sexta-feira, 28 de setembro de 2012

AG, domingo às 17

A simples existência da SAD retira grandes possibilidades de debate das contas em sede de AG do clube. Vamos discutir os 3 milhões de prejuízo do clube. Os 45 milhões de prejuízo da SAD ficam com com os accionistas. Quem é que disse que as Sociedades Anónimas iam trazer maior transparência à gestão dos clubes desportivos em Portugal? De qualquer forma, fica aí a convocatória.

Nos termos do disposto nos artigos 43.º, 49.º, alínea b) e 32.º n.º 1 dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Comum do Sporting Clube de Portugal para reunir, no dia 30 de Setembro de 2012, pelas 17.00 horas, no Multidesportivo do Estádio José Alvalade, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

 Ponto Um: Discutir e votar o relatório de gestão e as contas do Sporting Clube de Portugal, respeitantes ao exercício findo em 30 de Junho de 2012, elaborado pelo Conselho Directivo e acompanhado do relatório e parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar, nos termos do artigo 42.º, número 1 alínea j) dos Estatutos.

Ponto Dois: Ratificação, para os efeitos previstos no artigo 26.º dos Estatutos, da deliberação do Conselho Directivo de 13.7.2012, para atribuição da designação de «Pavilhão João Rocha» ao pavilhão multidesportivo a construir pelo Sporting Clube de Portugal na zona do antigo Estádio José Alvalade.

 Ponto Três: Ratificação da cooptação, pelo Conselho Directivo, dos senhores José Manuel Silva e Costa, sócio número 17.008 e João Pessoa e Costa, sócio número 5.387, para os cargos de vice-presidentes do Conselho Directivo em substituição dos renunciantes, ao abrigo do disposto no art.º 56 n.º 4 dos Estatutos, na versão vigente em 22 de Julho de 2011, por força do art.º 69 n.º 2 dos Estatutos, disposição aprovada na Assembleia Geral Extraordinária de 23 de Julho de 2011.

 Ponto Quatro: Atribuição, nos termos previstos no artigo 26.º dos Estatutos, da designação de «Centro de Alto Rendimento Mário Moniz Pereira» ao Centro de Alto Rendimento de Atletismo a construir pelo Sporting Clube de Portugal no Complexo Desportivo de Odivelas.

 Ponto Cinco: Deliberar, nos termos do disposto no artigo 42.º, números 1, alínea n) dos Estatutos, sobre a revogação do direito de superfície constituído pela Câmara Municipal de Lisboa (adiante CML), a título gratuito, a favor do Sporting Clube de Portugal, pelo prazo de 50 anos, sobre uma parcela de terreno para construção com a área de 5.777,91 m2, sita à Avenida Padre Cruz, freguesia de Lumiar, destinado à construção de um parque de estacionamento automóvel alternativo, com capacidade para 600 veículos, através de construção de estrutura metálica amovível e sobre a constituição, nos termos previstos para aquele direito de superfície, de direito de superfície sobre parcela de terreno, com a área de 2.726,00m2, o prédio sito em Campo Grande, descrito na Conservatória do Registo Predial sob os nºs. 1526, 1046 e 1533, da freguesia de Campo Grande, com a área de 2.287,00 m2, e o prédio sito em Campo Grande, com a área de 3.200m2., pelo prazo de 50 anos, contados desde 20.12.2002.

 Ponto Seis: Deliberar, nos termos do artigo 42.º, número 5, dos Estatutos, sobre a constituição de uma Comissão de Acompanhamento do início do processo e o desenrolar da obra a construir no âmbito da parceria estabelecida com a Câmara Municipal de Odivelas.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Rubio, as inscrições para a Liga Europa e a história do ponta de lança

Parece evidente a todos que o Sporting vai atacar, se me perdoam o trocadilho, a época com apenas um ponta-de-lança/avançado centro de raiz. Sobre Viola penso que ninguém poderá dizer grande coisa, a não ser que no ano passado em 34 jogos marcou 5 golos. Se querem chamar a isto um ponta-de-lança sintam-se à vontade e deem-me o contacto do vosso dealer. Com os 4 milhões de Rojo mais os 4 milhões de Viola, tinhamos ficado com Onyewu no plantel e se calhar com dinheiro para comprar um ponta-de-lança. Mas o meu problema nem é tanto esse. Também há o problema Wilson Eduardo. É verdade que não fez uma boa pré-época, mas a verdade é que é jogador para valer 5 a 10 golos por época. Mas ainda não é só isso. Como via a coisa, a tarefa de Sá Pinto para esta época, e como vários treinadores de Wilson já referiram, era inventar Eduardo como avançado marcador de (mais) golos. Um pouco à semelhança, e com as devidas distâncias, do que Wenger fez com Henry. Transformar a velocidade e alguma capacidade de finalização em armas a serem utlizadas no centro do ataque. Sá Pinto declinou a missão e o avançado já foi despachado. Os 21 anos de Viola e os seus 5 golos servem. Os 23 anos de Wilson, a sua experiência de três épocas na primeira divisão e os 7 golos em 27 jogos na época passada não. Sobra Rubio, que prometeu qualquer coisa no ano passado até desapacer das escolhas. Este ano já marcou uns golo. Com certeza que entre estes dois jogadores iam aparecer mais golos do que aqueles que Bojinov e Ribas produziram no ano passado. Por incrível que pareça um foi despachado e outro não foi inscrito. Sobra Betinho.

sábado, 1 de setembro de 2012

Onyewu

No meio do caos que é, genericamente, a gestão desportiva do Sporting, observam-se algumas decisões que, mesmo no meio da confusão, não deixam de ser particularmente desprovidas de sentido. Numa época que deveria ser de continuidade, e com as saídas de João Pereira e Polga, Onyewu teria, necessariamente, de ser um dos esteios da estrutura defensiva. Jogador competente, adaptado ao clube e à cidade, carismático, experiente, simpático e com claras capacidades de liderança, dentro e fora do campo, foi desde o início da época marginalizado pelo treinador e pela estrutura desportiva. Diz-se, à boca pequena, que tal tratamento se poderá dever ao facto de no intervalo da final da Taça de Portugal ter contestado algumas decisões do treinador. Em toda a parte, e nas grandes equipas, os processos de tomada de decisão técnicos e táticos, e até de construção do plantel, não são da competência exclusiva nem do treinador nem sequer dos dirigentes. Os jogadores mais influentes em qualquer equipa desempenham um papel essencial nessas escolhas. No Sporting não. Por incapacidade de diálogo, e por um espírito autoritário que continua a perpassar por toda a estrutura do clube, de Godinho Lopes a Sá Pinto, deixa-se sair um jogador fundamental. É uma decisão que, para além dos 4 milhões já desnecessariamente gastos em Marcos Rojo, vai custar ainda mais caro em termos desportivos.