Copérnico foi o primeiro formular uma teoria cosmomológica heliocêntrica. Isaac Newton criou o princípio da gravitação universal. Boyle descobriu a lei dos gases. Maxwell concebeu a teoria do electromagnetismo. Lineu foi o autor da moderna taxonomia científica. Darwin, claro, surpreendeu-nos com a teoria da evolução das espécies. Einstein foi o criador da teoria da relatividade.
Paulo Bento ficará para a pequena história como o génio que descobriu uma nova fórmula de jogar futebol: colocar onze jogadores em campo, sem qualquer estratégia visível, esperando que o seu jeitinho lhes permita "criar oportunidades" e assim vencer o adversário. Tudo isto em forma de um não-sei-quê de
losango.
Umas vezes dá porque o treinador adversário consegue ser ainda mais obtuso (difícil, mas possível) que o Paulo Bento. Outras vezes não dá. Quando, por exemplo, o adversário é treinado por alguém que tem uma qualidade essencial para o futebol que o Bento não tem: visão estratégica. Nestas alturas o Sporting é enrabado com grande estrondo, como foi o caso ontem com o modesto, mas impecavelmente disciplinado e estrategicamente orientado Leixões.
Umas vezes o árbitro decide dar espetáculo. Outras vezes, como foi o caso ontem, o árbitro não se coloca a jeito, não proporciona desculpas desajeitadas, nem comentários imaturos e fica patente a realidade. Uma realidade nua, crua, perturbadora e dolorosa: Paulo Bento não tem jeitinho nenhum para esta merda e nenhuma categoria como treinador.
É nestas alturas que se vê a "grandeza" do Sporting... pois! Estamos ao nível da sanita e só se vislumbram cagalhões.
Ter contratado um treinador como este é como ter um Ferrari e meter-lhe óleo de girassol no depósito. A marca Sporting é grande, mas o "carro", é claro, assim não anda... !
Só um presidente sem categoria nenhuma, como é Filipe Soares Franco, conseguiria fazer desta espécie de técnico de opereta o responsável máximo dos destinos da equipa do Sporting. Só esta direcção conseguiria elevar este triste personagem a herói, descobrindo-lhe qualidades de grande gestor de recursos humanos e de grande condutor de homens.
Foi condutor, mas sem carta durante algum tempo, como se sabe. A "brigada" fechou os olhos na esperança que depois dos testes do código e das lições de condução em estrada fizesse o exame e passasse a ser um condutor a sério.
Está agora patente que Paulo Bento fala muito, que se mostra muito determinado (leia-se: teimoso que nem uma mula!), mas que não está à altura das exigências. Nem na profissão certa.
Não andasse a nação sportinguista a dormir, tivesse a nação sportinguista os tomates que mostrou em tempos que já lá vão, e o Paulo Bento já tinha arrumado o cacifo e rumado a um desses clubes com nomes esquisitos que militam nas divisões mais rascas dos futebóis mais obscuros.
Assim, vamos tendo de o gramar a escrever sucesssivamente na
lista de objectvos "JÁ FOI", impunemente, sem prestar contas, e também impunemente a desbaratar os recursos humanos do clube --"recursos" esses que certamente devem estar a gozar que nem uns parvos porque continuam a ganhar o seu e ficam em casa, descansadinhos, a ver o jogo na televisão e a assistir ao mesmo discurso "flash" de sempre, aos mesmos tiques e maneirismos, banalidades e lugares comuns.
Não é o Ferguson do Sporting. É o "fodassen", Sporting!
PS- Então e nem mesmo com os Núcleos foi possível ter uma casa cheia?! Mas, há também nisto uma lição e um aviso: basta um pouco mais de mobilização e a presença popular permite logo saír do marasmo de assistências que tem sido a regra este ano. Por outro lado, essa presença popular está lá, quando é preciso...