O Público, na sua edição de hoje, dá conta que analisou os relatórios e contas enviados à CMVM pelas SAD dos clubes cotados em bolsa e conclui: "Benfica e FC Porto começam a distanciar-se do Sporting, quer ao nível de receitas, quer de despesas." “Mais duas épocas assim e o Sporting pode começar a aproximar-se mais do Sp. Braga e V. Guimarães que do Benfica e FC Porto”, conclui Helder Varandas, um especialista em finanças do desporto, ouvido pelo jornal a propósito deste tema.
Há anos e anos que se adivinhava isto. Há anos que o Sporting não parece passar de uma espécie de cói de malfeitores, cujas malfeitorias não conhecemos, nem conheceremos, certamente senão uma pequena parte, mas, que são fáceis de adivinhar. Há anos e anos que muitos avisaram: não menosprezem os sócios. Eles são a seiva do Clube! Há anos e anos que o primado dos sócios foi substituído pelo primado dos bancos. Tudo certamente feito para que as malfeitorias se pudessem realizar em clima de maior tranquilidade.
Deu nisto.
Reganhar a confiança dos sócios, recuperar o grandeza do Clube, reganhar os Sportinguistas para a batalha por um Sporting grande, eis a única saída possível. Repôr o Sporting no lugar de onde saiu pela acção criminosa de um bando de aventureiros e oportunistas que tomou conta do Clube e o deixou no estado em que está —eis uma tarefa para a qual a actual direcção não demonstra ter aquilo que é preciso.
Teimosia bacoca e voluntarismo inconsequente não são as qualidades que um Presidente do Sporting necessita para o tirar deste buraco.
Os sócios do Sporting, na sua imensa sabedoria, no exercício dos seus poderes e no âmbito da moldura estatutária e democrática que rege o seu funcionamento, saberão encontrar uma solução que resgate o Clube da idade das trevas que atravessa há 15 anos. Mas, terão de rolar cabeças e teremos de exigir responsabilidades a quem as tem.
Exige-se ruptura!
Destruir, meticulosamente e da forma que agora publicamente se comprova, um Clube centenário, com a grandeza e dimensão que o Sporting teve é um crime que alguém vai ter de pagar.
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