que o clube não sobrevive sem o dinheiro do futebol.
CC – O clube tem de se habituar a viver com as receitas que tem. Ao clube o que é do clube, à SAD o que é da SAD. O que estava a acontecer é que a SAD estava a servir de fonte financeira do clube. O novo modelo torna-se claro e lógico, mas estou de acordo com o apelo que o presidente fez, uma vez que a militância é condição fundamental para que o Sporting continue a revitalizar-se. Mas os sócios voltarão quando puderem rever-se no Sporting.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A tesouraria sozinha já não cobre o cachet dos Delfins, mas se eles não vierem também não reembolsamos ninguém

Caro Sócio do SCP,

Hoje à noite há uma AG para se aprovar ou rejeitar o regulamento do Congresso Leonino a realizar em Março 2009.
Pra que a coisa não pareça mais uma daquelas reuniões entre a Corte e Nobreza d'oitocentos a discutir constituintes e, vai se a ver, você não está tão a par da vida do clube como gostaria, deixo aqui o regulamento pra consulta.
Os 4 temas (artigo 12º) propostos a debate são :
  • Sócios e adeptos
  • Modelo estratégico do futebol
  • Desafios do ecletismo
  • Modelo de sustentabilidade financeira

A AAS (Associação de Adeptos Sportinguistas) emitiu um comunicado onde informa os seguintes pontos:
1. Entregar um requerimento à mesa para propor a votação individual de todos os artigos alvos de pedidos de alteração – via outros requerimentos.
2. Votar contra caso a votação incida apenas no geral e não no particular.
3. Propor a alteração dos seguintes artigos :
a. Artigo 7º, ponto 9, alínea a) : “ Os delegados têm os seguintes direitos : Apresentarem recomendações ao Congresso Leonino que, para serem discutidas e votadas, têm que ser enviadas, por escrito e devidamente subscritas, no formato e dimensão que vierem a ser
fixadas pela Comissão Organizadora, para o Edificio Visconde de Alvalade, piso 7, em Lisboa, onde deverão ser recebidas até 30 dias antes da data designada para o ínicio do Congresso;”. Alterar a data limite de entrega de recomendações para o ínicio dos trabalhos do Congresso.
b. Artigo 7º, ponto 9, alínea d) : De “Suportar as suas despesas inerentes à sua inscrição no Congresso Leonino” para “O Sporting Clube de Portugal suportará as despesas inerentes à organização do Congresso Leonino”

Também o Leão de Verdade chama atenção para os seguintes aspectos:

- Número e critério dos Delegados por inerência;
- Número e critério dos membros da Mesa do Congresso;
- Forma e prazo de apresentação das recomendações pelos Delegados;
- Pagamento de despesas pelos Delegados;
- Exigência de reconhecimento das assinaturas dos proponentes de Delegados.

[O que está a bolde são os pontos que, pra já, me causam mais estranheza.]

Na ultima edição do jornal Sporting, Ernesto Silva, responsável pela organização do Congresso, não adianta muito, mas deixa escapar: «-Temos estimativas, mas, como se compreenderá, ainda não posso adiantar uma importância, mas faço notar que, no valor a pagar pelos delegados, estão incluidas duas refeições, a documentação e assistência a um espectáculo de animação na noite de sábado, se tivermos condições para o organizar

A mobilização é fundamental para o Comíssio que todos queremos. Perdão... Congresso!

Saudações Leoninas

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Os ratos, o porão e o navio

Os navios, por vezes, afundam. O normal nestes casos,  será os ratos abandonarem o porão. Por um estranho fenómeno da natureza no navio "Sporting", os ratos voltam. Um fenómeno que só pode acontecer decerto a um navio todo chinado como este... 
Dias Ferreira, o rei do comentário televisivo, autor do milagre da multiplicação dos minutos, pelo qual vai ser, diz-se, canonizado, e Luís Duque, o rei das esperas e praticante exímio do desporto da derrapagem orçamental, estão de volta. Surgem agora a dizer que a "estrutura" está mal. 
Leiam aqui
Pois, está mal, está. A eles também se deve, de uma forma ou de outra, muito do que está a acontecer. Não têm um comportamento impoluto. 
É de assinalar, contudo, o facto do bucha e do estica virem agora meter a boca no trombone a dias da AG das AG's... 
Estarão a fazer-se a um lugar qualquer? Já saberão que esta direcção vai a pique? Pensarão que a gente não se lembra da merda que fizeram? Pensarão que a gente não sabe que são parte do problema, nunca serão parte da solução? 
La nave, essa, ...va.
 

O novo seleccionar argentino ou TE QUIERO DIEGO

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A piada do ano

Apesar da importância da decisão do tribunal no "caso" Iordanov, não posso deixar de partilhar esta pérola. É a piada do ano. Pode não ter muito jeito para presidente de um clube, mas tem certamente olho para o negócio (nunca se sabe as oportunidades que podem surgir junto de uma comitiva de empresários estónios) e além disso parece ser um tipo com jeito para o humor fino:

O líder leonino deu, então, conta da realidade do clube «verde-e-branco», sublinhando que o mesmo é «gerido pelos sócios e que se dedica às várias valências desportivas». «Para o futebol, que actualmente é seguramente um grande negócio, temos boas infra-estruturas e é necessária uma grande organização para oferecer o melhor aos nossos sócios e adeptos, em cada jogo», notou.

Meninos e Homens

em meados de 1999, sérgio conceição, filho de pais anónimos e prematuramente desaparecidos, jogador com um historial considerável nos campeonatos português e italiano, títulos nacionais e europeus colecionados, quando perguntado por um jornalista numa conferência de imprensa da 'selecção nacional' em que lugar é que preferia jogar, se pelo corredor esquerdo ou pelo direito, respondeu: ' eu quero é jogar!...tanto se me dá, onde'.

na passada semana, miguel veloso jovem e valoroso jogador do 'sporting', filho acarinhado pelos pais (o pai é o antigo lateral-esquerdo benfiquista veloso), que até à data pouco ou nada ganhou no futebol sénior, vem reclamar junto da entidade patronal pela interposta voz do seu empresário que quer jogar a 'trinco' e não a lateral-esquerdo. porque esse facto o desvaloriza - e, consequentemente, desvaloriza a comissão a que o seu empresário tem direito.

Via António Boronha

Independentemente da questão de a maioria dos jogadores não conseguir obter um bom desempenho fora da sua posição de origem podem ter um desempenho satisfatório em posições aproximadas de houver vontade para tal. Tal difere da opção de colocar um jogador que é segundo avançado a jogar a médio interior esquerdo.

Iordanov: lá estaremos!





IIIIIIIIOOOOOORRRRRRDDDDDAAAAAAAAANNNNNNNOOOOVVVV!!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Hoje no jornal Público - transcrição integral da notícia (sem link)

Penhoras ao Sporting e ao Benfica desapareceram

27.10.2008

As cópias de autos de penhoras efectuadas pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) a vários clubes de futebol, entre os quais o Sporting Clube de Portugal (SCP) e o Sport Lisboa e Benfica (SLB), desapareceram de um envelope selado que se encontrava na gaveta de uma funcionária da administração fiscal e foram substituídas por folhas para reutilizar na impressora.
A informação é dada pela própria funcionária da DGCI no âmbito do processo que decorreu no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa no seguimento da queixa do anterior director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, relativa às fugas de informação da DGCI.
O desaparecimento dos documentos foi abordado pela primeira vez numa informação enviada em Outubro de 2005 ao então director-geral pelo director distrital de Finanças de Lisboa. Este responsável relata o desaparecimento de autos de penhoras feitas a clubes de futebol e, face à denúncia, Paulo Macedo pede à Judiciária para averiguar a situação. Mais tarde, já no âmbito da investigação do DIAP, é apresentado um ofício do director distrital de Finanças de Lisboa que não é mais do que o relato feito pela funcionária do fisco a quem alegadamente foram roubados os documentos.
A funcionária explica que lhe foi entregue um mandado de penhora em nome do executado SCP e que, no seguimento desse mandato, foram executadas diversas penhoras ao clube. A funcionária diz ainda que fez três cópias do documento. Arquivou uma cópia junto ao processo que decorria naquela direcção de finanças; outra no arquivo mensal da equipa a que pertence; e uma outra num envelope onde já se encontravam cópias de outras penhoras a clubes de futebol, nomeadamente ao SLB. A funcionária garante ainda que o envelope se encontrava fechado com fita-cola.
Mas o inesperado aconteceu. Foi solicitado à funcionária informação sobre as ditas penhoras efectuadas ao Sporting e ao fazer essa informação tentou juntar a documentação. Mas tal não foi possível, porque o processo estava na sua mala pessoal, que tinha, naquele dia, deixado em casa. E foi então procurar o envelope com as cópias que tinha deixado na sua secretária. O envelope estava onde o deixou, mas toda a documentação que lá tinha deixado tinha sido substituída por um volume de folhas já impressas e que se destinavam a ser reutilizadas.
Perante este relato dos acontecimentos, a funcionária foi chamada a depor no DIAP, tendo reafirmado os mesmos factos, acrescentando que não se tinha apercebido que os documentos tivessem sido usados. Disse ainda que não tinha como identificar o autor do roubo porque as suas gavetas estavam abertas e trabalhava num espaço aberto com mais 25 pessoas.
O DIAP concluiu que, apesar de poder estar perante um crime de furto, não havia elementos que possibilitassem a identificação do seu autor e arquivou o processo. V.C.

O director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, pediu à Judiciária uma investigação sobre o caso dos autos

Natação sincronizada

As bolsas asiáticas estiveram hoje em queda. As europeias seguiram-lhe o exemplo e parece que só Frankfurt escapou. Lisboa caiu 3%. O euro cai. Nova Iorque cai. O NASDAQ cai. 
O Sporting não passou do zero em Paços. Porque haveria o Sporting de destoar? A crise quando vem é para todos. 
"We swim together, or we sink together" disse o chairman Barroso na cimeira da crise. Repetiu-o na China há poucos dias. Tlocando os r's pelos l's pala os chineses o entendelem melhol. 
Bento dolme bem e não é médico. Flanco anda a monte. Imagino-os numa exibição de natação sinclonizada, a afundalem-se os dois juntinhos... 
Glup-glup-glup!

sábado, 25 de outubro de 2008

2ª Feira é dia de Trabalho (Faz aquilo que eu digo, não faças aquilo que eu faço)


O presidente do Sporting, Soares Franco, não vai marcar presença no jogo de amanhã dos leões em Paços de Ferreira. Razões de saúde, que aconselham repouso, tendo em conta a sobrecarregada agenda profissional, estão na base da ausência do líder dos leões, que já não esteve nos dois jogos anteriores, realizados em Leiria e Donetsk.

Já ficámos a saber com quem é que o Sporting pode contar, só falta mesmo é apelar à deslocação dos Sportinguistas a Paços de Ferreira.

Mas reconheço que fiquei mais confiante com esta notícia, a ausência de uns pode ser a sorte de outros. Se o Sporting ganhar em Paços, apelo ao franco para nunca mais se deslocar nos jogos fora da equipa,mas duvido que ele resista a sentar-se ao lado do pinto da costa.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

31


Quem nos lê com alguma regularidade deve estar ciente da minha relação de amor-ódio com o Liedson. Amor pela forma como joga. Ódio pelas birras, amúos e atrasos. Mas não há como contornar o facto: o homem tornou-se hoje o melhor marcador de sempre da história do Sporting nas competições europeias. Ainda por cima com um golo que coloca a SAD à beira de poder passar pela primeira vez aos oitavos-de-final da competição. Mais ainda, apesar dos ameaços que anualmente surgem sobre a sua continuidade no clube foi ficando, e jogando e marcando. Marcando à bruta! Respect!

Adenda 1:34 - E já agora aqui fica o golo para memória futura.

Divisionismo

Dividir para reinar, é um lema.
Não sei de quem é a culpa, mas tem de ser de alguém. A culpa não pode morrer solteira, se não há responsáveis pessoais, tem de haver responsabilidade objectiva.
Refiro-me a isto!
É verdade, a equipa de andebol do Sporting joga pelas 21h no pavilhão do casal vistoso contra o Porto. Há mesma hora estará a decorrer o jogo da equipa de futebol para a champions. Depois os campeões da demagogia virão dizer que não há militantismo e adeptos nas ditas amadoras, já vimos esse filme. Assim é difícil.

Comunicação social fressureira...

Sempre me causou estranheza o tratamento que é dado ao Sporting nos orgãos de comunicação social. Se olharem para os alinhamentos dos telejornais, para as primeiras páginas dos jornais, etc, vão reparar que o Sporting aparece sempre no fim da escala. E quando aparece em destaque é sempre pelos piores motivos.
Ainda hoje me fartei de rir com o noticiário matinal de "desporto" de uma das estações de televisão. Em dia de jogo do Sporting para a Champions, a abertura foi feita com a partida... do Benfica, para onde quer que eles vão. O notícia sobre o Sporting lá acabou por aparecer, antes da reportagem sobre o jogo do Porto de ontem, apesar de tudo. Se bem que, algo me diz, se o Porto tivesse ganho o jogo a peça sobre o Sporting seria relegada para o fim.
As manchetes dos jornais, por sua vez, são sempre (com raríssimas execepções!) sobre as desgraças do clube, sobre os casos de indisciplina, sobre as tensões do balneário, etc, etc. Se cheira a "escândalo" aí está a auto-designada "comunicação social" em cima do acontecimento, quais vampirinhos deprimentes.
Tudo isto para vos dar aqui conta da minha estranheza sobre o facto de, num quadro destes, em situação de constante e gritante desiguladade de tratamento, o presidente do Sporting ter as portinhas dos jornais escancaradas, sempre que quer mandar o "recado". Ainda há pouco tempo tivemos,  de uma assentada, quatro entrevistas de sua excelência, recheadas de grande soma dicas para quem as quiser interpretar. Publicadas em jornais que, em certos casos, usam justamente o critério que descrevi anteriormente para tratar os assuntos do SCP, ou seja, só é "notícia" pelas piores razões. E já não é a primeira vez que vemos o Presidente do Sporting em "campanha" nos jornais e televisões, com grande à vontade e segurança. 
Haverá dois Sportings? Haverá guerra da comunicação no interior dos orgãos directivos do Sporting? A "política de gestão" do Sporting faz-se pela comunicação social? Quem abre as portas dos jornais ao presidente do Sporting e as fecha ao clube? Qual a razão que os leva, um dia, por milagre, a dar relevo simultâneo em quatro jornais ao presidente do Sporting e nos restantes a tratar o Sporting como fressura num talho? 
Tentem reparar também e pensem lá nisto um bocadinho...

Do Amor à Camisola, da Mística e da Militância



Como os leitores poderão já ter percebido, ando numa onda melancólica e nostálgica. E como memória puxa memória, não me custou muito fotografar a minha primeira, e única, camisola do Sporting. Tem para aí de 23 anos e continua acessível no armário. A história que está por trás da camisola é uma história eterna: a da luta do bem contra o mal. No início da década de ointenta o meu pai e o meu tio trabalhavam mesmo ao pé do sítio onde o irmão do Carlos Lopes tinha uma loja de artigos desportivos. Eu era o único puto que circulava por ali sem nada para fazer. Era por isso inevitável que a minha alma fosse objecto de duras batalhas entre as forças do bem e do mal. De um lado a minha família, sportinguista. Do outro, os colegas, benfiquistas. Entre estes incluía-se o irmão do Carlos Lopes (doravante "irmão"), cujo nome não me recordo. Um destes belos dias o irmão oferece-me o equipamento do Benfica, numa tentativa de me converter. Eu, como sou fácil, aceitei. Porém, como toda a gente sabe convém lavar a roupa antes de a usar pela primeira vez. Na primeira vez que foram à máquina os calções do equipamento dos Outros ficaram amarelos e a camisola encolheu. Sobraram as meias. Não deu para grande coisa. Uns dias depois as forças do Bem ripostaram em grande estilo. O Carlos Lopes, o próprio, apareceu lá pelo sítio para me entregar pessoalmente o equipamento completo do Sporting, com chuteiras e tudo. A escolha estava feita!!! A lampionagem, perseverante, não desistiu. Um ano e picos mais tarde resolveram levar-me à bola, já que os homens da minha família nesse dia não podiam ir a Alvalade picar o ponto. Levaram-me para as roulottes, ofereceram-me doces e colas, e até um daqueles bonés que batia palmas. E muitas palmas bateu aquele boné vermelho e branco naquele dia de Dezembro. O resultado é o que se conhece: 7-1. Say no to the dark side!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ao Sol e à sombra

A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. À medida que o desporto se fez indústria, ele foi acabando com a beleza que nasce da alegria de jogar porque sim. Neste mundo de fim-de-século, o futebol profissional condena o que é inútil, e é inútil o que não é rentável. A ninguém dá de ganhar essa loucura que faz com que o homem seja criança por um pouco, jogando como joga a criança com o balão e como joga o gato com o novelo de lã, bailarino que dança com uma bola leve como o balão que vagueia pelo ar e como o novelo que rola, jogando sem saber que joga, sem motivo e sem relógio e sem árbitro.

Está na hora!

Aproxima-se um momento crucial da vida do Sporting Clube de Portugal. Usando pantufas, para não acordar o pessoal, a direcção eleita para gerir o Clube (o CLUBE!) prepara-se para desferir o golpe final. Ao votar nesta direcção, é bom lembrá-lo, foi atribuído pelos Sportinguistas aos candidatos vencedores o mandato de dirigir e manter o CLUBE dentro das suas regras e propósitos. Não votámos orgãos de direcção da SAD! Nem votámos a extinção do CLUBE. Passando por cima destas minudências, a direcção de Soares Franco, com inacreditável à vontade e confiança, carregou a arma, armou o gatilho e faz já neste momento pontaria.
Esta direcção ensaia o golpe usando os expedientes do costume. 
Fá-lo pela acção dissimulada de Filipe Soares Franco, o grande ilusionista, o artista do disfarce, do encoberto, da cambalhota e das artimanhas sem fim. 
Fá-lo apoiada nestas regras malfadadas e totalmente anti-democráticas do Clube que permitem que uma minoria patética de sócios valha em número de votos aquilo que está longe de valer como Sportinguista.
Fá-lo também apoiada num grupo daquilo que poderíamos designar pelos "politicamente correctos", falsos sportinguistas para quem certamente a destruição do Sporting, certa e inexorável, parece ter sempre um qualquer lado virtuoso, que é preciso ter em conta. Que descobre sempre mais um ângulo que é preciso analisar e compreender. Que dá sempre o benefício da dúvida, de forma submissa e por vezes inacreditavelmente estúpida, até o Clube cair para o lado de vez. Os argumentos destes idiotas são simples. O Clube caminha alegremente para o precipício? Não faz mal, não há alternativa credível, deixemos portanto de pôr em causa quem o encaminha para o precipício. Se ou quando surgir alternativa então falamos... Estes são  uma espécie de bombeiros incendiários que enquanto a casa arde se entretêm a discutir entre eles os manuais e as técnicas de combate ao incêndio, ao mesmo tempo que aguardam o chefe. 
Fá-lo, também e finalmente, apoiada nos ausentes. Naqueles que vão contribuir, por falta de comparência, para o desenlace fatal.
Mas, há uma outra ferramenta de que esta infeliz geração de dirigentes do Sporting se socorre para desferir o golpe fatal no Clube. É a SAD. Deveria ser hoje claro para qualquer Sportinguista que os propósitos de criação da SAD foram o maior embuste de todos os tempos de que fomos todos vítimas. A SAD do Sporting não passou de um instrumento criado desde o primeiro momento para acabar com o Clube. O Sporting Clube de Portugal (esta instituição existe, lembram-se?) não colheu o mais pequeno benefício da sua criação, quer se fale no plano associativo, desportivo ou financeiro. O balanço da SAD é um grande zero, para efeitos de resolução dos problemas com os quais foi justificada a sua criação. 
Então para que foi criada?
A pretexto do saneamento das contas do Clube e da sua "modernização", a SAD asfixiou o Clube. O balanço da "era SAD" já devia ser claro para todos os Sportinguistas. De associação cívica e desportiva transformou-se numa "loja dos trezentos" de terceira categoria. Sem brilho, sem glória, sem princípios. O que resta do Sporting Clube de Portugal é conservado para ir mantendo as aparências e a ilusão dos crédulos. 
Que interessa o SPORTINGUISMO? Interessa é vender "gameboxes" e se não se venderem a culpa é dos Sportinguistas... e da sua falta de Sportinguismo.
Não se pode ser mais reles! Não pode haver um argumento mais filho da puta que este. Mas foi assim, tal e qual, que Filipe Soares Franco justificou os seus malabarismos e malfeitorias... 
Não tenham ilusões: a SAD é dos grandes accionistas e nem o Clube, nem os seus sócios têm ou vão manter qualquer voto em matéria de definição do futuro do Sporting. Os SPORTINGUISTAS (assim mesmo, com letra grande!) não passam de potencial fonte de receita para inconfessáveis e múltiplos desígnios privados desta cáfila que assaltou as portas do Clube, franqueadas pelo traidor Roquette e a sua pandilha. 
Nada (NADA!) do que vem da SAD tem a ver com ou visa o benefício do Sporting Clube de Portugal. É isto que os Sportinguistas querem? É isto que os cavalheiros dos "25" e os cavaleiros do politicamente correcto, querem para o clube de que se dizem partidários? É nisso que apostam e é essa a política que avalizam com os seus votos criminosos? 
Em todo o caso, amigos Sportinguistas, há que ter a noção de que a derrocada do Clube está iminente e há que estar preparado para isso. 
Somos a geração que pode ver o fim do clube centenário. Mas, somos também a geração do combate. 
Precisamos de castigar os falsos "sportinguistas" e não podemos dar tréguas aos responsáveis pela derrocada do nosso CLUBE. Chega de insensibilidade. Chega de apatia! Está na hora.

Militância

Doze anos após a vitória no último campeonato nacional viviam-se dias de delírio e loucura febril em Alvalade, lá para os lados de Abril e Maio de 1994. A equipa tinha-nos habituado a meia hora de futebol excepcional seguido de uma hora de gestão burocrática do jogo. O suficiente, porém, para alimentar os sonhos e fantasias da massa que todas as semanas ao sol e à chuva se deslocava a Alvalade. Se tivesse de escolher um momento em toda a minha história de sportinguismo que resumisse o sentimento seria provavelmente o jogo com o Boavista nessa gloriosa época. Se não me engano, e não consultei o google, acho que foi o último jogo em casa antes da recepção aos Outros, que acabaria como todos sabemos. Este jogo, em vésperas de apocalipse, sintetiza tudo o que na minha opinião, que pelos vistos foi partilhada por mais cinquenta mil à chuva (e ao Sol), é o Sporting. Figo num remate fora da área a fazer lembrar o golo que marcou à Inglaterra (mas aqui a bola saiu rasteira), Balakov num chapéu monumental ao Alfredo e finalmente Juskowiak a encerrar a questão com um pontapé de bicicleta fizeram o resultado. Mas para além dos golos o que me marcou foi o povo que estava comigo na bancada e em particular o povo mais circunspecto da Bancada Central, que na altura era o meu poiso. A hora de jogo que se seguiu ao golo do Juskowiak foi uma orgia de esperança e alegria. Os velhos da Central, com o resto do estádio, aos saltos "E quem não salta é lampião, olé, olé" a sentirem que provavelmente iriam ser campeões uma última vez antes de morrer e três ondas a correrem o Estádio em simultâneo. Nunca mais voltei a ver uma coisa assim. Nunca vi tanta esperança empacotada em tão pouco espaço. Nunca tinha visto tanto militância junta. Apesar da triste conclusão desse capítulo, no ano a seguir, e no outro, e ainda no outro e mais no outro lá estávamos todos. Onde é que anda esta gente? Onde é que pára o meu povo?


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Vamos jogar na sorte

Esta semana (quarta feira) o jogo em questão é entre o Donetsk (acho que é isto) e o Sporting.
Assim os resultados possíveis que propomos são:

1 - Franco vai a Donetsk às 19:45 na véspera de um dia de trabalho.
2 - Franco vai fazer noitada para quem lhe paga no piso 8 do edifício visconde de Alvalade.
3 - Franco vai assistir a mais uma prova do masters de horseball no campo real.

Pela nossa parte jogamos em tripla.

Aos vencedores (que joguem simples até duas horas antes da partida da equipa do aeroporto oferecemos um courato e uma mini no próximo jogo a realizar em casa).

Transparência

Depois de a direcção ter recusado a cedência das instalações do clube ao Leão de Verdade para a realização da AG extraordinária, o Conselho Directivo vem desta feita propor a realização da auditoria pelo próprio Conselho Fiscal do clube, recusando, portanto, uma auditoria independente. Mais ainda se informa a lagartagem que pelos vistos os rumores que davam conta de uma AG no dia 30 de Outubro com vista a associar a alienação de mais activos do clube para a SAD à boleia da votação dos regulamentos do Congresso não são assim tão deslocados. É espreitar as novidade no site do Movimento Leão de Verdade.

domingo, 19 de outubro de 2008

Leiria - Sporting

Futebol Lidl.
Dá para o mínimo de sobrevivência indispensável.
Não passamos fome, mas dava para muito mais.
O facilitismo do fim de jogo, não é apenas azar, é alguma inconsciência mental.
Momento twilight.
Ontem ainda cheguei a sonhar acordado, vou ao balcão buscar uma preta e quando olho de volta para o ecrã vejo uma jogada de futebol rápida e bem executada, fiquei estupidificado.
Olhei e vi melhor, era o atlético de madrid contra o real madrid. O dono do café tinha mudado o canal para ver o resultado, fiquei iludido. Descobri a verdade do schuster, ele não ganha nada porque joga bem. Mudou o canal, e voltou o futebol em slow motion. Sei que não estou a ser justo, não somos o real madrid e o leiria não é o atlético de madrid.
Mas às vezes sabe bem ser iludido.
p.s.: esta equipa (menos dois - tiago, infelizmente, e pedro silva) é a titular, que nesta altura jogaria para a Liga.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

AG de 14 de Outubro de 2008

Mais uma AG na vida do nosso clube.
Desta, realça-se a fraca presença de associados, cerca de 70.
Logo de início todos ficaram a saber que o jornal do Sporting de ontem dizia que a AG seria hoje. Um lamentável erro tipográfico.
Depois passando à discussão os sócios usaram da palavra para falar não das contas, mas para pedir satisfações sobre o estado do clube e a falta de militantismo.
Não vou falar em pormenor dos números, pois não os conheço aprofundadamente, mas a maioria dos presentes também não queria saber se números, queria saber da vida do Sporting.
Mas como se esperava, aquela AG em pouco difere de uma AG de uma sociedade anónima.
Finalmente ontem, FSF, não querendo desenterrar cadáveres mostrou uns bonitos slides onde disse que o problema do Sporting foi causado no terrífico ano de 2005. Ou seja, que o culpado pelo défice actual é Dias da Cunha, por ter ido buscar dinheiro à Sad.
Posto isto e entrando no tema da ordem de trabalhos, é bom notar que a relação causa efeito entre a votação de ontem e a a contestação à direcção é uma falácia. Na ordem de trabalhos o que se ia votar era a aprovação do relatório e contas, não era uma votação para a aprovação de orçamento nem para moção de censura.
Para votar contra um relatório e contas, além de se votar contra porque sim, ou é porque as verbas foram mal inscritas, ou estão omissas ou algumas cativações são ilegais.
Ora nada se passando, só votaria contra pelo prejuízo de quase 2 milhões apresentado. Aqui a questão é de gestão e com responsabilidades pelo decréscimo das receitas. Não tem directamente a ver com o relatório e contas. Ontem na AG verifiquei que alguns dos sócios que usaram da palavra e aproveitaram para criticar o sistema de gestão, a forma de gerir o clube pela direcção e apontar falhas no que concerne às receitas, votaram favoravelmente o ponto único da ordem de trabalhos. Pela minha parte abstive-me, pois não vi motivos para contestar o relatório e contas, apesar disso, e por discordar da política directiva no que concerne às receitas deste ano, que causaram prejuízo, entendi que não devia votar favoravelmente. Acresce a isto, se o relatório e contas fosse rejeitado quem ficava ainda mais prejudicado era o Sporting.
Uma nota sobre a questão no número de votos. É sempre nítida uma separação do número de votantes entre associados mais novos e outros com mais idade. Mas se tivéssemos todos um votos perderíamos o momento lúdico da noite: eis que quando se levantam os votos a favor, um membro da direcção, com idade para ser meu avô, apresenta 1 voto! Logo a seguir meteu para baixo o papel, a ver se passava despercebido, fiquei feliz, pois este dirigente acabou por descobrir, embora tarde, o caminho para a militância.
Para o futuro ficamos a saber que a AG para aprovar os estatutos do Congresso deve ser dia 30 deste mês. E para o futuro ficamos sem saber como vai a direcção atrair o militantismo Sportinguista, eu pelo menos sei que com esta política e esta falta de ambição não vai ser, bem como sempre que se disser que os do lados e que são maiores e assíduos, também não.
Uma palavra para comprovar do sentimento Sportinguista de Rogério Alves, que depois da AG acabar, ficou até à 1 da manhã na rua a discutir o Sporting com os Sócios, houvessem mais assim...
SL

Dias da Cunha no Correio da Manhã

Dias da Cunha adiantou, ainda, que se a SAD verde-e-branca for "completamente independente, o clube morre". "É preciso travar a actual direcção para que o Sporting como todos o conhecemos continue a existir", observou.

Um sócio, um voto

Em Janeiro numa posta intitulada Subsídios para a Democratização do Sporting já aqui tínhamos defendido um debate sobre os critérios para a atribuição do número de votos aos sócios. Também propusemos uma nova fórmula. Pode ser que com a tomada de posição do Leão da Estrela o debate se acenda.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Worship that? NEVER

A convocatória para a Assembleia Geral foi anunciada no site do Clube com poucas horas de antecedência. O site, tido como a forma mais eficiente de comunicar com os sócios, parece nestas alturas também a mais incómoda por quem tem pouca paciência para, democraticamente, prestar contas sobre a "falta de militância". Mais ainda, o R&C só pode ser consultado previamente na secretaria, ou seja, ou se vai para Alvalade fazer o trabalho de casa, ou assina-se de cruz um documento lido já na própria AG...

Hoje às 20:00, em Alvalade, espero ver muitos sócios com a fluência de Al Pacino, a questionar um Conselho Directivo armado em senhorio ausente de uma casa alheia.

Eu não sou, nem serei, inquilino do Meu Clube e recuso-me a adorar falsos deuses, Sadistas.

"Let me give you a little inside information about God. God likes to watch. He's a prankster. Think about it. He gives man instincts. He gives you this extraordinary gift, and then what does He do, I swear for His own amusement, his own private, cosmic gag reel, He sets the rules in opposition. It's the goof of all time. Look but don't touch. Touch, but don't taste. Taste, don't swallow. Ahaha. And while you're jumpin' from one foot to the next, what is he doing? He's laughin' His sick, fuckin' ass off! He's a tight-ass! He's a SADIST! He's an absentee landlord! Worship that? NEVER!"

Em Inglaterra é que é!!!

Gerrard: "Os adeptos têm o direito de assobiar"

Os assobios são inteiramente legítimos, é a opinião do internacional inglês Steven Gerrard, oposta, por exemplo, à que o médio Miguel Veloso, do Sporting, exprimiu recentemente. Instado a comentar as vaias de que foi alvo o lateral-esquerdo Ashley Cole durante o Inglaterra-Cazaquistão de sábado, Gerrard chamou a atenção para a necessidade de apoio que as equipas têm sempre, mas admitiu que sim, que os adeptos estavam no seu pleno direito quando decidiram assobiar o jogador do Chelsea: "Qualquer adepto, quando paga para ver um jogo, tem o direito de dar voz à sua opinião." E até pode ser bom: "Pode ser positivo. Obriga-nos a juntarmo-nos para puxarmos todos para o mesmo lado."

É sempre engraçado ver as diferenças entre um grande jogador e capitão a sério e outros que pensam que são grandes jogadores, e que usam braçadeira.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ainda bem que avisaram antecipadamente!

Atenção Sportinguistas, está marcada para dia 14 (sim, dia 14 por acaso é amanhã), a Assembleia Geral para discussão e votação do relatório e contas do exercício findo em 30 de Junho de 2008.

Como se pode ver aqui, está marcada para as 20h para o auditório.

E como se pode notar, é manifesta a boa fé de quem comunica anúncios destes no dia anterior.
Depois vêm os do costume queixar-se da falta de militância dos sócios e da não comparência nas AG's.
Só não vê quem não quer ver.

domingo, 12 de outubro de 2008

Acho!!! E o Paulinho Cascavel e o Pantera também!


Acha que um sócio do Sporting vai ver um jogo a Braga num domingo às 21h00?

Sublinhados ou eu bem vos avisei ou ainda ou ainda esta merda para mim não é um negócio

Da entrevista de Soares Franco ao DN retenho algumas notas fundamentais devidamente justificadas pelos negritos abaixo assinalados: a campanha de novos sócios é um fiasco, as assistências estão a baixar, e a culpa é da crise económica. Isto apesar de no caso do Porto e do Benfica elas estarem a aumentar. De qualquer forma, salientar que a SAd não tem explicação para o fenómeno. Os resultados da SAD estão dependentes dos resultados desportivos. A ideia de militantismo de Soares Franco é Carnaval. Ele não quer sócios ele quer e passo a citar "segmentar e direcionar" os consumidores. Esta é aliás a nota central que retenho do seu discurso: o desprezo total pelo Clube e pelos Sócios. Finalmente, eu bem vos avisei. O Sporting vai perder a maioria da SAD, mas só depois de o Estádio ser passado para a dita. Resumidamente: custos para o clube, património e rendimentos para a SAD.

Sim e porquê? Porque o Sporting não consegue passar uma mensagem de militantismo para os adeptos, e isso é que me preocupa e leva-me a fazer uma avaliação não positiva do meu desempenho. Considero um fracasso.

Estratégia igual, resultados diferentes?

Neste caso, melhores. O Benfica tem, a meu ver, mais militantismo que o Sporting.

E o FC Porto?

O Porto tem militantismo, mas nesse aspecto, tire-se o chapéu ao presidente Pinto da Costa, que conseguiu fazer do Porto uma bandeira do norte do país e da cidade do Porto. É um bocadinho parecido com o Barcelona com a Catalunha. Porque em todos os negócios, se não se souber segmentar e direccionar está-se provavelmente a errar a pontaria.

crise financeira tocou a campainha na cabeça da família sportinguista, que se calhar hoje perceberá melhor que há um conjunto de operações que vão voltar a uma assembleia-geral (AG) e que têm a ver com a reorganização societária, que são imprescindíveis para garantir a estabilidade do Sporting. O SCP deve ter as modalidades e um conjunto de receitas. E todo o resto do património afecto ao futebol profissional deve ser gerido pela SAD. Mesmo que isso implique que o SCP perca a maioria da SAD. Porque o SCP tem força dentro da SAD com as acções da classe A. O que é mais importante: ter uma equipa de futebol altamente competitiva ou ter mais 1% de acções da SAD?

Qual é o resto do património que passaria para a SAD, a academia, o estádio?

Exactamente, tudo isso é o que faz sentido.

E independentemente do Sporting ter que lutar para ter o melhor contrato que possa, não se pode esquecer que a entidade com quem tem os contratos televisivos teve sempre, desde a primeira hora, a apoiar o Sporting. E eu, enquanto for presidente do clube, nunca me esquecerei.

Não sei avaliar. Não conheço o dossier do Apito Dourado, não me sinto em condições de me pronunciar efectivamente sobre ele.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sporting - Porto e fenómenos

O dia prometia, nada de bom.

Antes as palavras do técnico, como na luz a coisa não tinha corrido bem, troca-se o discurso e diz-se que qualquer resultado é normal. Ou seja se perdermos não se preocupem, é a vida.

À tarde ligo a TV e estava dar o ABC – Sporting em andebol. No meio da segunda parte o Sporting liderava por 5 golos de vantagem. O ABC teve dois jogadores expulsos e o Sporting acabou por perder por dois golos.

Bem, lá sigo para a bola. Entro no metro e deparo-me com uma cena estranha. Na carruagem, ao pé de mim um casal muito estranho com cachecol do Sporting. Mas eles eram estranhos, tinham um rosto saído daqueles filmes de terror negro que se passam numa cabana perdida no meio da floresta, onde um grupo de turistas se perde e são comidos por uma família com perturbações mentais e consanguinidade. Ou então aqueles portugueses extintos que viviam nas serras e nunca de lá tinham saído. E quando vinham à cidade tudo era novidade. Digo isto pois eles olhavam os restantes passageiros com um ar esquisito e depois riam-se um para o outro.

Mas havia mais, eis que entra um estrábico na carruagem. Nada de anormal, senão o pormenor que começa a tocar o telemóvel com um som gemido, tipo cabra a gritar:”Ohhhh Yééééé” (isto em cadência).

Comecei a pressentir que este dia não seria normal.

Lá consegui chegar ao estádio. E mais uma admiração, neste jogo grande não fui revistado (fui para a superior norte onde estavam o Directivo XXI e a claque do porto), o que não aconteceu no jogo de alto risco com o Belenenses.

Bem começa o jogo, estamos a jogar no sistema habitual mas com o Djaló a 10. Tentei perceber a ideia, mas o Djaló é que não a entendia. Na prática jogava-se num 4-3-3 com o Djaló a fazer de segundo avançado (o lugar ideal para o Vuk). O meio campo é que ficou perdido pela abandonar do vértice superior. Onde pontificavam Veloso a trinco e Roca no lado direito sempre a fugir para o centro. Restava Moutinho na esquerda que tentava dar largura ao jogo, mas não é o lugar natural dele. Como já disse no início da época a largura do Sporting depende muito da subida dos laterais, ou quando jogava Izma na esquerda e Roca na direita, o Sporting só tem flanco direito quando Abel sobe. E como já se viu, com equipas, e já sabendo como joga o Sporting corta-se a subida dos laterais e a equipa fica sem flancos para atacar.

Neste esquema, e pior, com os jogadores escolhidos esta época, só podia o Sporting actuar com aquelas 3 unidades de ataque se Postiga joga-se como ponta-de-lança fixo e Djaló e Derlei jogassem como avançados móveis, descaindo para as alas. Derlei chegou a jogar assim com Mourinho. O que resolvia o problema do meio campo, onde podiam jogar Veloso a trinco e Moutinho e roca como médios centros. No fundo como actua o meio campo do Barcelona.

O outro aspecto do clássico, para além do táctico é o mental. Aqui ao contrário do que seria de esperar, o Porto apresentou-se sempre com maturidade e maioridade psicológica. Com naturalidade chegou ao golo, num lance de passarinho do Grimi. O Sporting logo depois teve a sorte de lhe aparecer um penalti. Mas esse estímulo não cativou a equipa do Sporting, pelo contrário o Porto não se ressentiu e num mau alívio da defensiva o tecnicista Bruno Alves fez o segundo golo. Aqui confesso que me surpreendeu a bola ter entrado, estava ver a sua trajectória e pensei que ia para fora, pois o Patrício não se mexia. Fico com a sensação que o Patrício podia ter ido à bola, ela nem foi ao ângulo.

Após isto parece que se esperou pelo intervalo. Excepção a um cabeceamento de Postiga.

Veio o intervalo e a substituição que tinha previsto, saia Grimi e entrava Pereirinha para o lado direito. A ideia foi meter Roca no lugar de Veloso, mais subido, e o Moutinho na esquerda e Pereirinha na direita. Ainda pensei que PB ia arriscar e manter Veloso à frente da defesa e jogar com 3 defesas, mas não há rotinas para isso.

Mas depois PB volta a regredir e manda Pereirinha para o lugar de Abel.

Não percebi a saída de Postiga já que o Jogo do Sporting na segunda parte era feito muito à base de cruzamentos para a cabeça do Bruno Alves, e o único avançado que ganhava bolas de cabeça tinha sido o Postiga. Na fase final, já com a descida do Porto, finalmente os laterais podiam subir, mas aqui o Sporting só tinha domínio, não conseguia trocas rápidas, desmarcações, não há um rasgo individual, um desequilibrador. Era meter bolas nos laterais e centrais ou então tentar entrar pelo centro sem resultado. A única excepção foi uma tabela de Pipi que Derlei resolveu chutar na atmosfera. Mas aqui também já o Porto tinha enviado uma bola ao ferro e mais duas oportunidades.

No total ganhou quem jogou melhor, quem converteu o maior número de oportunidades criadas.

O pior, voltou a acontecer, a falta de intensidade e baixa mentalidade competitiva de alguns jogadores, desta vez a acrescer à colocação de alguns jogadores fora dos lugares onde mais podiam render. Roca está gordo e não pode jogar no flanco, quem podia era Pereirinha e não a lateral. O resto já expliquei o que me parecia ser o melhor sistema.

No final, parece que os assobios vieram, ká tinham vindo durante o encontro para Grimi, Veloso e na segunda parte pela lentidão e incapacidade da equipa e a PB pela Substituição do Postiga

Mas isto ainda não tinha acabado. De regresso à roulote, o homem que tirava as imperiais resolveu oferecer ao Luisinho uma garrafa de vinho verde! Não percebi se ele estava angustiado com o resultado ou se já estava a prever que o negócio ia começar a decrescer e toca a fidelizar clientes!

Então aí fomos nós para o metro com uma garrafa de vinho debaixo do braço.

Mas a história não acaba aqui. Eis que sentado num banco estava um indivíduo a descalçar-se. Tirou as meias e os sapatos. Os seguranças foram ter com ele a dizer que assim não podia ser, mas veio o metro e ele pisgou-se descalço para dentro do metro.

Logo a seguir aparece outra alma com um panamá na cabeça e um livro do CSI debaixo do braço e veio direito a nós a começou com uma voz muito larilas a dizer: “Não podem pisar a linha amarela! A PJ não quer que as pessoas pisem a linha amarela! Eles andam a vigiar quem o faz! Vocês vão presos! Aquilo era um bocado surreal, só dava vontade rir (atenção o Sporting tinha perdido). Aparecem de novo os seguranças e o homem continua com a ladainha e a fazer gestos esquisitos com a mão. E continua pela linha fora a avisar os incautos dos perigos de pisar a linha amarela.

Um dia bem passado.

domingo, 5 de outubro de 2008

Preciosidade

Acabo de chegar do jogo com o Porto, mas não venho aqui comentar o resultado ou qualquer lance, vou deixar essa tarefa para o Yazalde!

Hoje descobri a Futeguia! Trata-se de uma mini-revista, gratuita e distribuída à entrada do estádio que tem como objectivo fazer o lançamento do jogo que vamos assistir! São pequenos fascículos que podem ser compilados numa capa arquivadora no final da época! Com preciosidades como a que se segue vou já começar a minha colecção. No futuro poderei oferecer aos meus filhos para que saibam quem foram os treinadores do Sporting.

Importa-se de repetir ou ainda Obrigado, Paulo Bento és o meu herói e quando for grande quero ter um corte de cabelo igual ao teu

Habituei-me a uma massa associativa exigente e que hoje é mais exigente do que há três anos. Se calhar, porque se habituou a ganhar alguma coisa. Não estava na Liga dos Campeões e agora está, isso também vai criando exigência.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Diz que é uma espécie de liga dos campeões

Na senda do Luizinho, posso dizer que consegui entrar no estádio (não levava um pc, apenas uma caixa com óculos de ver o que realmente se passava - daqueles que diminuem a velocidade da realidade real de modo a que de maneira simulada conseguisse acompanhar o desenrolar do jogo).
Mais a sério sempre direi que tive pena de quem pagou € 25,00 para ver este jogo da liga dos campeões (apesar de só haver um campeão em campo). Não notei particular diferença técnico-táctica entre o jogo com o Basileia e um jogo da taça da liga com o Chaves (o equipamento é semelhante). A grande diferença residia no preço dos bilhetes, € 25,00 ao invés dos aceitáveis € 5,00.
A grande curiosidade foi um actualizado sistema táctico de Paulo Bento. Agora já se vê o futebol que se pretende para o Sporting é uma inovadora táctica. Depois do WM, do MW e do futebol total surge o futebol funil. Esta boa táctica consiste no meio campo em por um médio defensivo (joga pelo meio) dois médios centros (jogam pelo meio) e um médio ofensivo (joga pelo meio). Como se vê é uma variante do losango só que sem médios laterais, aqui todos convergem para o mesmo ponto - o meio.
O que me preocupa é que notei alguma falta de confiança de Paulo Bento neste sistema táctico, não havia necessidade de tirar o Roca para pôr o Vuk. A coisa até estava a correr bem...
Quanto aos famosos assobios, eu até gostava que fosse como em Inglaterra, ter uma equipa competitiva do início ao fim, que nunca descansa, que procura sempre mais um golo e dão o litro, ao invés de outros que vão marcar os cantos a andar devagar, devagarinho.
Daquilo que me pareceu, os assobios (para além de serem dirigidos ao Roca no canto) acabaram por ser dirigidos ao Paulo Bento, por não alterar nada durante a primeira parte. Mas ele j+a explicou, que estavam a jogar bem, logo não percebo porquê que alterou alguma coisa no intervalo.
Mas para uma dissertação mais detalhada sobre o instituto do assobio em Alvalade, por favor ler aqui e aqui.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O cliente não tem sempre razão ou Só eu sei porque fico em casa

A transformação do sócio em cliente e do adepto em fã, isto é, o processo de mercantilização do futebol vai acelerado. Mas não sem entraves. Este cliente hoje tentou pela primeira vez esta época assistir a um jogo do clube pelo qual torce...mas não conseguiu. O porteiro quis revistar a mochila do cliente, que tinha saído do trabalho às sete. No processo da revista o porteiro encontrou um perigoso computador portátil, instrumento de trabalho essencial para a sobrevivência do cliente e que lhe garante as condições económicas necessárias para ter um excesso mensal que pode despender em práticas de lazer, entre as quais se encontra o futebol. O porteiro informou, nesse momento, o cliente de que não poderia entrar no recinto onde se realizava no jogo com um perigoso portátil. O cliente empacotou a sua trouxa e dirigiu-se para casa onde assistiu à segunda parte do jogo.
Findo o jogo, o cliente, doravante, espectador televisivo e assinante da Sport TV, portanto consumidor, ouviu o treinador e os jogadores da equipa pela qual torce, e pela qual de vez em quando se torce todo, dizer que os adeptos não deviam assobiar a equipa. Um dos mais promissores jogadores do plantel, e que tarda a encontrar a sua melhor forma, chegou mesmo a sugerir aos consumidores que ficassem em casa caso quisessem assobiar. É o que este consumidor, já desiludido com o estatuto a que se encontra subjugado, irá fazer doravante. O consumidor, gostaria, porém de deixar duas sugestões.
Se é possível aos treinadores e jogadores de uma equipa entrarem em diálogo e debate com os sócios e adeptos do clube que representam, o mesmo não julgo que suceda com os consumidores dos produtos colocados no mercado pela empresa para a qual trabalham. Consequentemente talvez fosse melhor para a política comercial da Sociedade que os seus funcionários quando questionados sobre a insatisfação dos consumidores se limitassem a defender a qualidade do produto, existindo para o efeito uma miríade de frases feitas disponíveis que podendo irritar o consumidor certamente não o alienarão da marca: controlámos o jogo, jogámos bem, era fundamental vencer, nem sempre é possível jogar bem, os espectadores nem sempre conseguem entender todas as nuances de um jogo, etc.. Uma segunda solução para este problema será uma mistura entre o recurso à Constituição da República Portuguesa (os espectadores têm todo o direito de se manifestar) com um pingo de humildade (vamos tentar melhorar).
Em relação ao problema da entrada no estádio talvez fosse aconselhável que os porteiros encaminhassem o cliente para o bengaleiro (coisa que não fizeram) garantindo-lhe simultaneamente que os seus pertences ficariam a salvo de qualquer problema (já que, por exemplo, um computador de 1249 euros onde se encontra toda a vida profissional do cliente não será um objecto de somenos importância). O cliente, ao contrário do adepto, ou do sócio, não pode organizar toda a sua vida por forma a poder ir a casa guardar os seus instrumentos de trabalho antes de se dirigir ao recinto onde vai assistir ao espectáculo desportivo. Uma última nota para relevar o facto de o cliente também não apreciar especialmente ser objecto de violência policial, como sucedeu, com alguns clientes no sábado passado, aquando da deslocação a um recinto em Carnide. Neste último quadro também se incluem as suspeitas de que poderá a qualquer momento arremessar o seu computador portátil de um milhar de euros para o relvado ou que o poderá utilizar para agredir qualquer outro espectador ou força da autoridade presente no recinto onde decorre o espectáculo desportivo. Apesar de tudo, o cliente não deixa de se sentir elogiado pela elevada consideração em que a Sporting SAD o tem, na medida em que o julga com um poder de compra suficiente para destruir computadores em altercações em recintos desportivos. Não se perde tudo.