quinta-feira, 4 de junho de 2009

Para onde vai a nave de Alvalade?

A nave está na encruzilhada.

Ou,
segue por uma faixa de rodagem ao lado, via Buraco Negro adentro, com o Hidra 2009 no comando operacional total. Os pontos vitais sob as ordens da SAD que, logo após o solstício, será proVMOCvida a Quartel-General. O resto ficará na mesma. O Coronel-Maçarico à velocidade cruzeiro habitual salvo quando se cruzar com naves de grande porte que poderão capotar a geringonça mas, todos sabemos, o importante é participar. As intrigas de soldados insurgentes conhecerão novos capítulos filtrados com o profissionalismo dos Três Diários. Dizem que os nosso melhores talentos não serão mais dados ao desbarato, mas o habitus, a engrenagem, a obediência à Ordem e o curriculum de JEB, atestam a hipótese de manobra de diversão. Pelo caminho, a tripulação continuará a saltar ou a ser empurrada borda fora. Apesar do ar rarefeito, é uma odisseia possível de ser percorrida. Não com todos os sócios é evidente, mas por aqueles que por direito electivo ou por convite assim o possam. Enfim, o: JEB (sucede a J&B), Dias Ferreia, Barroso, Ernesto Ferreira da BDO... parece a quadrilha dos irmãos Metralha, mas não é. É o Sporting Clube dos Amigos Dinásticos. Numa Galáxia cuja natureza e funcionamento ainda estão por perceber.

Ou então segue um rumo oposto.
Tentará encontrar a saída do Buraco Negro por um desvio de rota. Sustituir-se-á o Coronel Bento pela tecnologia Erickson. Desactualizada ou não, o losango nunca mais será o mesmo. O laser-de-toque será a recuperação de 20 mil tripulantes através de uma política desportiva situada a 20 mi léguas mais próxima da concorrente, isto é, perto do adepto e sócio (Provedora; quotas; bilheteira; merchandinsing; fundos de fomento; pavilhão; fosso; Núcleos...), de medidas como a redução da dimensão e massa salarial do grupo empresarial, entre outras. As pessoas são outras. Uma rajada de ar fresco. Liderada por PPC, de quem muitos desconfiam que, na práctica, não consiga levar a cabo as ideias apresentadas.

No plano da obra (des)feita, a nave JB é o que se sabe. Se na solidez das ideias de projecto a nave 'Ser Sporting' sai vencedora, tem mais dificuldades no plano gasoso - o da confiança na capacidade de cumprir a empresa. Improvisando uma taxionomia temos i) os ultra-confiantes; ii) os ultra-desconfiados, que desconfiam de tudo à excepção da sua própria desconfiança; iii) os olha, bora lá dar uma oportunidade e; iv) epá, é melhor não e tal, este meu 6ª sentido, tenho receio, suspeito que ele é isto e aquilo..". a discussão tende para a inconsequência. É difícil sair disto. Se há exemplos de insucesso de projectos com e sem experiência em gestão desportiva (o proj. Roquete) também o há de sucessos. Aliás até jogadores já conseguiram gerir bem um clube. Se calhar é como dizia um anónimo e diz o Meszaros: a confiança actual na para-democrática ‘continuidade’ está pura e simplesmente no Medo da Orfandade.

Resumindo, há mais razões sólidas e líquidas para não votar na lista C e são sobretudo gasosos os motivos para não votar na lista A. Tendo de escolher uma, sob pena de ficarmos à espera de (Fi)Godot, eu confio mais no sólido e suspeito mais do gasoso.

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