quinta-feira, 31 de março de 2011
Onde é que eles andam?
A promiscuidade continuará
Além do mais, no mesmo debate, Bruno de Carvalho disse que o fundo estava caducado, o que lhe valeu ataques cerrados de Pedro Baltazar... e Godinho Lopes.
Mas certamente que a sua reactivação será facilitada pelo Ricciadi. A ratoeira só estaria montada para o BdC...
quarta-feira, 30 de março de 2011
Promessa de auditoria para enganar papalvos
Dizia o Godinho na segunda-feira à noite no Dia Seguinte:
"Durante a campanha, ficou claro que iríamos avançar com uma auditoria. Não vou esperar tempo rigorosamente nenhum. Pretendo reunir-me com os outros candidatos e escolher um auditor. Não devemos ter medo de nada"
Dizia ele ao Público na sexta-feira, último dia de campanha:
"Vai promover uma auditoria?
Estou aberto, mas não será por proposta minha, porque eu acredito na honestidade das pessoas que estiveram no Sporting. Uma coisa é a competência, outra é a honestidade. A SAD é auditada todos os anos por estar na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e no resto do clube as coisas estão certas, com certeza. Mas estou aberto para qualquer auditoria proposta por um conjunto de sócios e que seja aprovada em assembleia-geral. Agora, há dois tipos de auditoria: a de gestão e a financeira. A primeira mexe com as pessoas, com a sua capacidade, competência e incompetência, mas é preciso lembrar que elas foram eleitas pelos sócios do clube. Seria um lavar de roupa suja que não leva a nada."
O problema, portanto, não é ele hoje ter reunido com outros candidatos para tentar definir os moldes de realização da auditoria. Isso seria um gesto saudavelmente democrático. O problema é a mentira de dizer que a sua lista quis a auditoria desde o início da campanha. Mente, portanto, com todos os dentes que tem. Em segundo lugar, aposto o que quiserem que a única auditoria que se vai fazer é aquilo que Godinho chama de auditoria financeira - e mesmo assim tenho dúvidas de que se ultrapasse a fase do anúncio da intenção de a realizar. A auditoria de gestão segundo o senhor "seria um lavar de roupa suja que não leva a nada". Um tiro no pé ainda antes de ter puxado o gatilho. Daqui para a frente vai ser sempre a piorar.
A lista de enGodinho Lopes
- União do universo Sportinguista (bah! lol)
- 100 milhões de euros:
- 15 milhões dum fundo por activar
- 20 milhões através de um empréstimo obrigacionista a emitir
- (??) milhões da bomba de gasolina
- (??) milhões por explicar
- Dirigentes Futebol:
- Luís Duque; [feito; ao fim de 2 meses ameaçou sair, mas voltou atrás]
- Carlos Freitas; [feito]
- Treinador: Domingos, Paciência [feito]
- Vencer já na próxima temporada
- Integração de ex-jogadores:
- Beto
- Nelson
- André Cruz
- Manuel Fernandes
- Vidigal
- Sá Pinto (?)
- Jogadores:
- Alex Silva
- Alberto Rodríguez [feito]
- Garay
- Wendt
- Zahavi
- Jô
- Hugo Almeida
- Bobô
- Criação equipa B ou satélite
- "Green Day" (não é a banda! Será um torneio)
- Aposta na Formação e expansão da Academia no mundo (principalmente nos países de expressão Portuguesa)
- Colocar as fotos do Moutinho e Simão na academia (para os jovens se lembrarem que só estão ali de passagem, e que podem trair o Sporting sempre que quiserem, que mesmo assim serão reconhecidos)
- Auditoria externa [em curso; porque o objectivo é começar a mostrar serviço de modo a tentar sustentar e legitimar a sua eleição, pegando estrategicamente num ponto muito sensível para a oposição, tendo em vista acalmar algumas hostes; resumindo é atirar areia para os olhos]
- Alteração dos Estatutos
- Criação do conceito do "Sócio-Adepto"
- Pavilhão para 3000 espectadores
- Requalificação do multidesportivo
- Maratona / Mini Maratona Sporting
- Jogos Francisco Stromp (modalidades)
- "Sporting Experience" (um cartão que permitirá aos jovens experimentar as diversas modalidades praticadas no Sporting)
- Núcleos: imagem uniformizada; venda merchandising; comunicação informatizada, permitirá entre outras:
- Voto online;
- Compra bilhetes em terminais instalados;
- Festa Anual dos Núcleos
- Reformulação do Cartão de Sócio (regalias efectivas)
- Sala do sócio (?)
- Sporting TV (?)
- Cadeiras Verdes
- Fecho do fosso [Não estava no programa, mas foi agora prometido para a época 2012/2013]
- Segurança da Academia a cargo da empresa de PPC [certamente em curso]
Última actualização: 28/05/2011
terça-feira, 29 de março de 2011
Bruno Nogueira (ou o seu alter ego João Quadros)
Curiosidade
Não conseguiu entre cinco e quer agora consegui-lo entre o universo Sportinguista... Não conseguiu fazer unidade com o candidato Bruno de Carvalho e quer agora contar com ele, debaixo da sua "liderança". Não consegui chegar a um consenso com o Bruno de Carvalho antes e quer agora obter o consenso com os seus apoiantes, que ainda por cima são mais do que os dele...
Confesso que estou cheio de curiosidade...
segunda-feira, 28 de março de 2011
Qual era o pior cenário que poderia acontecer? este!
Hoje já não há jogadores novos, mas como isso vem da candidatura menos credível.... quem se surpreende?
Não sei o que aconteceu na contagem de votos.... mas os números não batem certo, houve parabéns endereçados e votos mal guardados..... uma enorme dúvida no ar sobre o que se passou. Segundo a comissão eleitoral foi tudo normal. 10 horas a contar votos é, portanto, normal. Números que não são coerentes são portanto normais. Até, pelo comunicado de Dias Ferreira, haver irregularidades é normal (ao menos deste género de continuidade estamos livres).
Não vou em cantigas, desculpa Bruno, de se fosse eu não tomava posse. Naquela situação em que a ta lista não reclamou de imediato a coisa fica complicada de dizer que o declarado vencedor não ganhou.
E depois de algum descanso (será?) fazer apelo para soluções não estatutárias parece-me muito mal.
Portanto para mim a única via, que o Bruno não seguiu, seria a de solicitar uma reunião com a nova direcção e a nova mesa da Assembleia Geral e tentar chegar a um acordo, ao mesmo tempo que se avança para o tribunal. Tudo o resto é lirismo e tentar esconder os próprios erros (não apresentar formalmente no momento certo a reclamação dos resultados que iam ser anunciados).
Porque segundo os estatutos a partir do momento em que são anunciados há uma nova lista e alguém da candidatura, de preferência o delegado à assembleia, devia saber isso e actuar em conformidade.
Assim ficou a parecer um mau perder. Os argumentos chegaram demasiado tarde.
Seja como for há 2 coisas importantes:
1- argumentar bem a impugnação, para o que urge ser mais preciso no que se contesta.
2 - aprender com os erros. Todos teremos mais votos na próxima eleição!
Quem tem medo dos votos?
O Sporting está agora pior do que estava. Não podemos agir como se nada afinal estivesse a acontecer antes e como se tudo tenha ficado resolvido agora.
O JEB foi um presidente da treta, mas foi eleito com uma margem significativa e até começar a dar tiros atrás de tiros no pé, teve todas as possibilidades de alterar o rumo dos acontecimentos. Esta criaturinha que agora se assume como "presidente de todos os sócios" (!) nem sequer goza do peso do voto maciço e já se comporta como se não tivesse de prestar vassalagem aos Sportinguistas. Ganhou ainda por cima em circunstâncias no mínimo duvidosas, e ganhou perdendo em número de votos. É mau, mas em qualquer caso, seria, tendo em conta que se tratou de objectivamente de uma vitória tangencial, um caso a obrigar a uma enorme dose de bom senso e capacidade de estabelecer equilíbrios que obviamente este tipo não tem. Mostrou-o durante a campanha o Godinho e depois, com aquelas desculpas toscas (tê-las-ia apresentado se tivesse ganho com uma maioria clara...?), com o seu discurso e com a sua postura totalmente indignos do momento.
Já se revelou inapto.
Mostrou tudo menos bom senso, golpe de asa, capacidade de entendimento dos acontecimentos ou de forjar consensos. Já mostrou ser um arrogante, sem dimensão para presidente de um grande Clube como o Sporting, muito menos um presidente adequado ao momento e às circunstâncias em que o Sporting está. Porque o Sporting está MAL, convém não esquecer...
Não, este gajo tem de ir à vida.
Portanto, restam-nos duas hipóteses (não alternativas, são duas fases do mesmo processo). Tem de prosseguir o processo de contestação legal das eleições. A candidatura de Bruno de Carvalho não pode vacilar e nós temos de lhe continuar a dar toda a força. Se se concluir que não há mesmo bases legais para o fazer, tem 1) de se propor uma alteração de Estatutos, que 2) vá a uma AG para acabar de vez com este sistema totalmente obsceno de votação e 3) convocar novas eleições de seguida. Estes processos não podem parar!
Eu, se fosse o Godinho, antecipava-me e propunha eu essas alterações. Convocava já uma AG à qual submetia estas alterações e depois submetia-me novamente ao veredicto dos sócios em novas eleições, claras, para dar força ao meu mandato e re-legitimá-lo no meio de tantas dúvidas que surgiram e de tantas imperfeições que se revelaram com este processo. Mas não creio que o Godinho tenha tomates para o fazer, por isso terá de ser forçado. Mas, isto era o que o Sporting merecia... Se a preocupação dele fosse de facto o Sporting e ele tivesse a dimensão necessária, era o que deveria fazer.
Lembro-me que em diversas ocasiões os vários personagens que foram tomando conta do poder no Sporting falaram de uma "minoria de bloqueio". Ficou agora claro o que é, quem é e de quantos "vinte cincos" é feita esta "minoria de bloqueio". Fica agora claro quem e em que circunstâncias controla o Sporting e quem o empurrou para o caneiro em que se encontra.
Godinho Lopes está obrigado a conferir ao seu cargo um estatuto de dignidade que, ao ser eleito nestas circunstâncias, lhe falta manifestamente.
Ou o faz ele, ou fazemos nós...
Dias Ferreira no seu melhor
Adenda às 15:23: A"fonte" já tem nome e voz. A cobardia e o taticismo, contudo, mantêm-se: "«Nós admitimos o conhecimento de algumas irregularidades ocorridas durante as eleições. Isto não quer dizer que esteja a qualificá-las ou a tomar posição sobre as eventuais consequências que elas possam ter tido no resultado», frisou Paulo Rêgo."
Afinações
Votos
LISTA A – 33396
LISTA B – 8881
LISTA C – 34417
LISTA D – 11341
LISTA E – 2524
Votos brancos/nulos - 740
Total - 91299
Total de votos oficialmente declarados pelo Sporting - 88530
Afinação - 2769
Votantes
LISTA A – 4533
LISTA B – 1384
LISTA C – 6247
LISTA D – 1912
LISTA E – 382
Votos brancos/nulos - 125
Total - 14583
Total de eleitores oficalmente declarados pelo Sporting Clube de Portugal - 14205
Afinação - 378
O mais impressionante em tudo isto é que não há uma conta que bata certo. Uma só. Estamos, portanto, perante uma de duas maravilhosas conclusões: 1 - As eleições foram aldrabadas. 2 - Os membros da Mesa da AG do Sporting Clube de Portugal não sabem fazer contas de somar. Resta saber se algum jornal vai pegar nisto. Quer-me parecer que não.
domingo, 27 de março de 2011
27 de Março de 2011 - Uma data que viverá na infâmia
Acho que é mesmo o Marcelo Caetano do Sporting.
Golpe no Sporting seguido de Lições do Dia
Entretanto vale a pena começar a pensar em duas lições que o dia de ontem nos ofereceu.
1 - A Internet vale exactamente 7% dos votos. É o arredondamento dos votos da lista independente para o Conselho Fiscal e Disciplinar e da Associação de Adeptos Sportinguistas para o Conselho Leonino. A Lista Ser Sporting depois da hecatombe que foi a campanha de 2009 acabou com cerca de 10%. É o que valem a blogosfera e os fóruns anti-Projecto Roquette.
2 - Teriam sido necessários observadores da ONU e capacetes azuis para que ontem as coisas tivessem corrido bem. Mas a lição a retirar é outra. É simplesmente populista e idiota - num clube onde não se conseguem contar os votos em assembleia-gerais com 300 pessoas (como sucedeu na assembleia que aprovou o último aumento de quotas) ou sequer apresentar resultados eleitorais sem quaisquer margem para dúvidas - a ideia de alargar as votações aos núcleos. Se em Alvalade já se verificam javardices várias, imagem o que seria numa votação dispersa por cento e tal núcleos. Nunca mais qualquer direcção perdia qualquer eleição. Não deixa, porém, de ser curioso que alguns dos defensores do alargamento das mesas de voto aos núcleos ou à implementação do voto por correspondência, sejam os primeiros a recusar o elementar princípio de um homem/um voto ou se quiserem, na sua versão menos radical, uma progressiva diminuição do fosso entre aqueles que têm menos votos e os que têm mais.
Mesmo que a democracia no Sporting fique um pouco aquém dos padrões mínimos aceitáveis ela tem muitas amiguinhas giras no clube: a oligarquia, a cleptocracia e a gerontocracia. Dão-se todas bem umas com as outras.
Deu os parabéns a quem Dr. Rogério Alves?
sábado, 26 de março de 2011
Um dia o Sporting vai mudar...HOJE É O DIA!
Conselho Directivo: Bruno de Carvalho (lista C)
Conselho Fiscal: Conselho Fiscal Independente (lista F) - atenção porque já me telefonaram de lá a perguntar qual era mesmo a letra da lista!!!
Conselho Leonino: AAS (lista I)
Pres. mesa AG: [Branco]
sexta-feira, 25 de março de 2011
Eu voto Conselho Fiscal Independente e Bruno de Carvalho
Para mim estas eleições apresentam um aspeto central: a rotura com o Projeto Roquette. Bruno de Carvalho parece-me ser o mais bem posicionado para efetuar essa rotura. Mesmo que compreenda e seja simpático a muitos dos argumentos que são apresentados a Norte de Alvalade, penso que é essencial que todos aqueles que têm lutado por uma mudança no Sporting converjam no seu sentido de voto. Os controles dos restantes órgãos sociais poderão, deverão e terão que ser garantia para que o clube sobreviva e a SAD permaneça das mãos dos sócios. Tenho pena que a campanha, apesar de apenas a ter seguido ao longe e de forma intermitente, tenha resvalado para o nome dos diretores desportivos, treinadores e para o chavascal de nomes que se ouviram nos últimos dias. No meio desta orgia de estupidez, certamente necessária para ganhar as eleições, Bruno de Carvalho foi o único candidato que assegurou a importância de garantir a maioria da SAD, a auditoria e o controle financeiro. Aliás, nesta orgia de nomes foi dos que menos seguiu a via futeboleira mais foleira, ainda que dela não tenha abdicado, coisa aliás que seria impossível de fazer. Mesmo assim, foi interessante ter uma massa associativa inteira a discutir o Projecto Roquette, as engenharias financeiras e os negócios (não desportivos) que foram feitos aos longo dos últimos anos. Mesmo que alguns (espero que não sejam muitos) não compreendam a importância do facto, temos pela primeira vez, na história do desporto em Portugal, a possibilidade de eleger listas independentes para os diferentes órgãos. Ainda não ganhámos as eleições mas já ganhámos qualquer coisa. Se houve muita coisa má na campanha também houve elementos positivos que devem ser destacados. Amanhã podemos matar o Projecto Roquette. Viva o Sporting!
O bom e o mau dinheiro
Neste ponto falamos de dinheiro proveniente de negócios ilícitos segundo as normas vigentes num determinado espaço e tempo, porém, não intemporais nem universais.
Essas normas podem ser legais ou sociais e como as duas várias vezes se confundem, bem como se confunde a moral e ética, muitas vezes julga-se que o dinheiro que tem uma proveniência ilícita (norma legal) é o mau dinheiro.
O bom dinheiro por oposição será aquele que tem uma proveniência considerada legal pela norma legal vigente, independente da sua origem imoral ou não ética - regras de conduta internas ou externas.
Deixando de fora a moral, e contextualizando a questão da proveniência do dinheiro a ser investido pelos candidatos a presidente do Sporting, temos portanto, que este ou provém de entidades reconhecidas pelo estado - entidades financeiras - ou provém de particulares.
Aqui entra o pensamento subjectivo dos sócios votantes, na medida em que se o dinheiro provém dos bancos é o bom dinheiro, se provém de pessoas singulares é mau dinheiro.
Isto porque existe a errada convicção que só o dinheiro proveniente dos bancos é dinheiro limpo. O outro é dinheiro lavado e já usado.
É legítimo que tem tenha um negócio de usura proteja o seu comércio desvalorizando quem não exerça a mesma actividade profissional.
Não conseguindo distinguir entre o cheiro ou a cor de uma nota que provém de um banco ou um particular, tenho que a ideia que quem só tem o conhecimento fácil e tablóide, só consegue apreender os conteúdos que lhe querem transmitir e não um conhecimento amplo e geral.
Se assim não fosse, e independentemente de a proveniência ilícita e não ética do dinheiro particular, é útil e interessante indagar de onde vem o dinheiro dos bancos.
Parte dele vem dos juros e usura, a outra parte, nomeadamente o financiamento deles provém de terceiros.
Esses terceiros,tanto podem ser outros bancos estrangeiros como particulares.
Ou seja, os mesmos particulares cuja fonte de dinheiro é duvidosa, ou cuja fonte é o dinheiro de sangue da família do ditador de Angola, eduardo dos santos, que financia as necessidades actuais do BCP.
Aqui parece que já não existe problema ético, pois a norma legal não impede esta situação.
Das outras entidades terceiras como outros bancos, estes por sua vez não se financiaram também em particulares e estados amigos ou ex-amigos das democracias ocidentais, como a Venezuela e a Líbia? Aqui também não parece haver celeuma nos fazedores de opinião mentecaptos ou prestadores de serviços.
E já agora, onde se pensa que os barões de droga, os senhores da guerra e afins vão colocar o seu dinheiro ilícito e não ético? Será que é todo gasto em bares de strip e a investir em jogadores de futebol? Ou também sobra algum para investir em entidades financeiras?
Eu também voto Bruno de Carvalho
Não descolou. Apresentou um projecto algo incipiente mas recheado de boas propostas que não soube passar. Sem ter ganho reais hipóteses, ninguém o chegou a chatear na rampa dos crocodilos. Grã-Opositor da “continuidade”, acho que devia ter desistido.
Pedro Baltasar
Começou por insultar os sportinguistas ao apresentar Santana Lopes (o que as pessoas são capazes de fazer com os buracos da memória...). Daí para cá, um registo escabroso.
Um desfasamento brutal entre a sua campanha para a bancada e a sua lista e posições passadas. Colou-se à imagem de João Rocha mas defende unicamente modalidades auto-sustentáveis: fim do futsal e cortar no Atletismo: só de Alta Competição ou só de formação.
Podendo sacar votos a BdC, alinhou na frente avançada da AKalúnia-47. Afirmava que o Fundo de BdC não existia, depois que era uma fraude e acaba a prometer um fundo de “3ª geração”. No viés das ideias a martelo, o seu projecto radica no que diz ser o investimento do seu bolso. Por mim, não obrigado. Pelas poucas chances que julgo terem, estou convencido que votar PB ou AM é deitar o voto ao lixo.
Dias Ferreira
Na Tv domina a ginga e fala como uma raposa velha e rabugenta. Terá um apoio grande de sócios mais velhos, fora da blogosfera, e dos mais aptos ao estilo populista. Ganha na manha e no jogo de bastidores mas o Sporting precisa de soluções para os principais problemas. A começar por uma gestão rigorosa. Sabendo que o SCP teve desde 2005/06 até hoje um aumento de 40% na despesa com massa salarial e de como precisa urgentemente de acertar nas contratações, DF assusta-me. E o Futre ainda mais. As respostas do tipo “isso [massa salarial] não é um problema”, o “logo se vê” e os charters cheios de jogadores e de adeptos chineses, falam por si. É uma mão cheia de tudo e outra cheia de nada.
Bruno de Carvalho
Enfrenta o anátema do “desconhecido” e enfrentou o trabalho sujo das “agências de agitação”. Apesar disso, para quem o viu nas entrevistas a solo, hoje conhece melhor, ele e ao seu projecto, e terá uma opinião mais bem (in)formada.
À véspera das eleições continua a ter a melhor pontuação face aos concorrentes. Voto nele porque, tendo consciência da situação extremamente difícil do clube, é quem melhor preconiza um projecto que responde ao que considero ser os objectivos primordiais: modelo de contenção de custos e, simultaneamente, saber, com inteligência e criatividade, encontrar projectos que nos permitam manter a competitividade e lutar pelos títulos.
O Fundo de investimento
Por princípio não gosto de fundos. Acontece que chegámos a uma situação em que temo não haver mais espaço de manobra para, por via da austeridade absoluta e de uma gestão desportiva fantasticamente eficiente, sermos campeões daqui por 4/5 anos. Os rivais (especialmente o FCP) estão muito à frente. Este seria um caminho mais arriscado. Outro muito mais perigoso era embarcarmos em mais endividamento atrás de endividamento. Um fundo pode ser um bom instrumento para nos fazer sair do remoinho e nos dê oxigénio para recuperar a tempo. Mas não é por si só a solução. Tem de estar ancorado num projecto desportivo credível. Acredito ser o caso.
É um fundo fraudulento? Serve para lavar dinheiro? Não sabemos e esperamos bem que não. Agora acho uma palermice tremenda andar a gritar “Céus! Vêm aí os russos!”, numa espécie de xenofobia monetária, como se o Euro da banca fosse mais puro e abençoado do que o Rublo. Repito, até que me dêem indícios ou provas do contrário - e cadastro por contrabando de calças de ganga ilegais não serve - este é um fundo como os outros, com condições aceitáveis (eu não sou jurista, mas parece-me óbvio haver no mínimo um direito de veto numa parceria deste género; para além do mais nada impede de contratar ‘fora do fundo’ um jogador “vetado”, tal como todos os outros candidatos assim propõem, ainda que sem nos dizerem com que dinheiro). Estando na CMVM (nem que seja daqui a 5 meses) tranquiliza e acho muito bem que (finalmente) estejamos atentos e exijamos que se prestem contas sobre os negócios feitos. Em suma, confio.
Confio porque não vejo um pára-quedista. Esteve no dirigismo do hóquei; é relativamente conhecida a sua participação no clube e isso conta. Admito que a lista para a Direcção possa colocar alguns pontos de interrogação mas, pelo menos e para já, parece querer conjugar vários tipos de saberes: o sportinguismo, o futebolístico/desportivo, o empresarial e o universitário.
A mesma procura de equilíbrio sustentado revejo na estrutura do futebol:
- uma estrutura liderada por uma equipa directiva pluridisciplinar formada por antigos jogadores e gestores;
- mostrou Van Basten, um treinador com futebol atraente (até aqui Zico e Rijkaard também cumpriam) e com perfil indicado para o trabalho de aproveitamento das camadas jovens;
- Implementação de um gabinete de Scouting interno do Sporting utilizando antigos jogadores e uma rede criada entre as Academias Sporting, Núcleos, Delegações e Filiais;
E voto também porque:
- propõe uma auditoria e a apresentação do organograma das empresas do Universo Sporting e contas consolidadas;
- propõe apresentar em AG possíveis cenários da posição do clube na Sporting SAD de forma a garantir os 51% do clube;
- sala de convívio para sócios no pavilhão (direitos de autor).
Em suma, BdC é o que tem o projecto mais clarificado e sólido (apesar de tudo), cumpriu com o que disse, mostrou ter potencial para unir os sportinguistas e saber defender o clube de acordo com os seus pergaminhos.
Foi o que mais fez para merecer o meu voto. Cabe-lhe agora merecer o Clube e a nossa confiança.
Viva o Sporting!!!
Votar na continuidade
O Sporting de Godinho Lopes e Luís Duque
1. Foi nesse período que a SAD mais registou prejuízos.
1997/98 - 7,5 milhões de prejuízo
1998/99 - 2,5 milhões e meio
1999/00 - 11,5 milhões
2000/01 - 21,5 milhões
2001/02 - 22,7 milhões euros
2002/03 - 27,3 milhões
2003/04 - 9,2 milhões
T = 83 milhões de euros de prejuízo
Num estudo universitário intitulado “Sobre o (des)equilíbrio financeiro da primeira década [1997/98 a 2006/07] do Sporting, Sociedade Desportiva de Futebol, SAD” a análise é clara sobre o desastre financeiro dos anos “dourados” anos de GL e LD: é sensivelmente entre 1999/2000 e 2002/03 que se avalia o maior desastre financeiro (em todas as rubricas: Fundo de Maneio, Rácios de Financiamento, Margem de Auto-financiamento, etc., etc., etc. É obra!). Tomando de empréstimo o fantasma preferido da lista de GL para termo de comparação financeira recordo que, em período idêntico, Vale e Azevedo deixou um prejuízo de 37 milhões (incluindo o que meteu ao bolso) e um passivo de 133 milhões, a fazer fé nos dados disponíveis na Net. É só comparar os números para ter uma dimensão do desastre.
2. A gestão e equipa pouco credíveis de Godinho Lopes
O nº2 da lista - Nobre Guedes - sublinhou a importância da existência, nas empresas do grupo Sporting, de administradores comuns. Assim o era no tempo de Godinho Lopes que foi vice-presidente da SGPS, do Conselho Directivo e presidente da ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE SA, da Sporting Comércio e Serviços e presidente da EMPRESAS IMOBILIÁRIAS (bem no plural pois eram efectivamente muitas).
Não sei se foi desta passagem pela SPORTING COMÉRCIO E SERVIÇOS que GL conheceu os indivíduos pertencentes ao BES e à PT que agora integram a sua lista. É apenas uma suposição por ser público o fantástico retorno publicitário (BES – 126 milhões de Euros; Portugal Telecom – 107 milhões) que estas duas empresas obtêm com o futebol português. Fica a dúvida se é desta que as marcas vão oferecer mais ao SCP do que o SCP tem oferecido às marcas.
Mas sei qual a factura da passagem de GL pela ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE SA: construiu um estádio que derrapou em dezenas de milhões de euros (no folheto informativo "Roquette previu que custaria 75 milhões de euros (15 milhões de contos), mas custou para cima dos 100 milhões") sem relvado credível e - incrível! - sem pavilhão. Não me esqueço também que foi Godinho Lopes quem entregou o estádio e Alvaláxia ao arquitecto Tomás Taveira que assim nos tranquilizava: «Todo este tipo de apoio e estruturas ajudam a que o ir ao Estádio seja algo como uma saída familiar, porque enquanto uns estão no futebol, os outros poderão estar no cinema ou no ginásio. Vai ser bonito de ver e viver.» (jornal Sporting, Edição especial, Abril 2003). O que eu vi foi um fosso e cadeiras às cores. A hiper-estratificação (social e funcional) foi o reverso dos discursos sobre a “multi-funcionalidade” e “comodidade”. Uma orgânica arquitectónica que distingue e isola de forma meticulosa cada bancada ou sector, a que o espectador tem acesso. Sossego e privacidade total para as tribunas e repressão policial nas bancadas mais barulhentas. Acabaram-se os meninos à volta da 10A para os jogadores aprenderem coisas de Sporting e de verdade.
O antigo estádio implicava despesas anuais de manutenção de aproximadamente 2,5 milhões de euros ao passo que "a exploração do novo estádio e do complexo Alvalade XXI proporcionaria receitas anuais de 5 a 10 milhões de euros" (SCP, Inauguração, programa oficial, Agosto 2003). Foram tantas as receitas que até o Bingo fechou. Tiveram de vender aquilo tudo.
A vertigem pelo espaço urbanizável era tal que sendo obrigatória a lotação de 50 mil espectadores preferiram contabilizar os lugares atrás dos ecrãs gigantes, atribuindo-os aos cegos, já que estes não viam o campo.
GL já presidiu muito e mal. Para além disto e do que nos conta Ricardo Andorinho, convém relembrar que, em cinco daqueles seis órgãos, GL tinha como vice Diogo Gaspar Ferreira, sinistro membro que, mais tarde, vendeu os terrenos do antigo estádio, abaixo do valor de mercado, a uma promotora imobiliária (MDC) da qual viria ser administrador. Será PPC o seu braço direito credível desta vez?
Mas voltemos a Luís Duque e ao seu petit amie Freitas. Acertam duas em dez contratações. Assim também eu e saía bem mais barato. Prescindia dos 86 mil euros de prémio depositados, em 2006/07, na conta do Freitas por ter preterido o Fábio Coentrão (nem com a dica do rapaz..) e pelo 2º lugar alcançado na Liga. Bom, aqui o Sr. Francisco lá me deu razão. Também ele conhecia bem os danos irreparáveis de Freitas, parte deles em parelha com Duque e tão bem descrita na Magnus Opus de Zeferino Boal: 70 milhões de despesa versus 5 milhões de retorno.
Realmente, para quem repete a palavra credível 86 vezes por debate isto é muito pouco. Eu quero mais. Mais credibilidade e competência. Eu também. Com outras pessoas e, já agora, que percebam de bola.