Após um período de reflexão constante, duradouro, pelas constantes e ininterruptas notícias e comentários às peripécias da final desta competição, alegra-me tecer umas considerações.
Começando pelo jogo jogado, aquilo foi uma barraca autentica. Ainda bem que não paguei bilhete para ver aquele miserável espectáculo. Não me recordo nos últimos anos de um dérbi tão mal jogado, sem três passes seguidos, sem táctica consistente e com base no pontapé para frente e no chuta para o lado. Assim percorrendo a minha memória talvez nos tempos do octávio machado tenha havido um dérbi parecido.
Os jogadores quase todos uma lástima, do benfica nem me dei ao trabalho de observar mas do sporting realmente positivo só o passe de calcanhar do simon.
Posto isto, percebe-se o porquê de ter visto os jogadores sôfregos e de correrem mais do que na final do campeonato do mundo. A época deles estava em jogo naquela competição menor do futebol português. Pela minha parte não estou nada preocupado em perder aquela competição, o que me preocupa é o campeonato, isso é que faz o Sporting. Também tenho de reconhecer que se ganhássemos a taça ficaria contente, como fico quando ganhamos o torneio do guadiana.
No jogo além das tentativas tácticas falhadas, 4-2-2-2 no benfica e 4-1-3-2 no Sporting, muito por culpa dos elevados níveis de pressão associados a um salvar de época, ficou a ideia que no fim do campeonato, a faltar o mesmo, lá viriam os seguidores da seita oliveira costiana argumentar com uma época positiva pela conquista de mais um troféu-taça-competição. O período de ouro pós-modernista no Sporting.
Valeu o golo no início do jogo de resto um deserto e o resultado que assim deveria ter ficado.
Não ocorrendo isso, perdemos da melhor maneira que podíamos perder, com culpa do árbitro. Se fosse dentro de campo...
Quanto ao árbitro já quase tudo foi escalpulizado. Excepto de que ele ainda esteve pior do que dizem, faltou expulsar alguns jogadores de ambas as esuipas. E quanto ao cúmplice também.
Quanto ao pós jogo, pelo Sporting, assistimos à novela de Pedro Silva, como que um garoto em ponto grande. Um jogador a sério, se sentisse que foi injustiçado, como ele, faria como por exemplo o Zidane, ia para os balneários e não voltava, ou então não fazia nada. É assim pedro silva dá mais nas vistas fora de campo do que em campo.
Depois veio o nosso treinador. Devo dizer que subscrevo o seu gesto e as suas palavras. Só lamento que não tenha tido a coragem de subscrever em palavras o seu gesto com a mão. É que com aquela desculpa esfarrapada e ridícula também ele teve o seu momento à lá lucílio baptista. O facto de alguns Sportinguistas acharem giras estas declarações só revela o seu lado parcial, se fosse do outro lado uma justificação destas...
Tenho de dizer que na minha opinião, quando o jogo chegou ao fim dos noventa minutos tinha mandado retirar a equipa de campo, ou quanto muito antes de receber as medalhas. Mas como já explanei, parece que esta taçita era muito importante para o prestígio nacional das equipas em campo.
Para o fim veio o presidente do clube. Como nunca esperava nada concreto e acutilante deste lado, até fiquei surpreendido de início. Mas já vi que não me enganei e tudo o que vimos foi uma renúncia à direcção da liga tardia, umas declarações ensonsas e não haver resposta ás nojentas declarações do novo papagaio da luz. Pelo meio já deve ter dito que nunca mais iria falar com o hermínio - brutal. Não sei como se sentirá hermínio, petrificado talvez. Este rábula faz-me lembrar uma cena no filme braveheart, o rei inglês com medo da revolta e da conquista do norte da ilha, decide enviar um emissário para negociar. Com as dúvidas de quem enviar olha para o seu filho, figura frágil e delicada e diz: Não o posso enviar, ao vê-lo o inimigo era capaz de ganhar coragem para conquista o resto do país.
Nós vamos pelo mesmo caminho.
Agora já se virou a página, ou seja tudo na mesma.
É impressionante como se vira páginas neste clube e as coisas ficam na mesma, como munique.
Mas eu tenho memória e não me esqueço, e esta taçita não afasta o principal, campeonato. Só isso é que pode salvar a época e mesmo assim munique existiu, não foi uma invenção.
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