quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cagar no futebol

O árbitro Massimo Busacca fez, alegadamente como agora se diz, o pirete aos adeptos do Young Boys da Suiça, facto pelo qual foi suspenso.
Em Portugal o árbitro Duarte Gomes faz pior do que isto. Teve uma conduta verdadeiramente indigna, sem gestos, mas muito mais obscena. Em vez de ter sido suspenso por conduta imprópria continuou a arbitrar e agora até é premiado com a nomeação para o clássico do próximo sábado.
Vi também que Busacca teria mijado em pleno campo, num jogo que arbitrou na liga do Qatar. Em pleno campo também, Duarte Gomes fez pior, na minha opinião. Cagou! Cagou para os adeptos, para os jogadores, para o Sporting!
Desta vez não é o Gomes que merece castigo. Desta vez quem deveria ser castigado é quem o nomeou.
Sem rodeios, nem eufemismos digo-o: quem nomeou este cavalheiro para arbitrar o jogo de sábado devia ser esfolado vivo!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Game Box

O Sporting acaba de divulgar a redução de preço na Game Box modalidades. Ver aqui.
A Aquisição da mesma para o Futsal ou para o Andebol custa agora 25€ cada ou 40€ as duas, em vez dos iniciais 35€ ou 60€.
Penso que são preços quase simbólicos para os jogos de época e para quem já paga uma quota de sócio, ou mesmo para quem paga ou preço alto para a Game Box futebol.
Isto são boas noticias para quem ainda não comprou, mas são más notícias para o número de Game Box modalidades vendidas até esta altura. Eu sei que parte do problema reside no afastamento sistemático e duradouro a que foram votadas as modalidades amadoras, mas o Sporting é mais forte do que os caprichos de certos tipos que por lá passaram. Também sei que o facto de não haver um pavilhão e não ser junto ao estádio é outro factor de desmobilização.
Mas pode haver males que vêm por bem, e se há quem já deixou de adquirir a Game Box futebol ou que tenha deixado de ir ao estádio e não deixou de ser Sportinguista, então tem um bom motivo para mostrar porque é que o Sporting é um CLUBE de desporto e não de futebol. É ir assistir aos jogos da amadoras e dar um sinal que estão presentes, que o verdadeiro Sporting não morreu e que estamos na luta por ele.
No meu caso não comprei porque já tinha a de futebol, se fosse hoje não compraria a de futebol e compraria as das modalidades e iria pontualmente adquirir bilhetes para o futebol.
Não indo a todos os jogos em casa tenho procurado ceder a minha Game Box de futebol.
Assim lanço uma ideia que eu próprio vou propor aos amigos e conhecidos Sportinguistas.
Comprar uma Game Box modalidades para vários. Fazer uma vaquinha, um sócio adquire em seu nome, ou dois adquirem em seu nome (para não ir sozinho) e no meio do grupo haverá alguém que possa ir ver os jogos da equipa (pode até ser alguém que tenha medo de ir ao estádio ver o futebol).
No meu caso tenho enorme disponibilidade para ir até ao pavilhão do Casal Vistoso, ao invés do de Loures. Eu sei que andar a correr a área metropolitana de Lisboa requer disponibilidade de tempo, paciência e dinheiro. Mas se nos dividirmos conseguimos chegar a todo o lado.

P.S.: Já agora a propósito de Game Box's, alguém sabe qual o número de Game Box's vendidas na modalidade futebol? É que também quer-me parecer que se o número fosse bom já era público.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sporting - Paços de Ferreira

Há uns anos atrás quando chegava o domingo sentia-me ansioso e inquieto.
Era dia de ir à missa.
Para mim, de tenra idade, era sempre uma enorme chatice.
O acordar de manha cedo, o tomar banho, o vestir uma roupa de ir ao médico, o ter de saber as rezas, o ficar de pé durante longos períodos, a soneira latente e vergonhosa durante o sermão ininteligível do padre.
Era um dever transformado em obrigação por imposição de família.
Ontem dou por mim sentado no estádio de Alvalade e a vislumbrar essas reminiscências passadas.
Qual foi o pecado que cometi? Porque que continuo com a postura de ir ao fim de semana a Alvalade a assistir jogos do campeonato?
O suplicio tem caminhos curiosos. A primeira resposta é a irracionalidade. A segunda é que já paguei um balúrdio por um lugar de época e na missa a esmola era mais barata. Já estou incluvise a imaginar o método, no fim do jogo, os acólitos do prior da freguesia e responsável pelo sermão de 90 minutos iriam pedir a esmola e cada qual daria a que a sua consciência ditasse. A minha ontem ditaria 0,80 €. 0,50 € pelo golo e 0,30 € por 2 jogadas de futebol.
Do lado positivo ressalta o golo e a vitória, eu diria que não é pouco e muito pouco para quem ser ser campeão.
De volta às bancadas de Alvalade, já assisti a funerais mais animados do que o jogo de ontem. As pessoas à minha volta - incluindo umas defensoras de JEB e da continuidade do treinador - ou já não defendem a continuidade do treinador ou dizem que os jogadores já estão resignados no início de época. Já só se batem algumas palmas, durante largos minutos do jogo só se ouvia o megafone da claque, as palmas eram arrancadas aos solavancos e no fim do jogo a imagem do futebol actual do clube. Tudo a dispersar rapidamente, a virar as costas aos jogadores que ficaram e a sair rapidamente do estádio.
O jogo tinha terminado e o cumprimento de dever também. As conversas entre as mais banais do: não estamos a jogar; assim nunca vamos ser campeões; gosto muito do Paulo Bento mas isto já não dá mais; porra, que isto de vir à bola é uma seca. Expressões comuns para quem vem à bola ver o Sporting (jogar).
Continua a ser justo falar dos 23.000 estóicos que ontem foram a Alvalade. Na próxima 2ª feira serão os mesmos, com sorte.
No fim do jogo, da vitória, costuma-se celebrar as vitórias com alegrias e contentamento. Com normalidade e tranquilidade absoluta não vislumbrei mais alegria do que no final de uma peça de teatro melodramática.
Nas roulotes o panorama do abandono, não havia os habituais copos de cervejas e os festejos da vitória. Aliás, já vi derrotas com muito mais copos do que ontem. Era domingo e estava tudo de ressaca do fim de semana. Só pode ser a explicação.
Pegando na explicação, as coisas sem as quais passávamos bem, como o desempenho físico de Matias Fernandez. Agora vamos fazer um jogo 5ª feira, será que na próxima 2ª feira ele vai ser titular, ou o desgaste da pré-época dele não o vai permitir.
Para o futuro ficou o assumir oficial do treinador do Sporting que ele treina uma equipa pequena. Após o golo o que seria de esperar que fizesse o treinador de uma equipa grande que está a ganhar em casa contra uma equipa pequena: que mandasse a equipa procurar o 2º golo. Afinal ali paga-se o bilhete inteiro. Mas não, tira um avançado e mete um defesa. O próprio treinador do paços de ferreira se tivesse marcado golo e ainda tivesse substituições faria o mesmo.
No rescaldo do jogo fica mais uma vez a desculpa da imaturidade. Eu até concordo que a imaturidade da equipa tem um responsável, o treinador é o principal responsável pelo que acontece e aqui estou de acordo com ele, pena é ele não tirar daí nenhuma conclusão.
Pois se o argumento foi a idade da equipa, já ficou demonstrado noutros posts que usar a idade da equipa é uma desculpa mentirosa.
Para os saudosistas e masoquistas, para a semana há mais.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tirada Octaviana Machadês ou tipo vocês sabem de que é que estou a falar...

«Não temos hoje solidariedade nos órgãos internos, nem o espírito de construção dos valores do Sporting que se deixou enredar numa teia complicada para o clube e para os sportinguistas.»
By Bettencourt.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fizeste 'porcaria'

"O desperdício de oportunidades é um dos grandes mistérios da vida", disse, faz uns cinquenta anos, Alf Ramsey (uns anitos depois, Alf, de Melmac, disse que era mais o 'desperdício de gatos'). Nessa época, jogava-se com defesas, médios e avançados: os defesas jogavam na defesa, os médios no meio-campo, os avançados à frente com os pontas-de lança, os especialistas que metiam os golos. Meio século depois, Carlos Queiroz, atribui a culpa às bruxas.

Eu até concordei com a escolha. O primeiro 'mau-maria', começa quando ele diz que Ronaldo deve ser o ponta-de-lança da Selecção. Depois de umas tímidas e inconclusivas experiências, vai ao Brasil cheio de ganas de testar o seu brilantismo com um 4:6:0. Sem pontas de lanças, apenas falsos-avançados móveis ("it's all about the mouvement", Slaven Bilic é que rula!). E era ver Ronaldo a centrar para ninguém e Danny a centrar para ele próprio. Levamos seis na pá. Mesmo assim, o professor não recua na sua genialidade. Dinâmica... que la hay, la hay. No final dos primeiros 45m, ainda dá pros comentadores de TV deliciarem-se com o poderio da formação portuguesa. No entanto, se não fosse os cornos do Bruno Alves nem à Albânia ganhávamos (e na verdade só ganhámos mais um: a Malta!). Há quem diga que ele é um visionário, alguém muito à frente. Tão à frente que 2010 já era. Os portugueses teriam preferido que ele fosse muito atrás. As tácticas podem estar a morrer, mas sem gajos que as saibam meter lá dentro elas não entram. E esta, hein?!
Queiroz, a ti te lo digo yo: Fizeste porcaria e foi de la grossa, gilipollas. Não malhes na sorte, que só ela te(/nos) pode salvar.

PS - Naturalmente, mil vezes um bravo naturalizado do que um anão-zarolho mimado ou que um Gilberto Madaíl em qualquer lado.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Idade da Inocência

Fez recentemente 15 anos que se disputou a final da liga dos campeões da época 1993/1994.
Nessa competição o vencedor foi o Ajax. Aliás foi vencedor sem qualquer derrota na competição.
A equipa inicial do Ajax pontificavam 9 holandeses - ainda não havia a lei bosman - logo, se havia dificuldades acrescidas nas contratações devido ao limite de estrangeiros, também era verdade que havia menos procura de jogadores por parte de clubes do estrangeiro.
Desses 9 holandeses, 6 jogadores eram oriundos da chamada formação (jogadores que jogaram nas camadas jovens do clube ou foram contratados ainda com idade de júnior).
A equipa inicial do Ajax era composta por: Guarda Redes - Van der Sar, 24 anos; defesa direito - Reiziger - 22 anos, defesa central Danny Blind, 33 anos, defesa esquerdo - Frank de Boer, 25 anos; médios centros - Seedorf, 19 anos e Edgar Davies, 22 anos, médio defensivo - Rijkaard, 32 anos, médio ofensivo - Litmanen, 23 anos; extremo esquerdo - Marc Overmars, 21 anos, extremo direito - Finidi George, 23 anos e avançado centro - Ronald de Boer, 24 anos.
Na 2ª parte com a igualdade a zero, o então jovem e audacioso treinador do Ajax, Van Gaal, mudou do 3-4-3 para um 3-3-4, tirando o médio centro Seedorf e fazendo entrar o avançado Kanu de 17 anos e tirando o médio ofensivo Litmanen e fazendo entrar o ponta de lança Kluivert com também 17 anos. Este último acabou por marcar o único golo da partida.
A título de curiosidade, a imatura equipa do Ajax tinha uma média de idades de 24,36 anos. No fim do jogo a média de idades tinha descido para 23,63 anos.
Claro que para isto tudo resultar foi necessário um treinador com a ousadia de mudar a táctica durante o jogo, de não ter medo de lançar os mais jovens e não os mais velhos (ou então não tinha opções e quis mostrar isso lançado os jovens de 17 anos), e foi necessário uma cultura táctica embutida e trabalhada desde a formação a um grupo de jovens. Obviamente junte-se a isto uma dose de técnica e talento dos jogadores que saíram nessa fornada ao Ajax.
Para a história ficou a saber-se que uma equipa com menos orçamento ganhou 3 vezes ao Milão (duas na fase de grupo e uma na final) e uma equipa jovem, imatura dirão hoje, ganhou a uma equipa madura e mais experiente.