Na semana em que o campeão europeu de pista coberta (coisa simples num país que nem dispõe duma) mereceu destaque na pág. 19 (isso mesmo) do Jornal do Sporting, o General Franco volta a atacar raivosamente o ecletismo. No jornal onde praticamente todas as semanas, um dos atletas do clube se queixa da falta de um pavilhão, comprova-se hoje o velho adágio: mais depressa se apanha um demagogo que o Rui Patrício um atraso do Polga.
General Franco tinha prevenido que os resultados da sondagem mereciam uma grande reflexão, pois:
“…90% dos inquiridos nunca foram ver uma prova. Pior que isso, cerca de 80% nunca viu mais do que um ou dois jogos na TV.”
“60% quer um pavilhão, mas tem de ser em Alvalade. Se não for em Alvalade, só 54% quer estas instalações.”
“51% não está de acordo em comprar um lugar, mas 74% quer ter modalidades. No entanto, 70% não está de acordo que seja o futebol a pagar modalidades.”
Ora reflictam clicando aqui.
E afinal o que temos? Temos, mais uma vez, de repor a verdade adulterada pelo General Franco. De uma amostra ‘geograficamente representativa da massa associativa’ podemos inferir que:
- Cerca de 3000 sócios conseguiram dar com o pavilhão do Casal Vistoso para ver a equipa de Andebol. Cerca de 4500 já foi a Loures apoiar o futsal e cerca de 3000 já foram ‘uma, duas, três ou mais vezes’ ver uma prova de atletismo sabe-se lá aonde;
- Pior que isso, cerca de um terço dos sócios inquiridos já viu ‘mais do que três vezes’ jogos de Andebol na SporTV (!) mesmo sendo alguns deles transmitidos à mesma hora que a da equipa de futebol! Caros, é mais gente do que aquela que nunca viu nenhum jogo! Pior ainda, 46% já televisionou o futsal ‘mais do que três vezes’, sendo que apenas 12% nunca viu nenhum!
- 76% (e não 60%) querem um pavilhão. 54% concorda que, na impossibilidade de ser em Alvalade, deve ser construído noutro sítio. Está visto, é só irracionalidade e ingratidão!
- 36% (= 9720 sócios) está disposto a comprar um ‘lugar anual’ ou ‘especial para 10 anos’. Lembro que os pavilhões não costumam ter mais de 2500 lugares. E ainda faltam “arrumar” os 51% de sócios mais os não-sócios que preferem comprar ‘jogo a jogo’.
- 63% não está de acordo que seja o futebol a pagar modalidades. Porém, 45% acha que ‘entre 20 a 30%’ da quotização deve ser canalizada para as modalidades. 23% acha que deve ser ‘30% ou mais’. Só 12% acha que deve ser ‘menos de 20%’.
Calma! Numa coisa ele diz a verdade: “Portanto contas feitas, isto tudo não dá sequer zero. Dá menos de zero.”
Ora… 1 geração roquete = -1 pavilhão - 1 pista de atletismo = - público - pagantes - sócios - milhares de espectadores - milhares em proveitos e receitas , Sim, isto dá menos de zero.
7 comentários:
O cerne da questão está na pergunta 15. Mais de metade dos inquiridos respondeu que iria sempre ou uma vez por semana ao pavilhão, caso este fosse em Alvalade e não coincidisse com os jogos de futebol. Ora mesmo actualmente bastavam que 18% dos sócios pagantes (27.000) fosse a um pavilhão (de 5.000 lugares) para o encher.
SL
Como dizia o outro: " é fazer as contas". Acho que isto pode ser adjectivado como malabarismo estatístico. A mim não me perguntaram nada mas se acrescentassem à Gamebox Champions uma opção modalidades era gajo para PAGAR a coisa.
Yazalde,
claro! e o cerne está nas questões todas. por acaso eu tinha incluido essa mas tirei-a para me lkimitar a rebater ponto por ponto o vigário
Luisinho,
o malabarismo estatístico tá nas declarações de SF. Ele não faz senão querer transformar uma derrota pesada numa vitória pessoal qulauqer à. O "estudo" é categórico e deixa todos os spportinguistas contentes, por saber que, ao contrário do que ele queria, levamos quase todos muito a sério a questão do ecletismo.
É impressionante é como SF nois encara como se fossemos todos atrasados mentais. OS numeros são mais que evidentes. Não acredito que outro clube tivesse numeros tão pró-ecletismo qt estes.
É ultrajante a maneira como ele discursa fazendo dos sportinguistas responsáveis por haver défice de contas (ele só vê é contas, o pobre) nas modalidades quando ele - e todos os outros - é que são os únicos responsáveis pela política das modalidades. Eles é que planearam uma estratégia sem pavilhão. Quais eram os resultados esperados quando planearam os objectivos de ter modalidades sem pavilhão?? Cadê esse relatório? Se não atingiu os objectivos a responsabilidaed de certeza absoluta não é dos defensores do ecletismo!!
Eu ainda vou fazer uma conclusão disto.
Meu,
Relaxa. Era ao Soares Franco que estava a chamar malabarista. Essa adjectivação, por sua vez, era um elogio à tua excelente e completa leitura dos dados. Não podia estar mais de acordo contigo!
E mais, ficamos a saber que o homem quer acabar de vez com o atletismo. Colocar o atletismo como uma das modalidades a inquirir só tem um objectivoi: marcar-lhe a sina. Toda a gente sabe que o atletismo é e sempre foi deficitário. Por isso vir choramingAR que ele não é auto-sustantável é, no mínimo, gozar com o pagode.
Luisinho, eu a modos que percebi. desculpa lá o tom nervoso mas este girafo tira-me do relaxado e depois eu embalo...
SL
Muito Bom! (A posta, obviamente) Quanto à análise estatística do FSF... sem comentários :(
Enviar um comentário