À margem de querelas antigas, relacionadas com preferências técnicas e ideológicas respeitantes ao futebol que se joga no relvado (Peseiro sempre!!!!), é evidente para quem frequenta a blogosfera leonina o anseio de uma democratização do clube. Penso que o primeiro passo para a recuperação da identidade, sobre a qual também muito se tem dito. De forma breve, deixo, para já, quatro medidas concretas que poderão permitir uma maior particpação dos sócios na vida do clube. Esta, como se sabe, decorre essencialmente a partir de três formas: na tomada de decisão, nas bancadas, e na prática desportiva. Começo com quatro medidas que se podem enquadrar na primeira categoria.
1- Obrigatoriedade de entrega dos estatutos do clube a todos os novos sócios. Dados os tempos de penúria, e para não sobrecarregar o orçamento, para os outros seria disponibilizado um PDF dos mesmos on-line. o site não pode servir só para propaganda e merchandising.
2- Obrigatoriedade de convocatória de todos os sócios na plena posse dos seus direitos clubísticos para todas as assembleias gerais. Do mesmo modo que recebemos SMS para adquirirmos bilhetes para a Taça estas também poderiam servir para incentivar os sócios a participarem nas Assembleias-Gerais, que também deveriam ser anunciadas pelo inenarrável speaker do Estádio no último jogo em casa antes da ditas. Mas isto são questões de pormenor. Por email, CTT ou pombo correio, o que interessa é que as convocatórias cheguem aos sócios.
3- Como já muitos referiram a criação de um Provedor do Sócio. De preferência eleito e independente da direcção.
4- Talvez a mais polémica. a verdadeira democratização do clube passa também pela aplicação do princípio um homem/um voto, de forma a criar uma igualdade de facto entre os sócios.
5 comentários:
Nem mais porra!
De facto o ponto 4 é bastante polémico e teria que ser discutido em assembleia própria.
Acrescentaria mesmo mais um ponto: a representação - através, p.e., de representates eleitos, - dos sócios nos orgãos de tomada de decisão do clube, SAD incluída. Não bastam os notáveis "convidados" do Conselho Leonino. Isto sim seria não só uma verdadeira gestão aberta e democrática, mas talvez mais importante ainda, melhoraria a gestão desportiva do clube, ou seja, ajudaria a evitar decisões absurdas como algumas que se tÊm feito,e, aos orgãos sociais, permitira-lhes terem uma melhor noção do rumo a tomar, das responsabilidades e mais possíveis soluções a adoptar.
Só para clarificar:
obviamente que os representantes dos sócios são o presidente do clube e o presidente da mesa da assembleia geral. Quando no comentário falo em representantes dos sócios refiro-me a representantes das várias associações do universo sporting: núcleos, claques, leões de portugal, e outras;
O Rui Santos, apesar de mandar uma quantidade incomensurável de bolas à barra, propunha uma coisa com piada no último programa: um conselho técnico leonino. Penso que no seguimento da tua ideia seria possível criar dois ou três órgãos consultivos (vinculativos tenho algumas dúvidas. Um deles seria o tal conselho técnico que criaria uma espécie de livro de estilo do futebol do clube. Outra coisa a fazer imediatamente seria a reformulação do conselho leonino, adaptando-o aos moldes que propões. Menos notáveis e mais representação do universo associativo leonino.
E ando aqui a reflectir sobre a ideia de aplicar os orçamentos participativos, mas daqui a pouco começam a dizer que sou maluco...
As três primeiras propostas são boas. Destaco a 3.ª que peço permissão para usar em futuros escritos. (Claro, não preciso de permissão porque estamos no mesmo barco e só a usarei para bem do Sporting; é uma figura de estilo, de boa educação.)
Quanto à quarta... Não é que seja má ideia. Mas às vezes o facto de se pedir a Lua acaba por prejudicar os outros aspectos mais "terrenos". Acho que primeiro está a tomada do poder dentro do Sporting, para depois se progredir (lentamente, muito lentamente) no sentido da democratização neste aspecto. Não te esqueças, Luizinho, que esta proposta só passaria se aprovada por aqueles que iriam ser "prejudicados" por ela.
Não penso que a conquista do clube seja dissociável da democratização do mesmo. De qualquer forma, concordo quando dizes que é preciso caminhar por pequenos passos e é evidente que uma coisa destas teria que ser bem discutida. Essa discussão é que é inadiável.Por outro lado, não sei se esta proposta só seria aprovada se aqueles que são prejudicados por ela votassem a favor. é uma questão de criar equilíbrios e fundamentalmente aumentar a participação de todos os sócios.
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