sábado, 15 de dezembro de 2007

Mercado e mística


Muito se tem discutido a forma como o Sporting trata os seus maiores símbolos. O caso dos irmãos Castro oferece-nos mais um flagrante exemplo de autismo e gestão danosa do clube. A ruptura do Sporting com os gémeos teve repercussões não apenas no plano simbólico mas também no plano económico e desportivo. Passemos então à história. Como terão percebido até os menos atentos Daniel Carvalho, jogador do CSKA de Moscovo, e um dos carrascos do Sporting no final da Taça Uefa, estava em fim de contrato com o clube russo e prestes a assinar pelo Inter de Milão, que já seguia o jogador há algum tempo. O jogador é representado pelos irmãos Castro. Num encontro de opositores à actual direcção, liderado por Subtil de Sousa, que se realizou no hotel Barcelona há um ou dois anos (já não me recordo exactamente), ficámos a saber pela boca de um Dionísio Castro banhado em lágrimas que Daniel Carvalho e Wagner Love foram oferecidos ao Sporting "por tuta e meia", ainda antes de terem ido para Moscovo. A direcção, não satisfeita com o facto de ter corrido com Domingos e Díonisio Castro da equipa de atletismo (se bem se recordam a valorosa dupla acabou a carreira no Maratona) também se recusava, e ainda recusa, a estabelecer quaisquer relações comerciais com os manos, que apesar da forma como foram expulsos do clube não deixaram de tentar dar prioridade ao Sporting na aquisição de dois execelentes jogadores. Deve ser isto a gestão racional de um clube.

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