Foram dez segundos.
Nos primeiros sete ele constrói, cresce, agiganta-se, faz porco-sapato dum, sacanagem c'outro. ao oitavôôôôohhh!!! eeeehhh!!! oooolllééééé!!!! três em um. ao nono, de súbito, um silêncio no estádio.
variação brusca que me estala os tímpanos. não é de respeito. tampouco por reverência ou cumplicidade. faz-se silêncio porque a obra se solta e fica à mercê do deus-dará. a hipótese de ver tudo desfeito com o vento ou como naquelas obras de arte budistas de arroz colorido que, uma vez concluídas, são desmanchadas de imediato pelos próprios criadores. calma que isto não é o Tibete. Alvalade XXXI (isto sim é um "re-naming" digno de gente): ele cruza, a obra prestes a desfazer-se como um karma....
não se desfaz. faz-se. História, Arte e Poesia. no número primo a Obra-Prima. deus-deu. 3-1.
3 comentários:
Espectáculo de post!
Não há dúvida que 31 é um número divinal. Seja em numeração romana (Alvalade XXXI, excelente!) seja no dorso de uma camisola listada de verde e branco envergada por um jogador levezinho, mas já com um enorme peso na história do derby eterno!
Segundos mágicos, os que relatas Paulinho!
SL!
acho que o colorido da tua descrição vai deixar os vermelhos a preto e branco!
Eu a partir d'hoje vou sempre ao Alvalade XXXI.Não há uma estátua, há um estádio!
Qt aos vermelhos já devem ter ficado a pretos no sábado de tão chamuscados que foram..
suações liedsonianas!
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