segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Relato da AG do dia 4 de Outubro de 2013

Porque é importante que os Sportinguistas saibam o que se passou no Clube, em especial sobre o Complexo de Odivelas e porque nas conversas que tive com amigos meus no dia do jogo com o Setúbal havia um desconhecimento generalizado, aqui seguem algumas das mensagens que transmiti em directo da Assembleia Geral por via da aplicação What's Up para sócios meus amigos que não estavam presentes.
As mensagens podem não reflectir com exactidão o que disseram os intervenientes pois há sempre que descontar com o barulho na Assembleia, o sistema de som e estar a ouvir e escrever no telemóvel ao mesmo tempo: 

Fala Bacelar Gouveia antes dos trabalhos
Presidente do conselho fiscal sobre evolução da auditoria de gestão
Estão analisar propostas
Os valores são elevados e deve começar ainda este ano e vai durar 13 meses

Ponto 1 apresentação do relatório e contas
Fala dias Ferreira e diz que vai aprovar mas que esta direcção só é responsável por 3 meses e que não aprova a gestão da anterior direcção
Ponto 1 aprovado com 2 abstenções e 1 contra

Ponto 2
Fala Bruno
Explica porquê foi preciso alterar os estatutos sobre novas categorias de sócios
E agora depois de várias críticas à redacção pede a revogação da alteração para ser apresentada nova proposta de alteração
Explica que vão haver 4 categorias
Além da normal podem descer não aqueles que querem mas que são desempregados ou recebem menos que o "IAS" e estes vão perder votos
Diz que existem mais de mil sócios reformados que pagam 2 euros quota
Que as direcções anteriores decidiam quem passava a esta categoria
Para sócio reformado
Que nos estatutos deviam só ser após 20 anos de quotização e alguns só tem 2
Agora vai ser após 50 anos
Fala presidente do núcleo Moçambique
Diz que salário base lá é 60 euros e que agora com escalão de que é 2 euros que muitos moçambicanos vão poder ser sócios
Ponto 2 aprovado por larga maioria.

Ponto 3
Revogar o direito de superfície do pavilhão de Odivelas
Fala sócio que está contra a proposta e pede a suspensão para melhor elucidação
Recusado pela mesa
Sócio não reclama para assembleia
Fala ex presidente do Odivelas clube
Diz que pavilhão foi construído pela câmara em parceria público privada e negócio deu prejuízo
Tentaram dar pavilhão ao Benfica e foi recusado
Depois um ex membro do conselho leonino e vogal da câmara de Odivelas apresentou proposta ao Godinho
Que o pavilhão tem defeitos e o contrato é lesivo para o clube
Outro diz que havia uma comissão de acompanhamento de Odivelas e fazia parte o impostor que dizia que era da ONU
Sócio que defende projeto diz que trabalhou de borla
Bruno fala diz que projeto é embuste
Falou da assembleia geral onde foi aprovado Pavilhão João rocha e que é um logro
Que não existe dinheiro nem parceiros e que o projeto Odivelas era o Sporting  pagar renda do pavilhão
E a loucura de investir 4 milhões em 3 campos de bola
Um para equipa b com prédios à volta e depois ao meio há uma estrada pública e no outro lado dois campos, um para ragby e outo para equipas jovens.
E ficar na mesma com Alcochete
E depois algum dia também com o futuro pavilhão
Diz que espera que Benfica volte atrás e fique com Odivelas
Diz que o projeção sem custos era mentira e que sócio que pediu suspensão tinha contrato de prestação serviços de cerca de vinte mil euros com clube
Que clube não pagou pois pediu provas do trabalho e não lhes deram e que eles diziam ser pro bono
Depois sócio pôs clube em tribunal há 2 dias
Sócio pede defesa honra diz que tem documentos todos  que Odivelas tem licenças e que o dinheiro foi ele que pagou do bolso a funcionários pois o clube não tinha dinheiro e sai da sala sobre apupos
Ponto 3 aprovado por larga maioria

Ponto 4 vencimento do presidente
Presidente da mesa faz enquadramento da proposta e dias Ferreira diz que podemos ser pobres e dignos apesar de valor não representar o Sporting
Ponto 4 aprovado por unanimidade é aclamação

Ponto 5 adiamento do congresso do Sporting
Bruno diz que a direção não tem condições para concretizar o congresso este ano como está nos estatutos e pede que não seja este ano
Aprovado por unanimidade
Encerrados os trabalhos.



sábado, 29 de junho de 2013

Plano de reestruturação II ou talvez não...

A Associação de Adeptos gosta, o Conselho Fiscal Independente gosta, o Godinho gosta, o Ricciardi gosta. Toda a gente gosta. De repente, tudo está unido em torno do plano de reestruturação que irá amanhã ser apresentado aos sócios. Finalmente há união no clube.

Este consenso esmagador, talvez até mesmo dilacerante, resultou num debate francamente pobre sobre o que amanhã irá ser decidido. Uma volta nos blogues e ele é Gélson, ele é Bruma, ele é tudo menos a AG de amanhã. foi toda a gente apanhada com as calças na mão. Os croquetes porque o plano é igual ao deles. A antiga oposição, ou pelo menos aqueles dentro da oposição que se preocupavam com a gestão do clube, porque foi entalada por esta proposta e agora sente-se na obrigação de votar a proposta do seu candidato, em quem também votei, com gosto e até prazer, diga-se. Existe um motivo, e apenas um, na minha opinião para votar a favor do Plano. Impedir que esta direcção caia. O resultado dessa queda seria o retorno inevitável da anterior ordem de coisas. Para quem lutou durante anos contra o Projecto Roquette seria uma tragédia. Compreendo bem o problema. Mandar o Godinho borda fora também foi uma das maiores alegrias da minha vida.

O meu problema é que em versão um pouco melhor e mais bem negociada e pensada o Plano que Bruno de Carvalho apresenta é em tudo semelhante ao que havia sido proposto por Godinho Lopes. Assim, sendo, e não tendo ainda decidido defintivamente o meu sentido de voto não me sinto minimanente inclinado a dar o meu aval a esta reestruturação. Bem sei que o candidato II reviu algumas das posições do candidato I. Eu é que ainda não alterei a forma como vejo o Sporting. Não vou votar numa esperança futura nem vou votar pela confiança que tenho ou deixo de ter em quem propõe o plano. Evoco em minha defesa o próprio Bruno de Carvalho.

 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Carta aberta a Bruno de Carvalho

Boa tarde caro Presidente. Como refere o Luisinho, a discussão no núcleo da última roulote tem sido franca, aberta e acesa. Eu sou daqueles que considera que há ainda muitas coisas obscuras que me permitam votar em consciência no próximo domingo. Tudo isto parece muito projeto empresarial, que tão maus resultados deram no nosso clube. Eu que sou empresário e gestor não gosto de ver as minhas coisas tratadas pela via exclusivamente empresarial, no que diz respeito ao nosso Sporting. Não percebo porque não pode apresentar as 3 alternativas que falou a votação, explicando aquela que acha melhor e porquê. Os bancos e outros "investidores" deveriam saber que nesta industria, sim é-o de facto, os sócios/adeptos/simpatizantes, são parte integrante. As SAD têm tendência para esquecer isso. Sei que partilha da ideia de o Sporting manter a maioria na SAD. Mas como o próprio presidente reconhece, há contratos, legalmente assinados, que assumem compromissos que tornam, na prática, essa maioria alvo de chacota e riso. Nós todos, o Sporting, temos visto toda a gente ganhar dinheiro, e muito, e no final temos a maioria do capital e das dívidas. As SAD são a solução neo-liberal para a indústria do desporto e como tal só trazem desgraça aos clubes, i.e. sócios/adeptos/simpatizantes. Escrevo-lhe esta carta porque gostaria que no Domingo me explicasse como é que a direção do Sporting pode garantir aos sócios, não por palavras mas por meios legais, que tudo isto não acaba em mais um cheque em branco. Porque votar a favor só porque me deu a alegria de correr com o Godinho Lopes, que é talvez uma das maiores prendas da minha vida, é pouco. Desculpe, mas é pouco. Até domingo. PC

terça-feira, 25 de junho de 2013

Plano de reestruturação - primeiras notas

Temos estado, aqui na Roulote, a tentar perceber o que significa este plano de reestruturação para o Sporting. Deixo aqui, em jeito se síntese,  umas breves notas das diversas posições para que se possa avançar com o debate, que quer nos blogues quer na imprensa tem sido francamente pobre. Espero ter sido justo com todos os contributos da discussão que temos mantido por e-mail.

1 - É necessário reconhecer que o Plano de Reestruturação que vai ser apresentado aos sócios pela Direcção liderada por Bruno de Carvalho é, em muitos pontos, semelhante aos planos apresentados pelas anteriores direcções.

2 - Aparentemente há algumas diferenças importantes face ao que foi apresentado por anteriores direcções, a nível de spreads, prazos, e outras condições mais benéficas. No entanto não deixaremos de estar ligados à máquina durante longos anos. A questão da maioria do capital da SAD é salvaguardada neste momento. Voltar-se-á, porém, a colocar no futuro.

3 -  No essencial, o plano reproduz a lógica dominante no Projecto Roquette. Expropriar o clube e transferir todo o património para a SAD.

4 - A gravidade da situação a que o clube chegou impõe alguma precaução antes de tomar uma decisão definitiva no sentido de voto. Para alguns de nós,  e justamente pela gravidade da situação, o Plano  é aceitável desde que a "marca" Sporting se mantenha no clube e que não seja transferida com a Património e Marketing para a SAD.

5 - Para outros, o Plano, por padecer dos mesmos problemas estruturais dos que foram anteriormente apresentados, reproduz a lógica da suborndinação do Sporting Clube de Portugal a interesses que lhe são alheios e a insistência numa lógica empresarial e mercantil claramente ineficaz e falida. Para estes, valeria seriamente a pena considerar a hipótese da insolvência.

6 - Os sócios deveriam ter a possibilidade não só de votar a favor ou contra o plano que será apresentado, mas de escolher entre as três alternativas que Bruno de Carvalho avançou ontem: reestruturação financeira, plano especial de revitalização, insolvência.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Notas do tempo de uma outra crise

O Sporting é um manancial de surpresas. Quando tem equipas famosas-invencíveis não ganha títulos. Mas quando nós principiamos de dizer que não tem médios, que não tem avançados, que não tem defezas, que não tem...perdão guarda-redes há sempre, é certo e sabido que os campeonatos lhe caiem no papo...
Norte Desportivo, 04-03-1943

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pedro Baltazar - Best of

1 - O candidato que odeia o clube - Março 2011
Pedro Baltazar apresenta-se como o candidato da ruptura inteligente. Para efectuar essa ruptura traz consigo Pedro Santana Lopes, o homem que iniciou formalmente o desmantelamento do clube e deu início ao projecto Roquette. O homem que lançou o mais miserável referendo da história do Sporting em que convidava os sócios a matar duas modalidades desportivas do clube. O homem que instaurou a 13ª quota e deixou o clube com menos 15 mil sócios. O homem que usou o clube como trampolim político. Baltazar, recorde-se, lidera a Nova Expressão, agência de meios e publicidade, que tem na Controlinveste de Joaquim Oliveira o seu maior e quase único cliente. Pedro Baltazar que, recorde-se, obrigou a direcção anterior a comprar as suas acções ao dobro do preço que elas valiam no mercado, de modo a não ter qualquer prejuízo com a sua saída da SAD. Mas mais grave do que tudo isso, como se não chegasse e não fosse vergonhoso  é Baltazar concorrer à presidência de uma instituição cujo papel na gestão da SAD não só recusa como despreza.

2 - Negócios da China - Dezembro  2011
As acções da SAD andavam a ser negociadas aí na casa dos oitenta e poucos cêntimos. Mas eu, génio das finanças, fui fazer as complicadas contas e dividi os 4.930.000 euros pelas 2.645.000 acções. Deu 1.99. Isto é, o Sporting comprou as acções ao Baltazar a praticamente dois euros. Isto é, mais do dobro do preço de mercado. Não sei a quanto é o grande "sportinguista" - como disse em tempos um ilustre centurião (é ver nos arquivos da Roulote, amigos) - as comprou mas, com certeza, não deve ter perdido dinheiro 

3 .  Fissuras - Dezembro 2011
"Constatamos que fizemos uma má avaliação da possibilidade de, no actual contexto, poder vingar um projecto empresarial que seja uma base sólida de sustentação para vitórias desportivas. Temos a firme intenção de voltar a investir no Sporting no futuro, reafirmando a nossa profunda convicção de que as SADs devem ser dirigidas por quem de facto investe e está disponível a participar de forma relevante na sua estrutura accionista, seguindo os melhores modelos das sociedades desportivas europeias”.

Notícias do cerco ou a vez de Baltazar

A empresa Nova Expressão SGPS, propriedade do antigo candidato à presidência dos leões Pedro Baltazar, avançou com uma ação de penhora sobre a Sporting SGPS no valor de cinco milhões e meio de euros, relativa à venda de ações da SAD leonina acordada em Dezembro de 2010 entre as partes. Na altura, o Sporting comprometeu-se a pagar dois euros por ação do lote que a empresa estava a vender ao clube, dando como garantia de pagamento o passe de Daniel Carriço, então avaliado pela totalidade da dívida.

Duas ou três notas rápidas. Baltazar foi candidato à presidência do Sporting e não parece, com toda a legitimidade, ter abdicado das suas ambições. Diz que é um grande sportinguista. Ainda me lembro do tempo da campanha eleitoral em que mentes brilhantes defendiam a perda da maioria do capital da SAD para Balatazar porque estamos na presença de uma "posição sportinguista". Entre o bolsista e o sportinguista já sabemos para que lado é que pende o coração de Baltazar.  Este grande sportinguista,  dizia, resolveu accionar uma penhora sobre o SCP num momento em que se prepara uma restruturação financeira. A Direcção anterior negociou, com este tipo,  uma recompra de acções da SAD a dois euros cada uma. Faz lembrar o negócio do Cavaco com o BPN. Quem é que se lembra da última vez que as acções do Sporting valeram dois euros em mercado? O Carriço, cujo passe avalizava a totalidade da dívida, foi transferido, segundo consta, por 750 mil euros. O assunto não devia estar já resolvido?  Pode ser que a auditoria também esclareça qualquer coisa a este respeito.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O futebol como laboratório - Istambul

Já aqui tínhamos chamado a atenção para o papel dos adeptos de futebol e na construção da versão egipcia da Primavera Árabe. Ou seja, nem todos os adeptos e apreciadores da modalidade são alienados culturais, desligados do mundo que os rodeia. Na Turquia, essa tradição de intervenção das claques na vida social e política é antiga. Para dar um exemplo caricato, algures no passado adeptos do Besiktas e do Fenerbache colocaram de lado as suas diferenças para lutar em conjunto contra a caça à baleia. I shit you not. Os recentes protestos naquele país, que se iniciaram em Istambul e entretanto se estenderam a outras cidades do país. mostram um outro lado desta realidade. Um lado que também nós por cá conhecemos: as tácticas policiais de repressão e controlo dos adeptos de futebol classificados, genericamente, como categoria social perigosa. Longe das câmaras de televisão, todas as técnicas repressivas que agora são utilizadas contra os manifestantes nas praças turcas, já haviam sido testadas nos adeptos. No caso português esse parece, apesar de tudo, e apesar de não ser uma dimensão desprezível,  ser o lado menos gravoso do que se vai passando no mundo do futebol. A constituição das SAD's e os esquemas de circulação de capital entre aquelas, fundos, bancos e empresas de construção fazem, também em Portugal, do futebol um laboratório privilegiado a partir do qual se podem interpretar processos que se estendem para outras esferas da vida e que daí provenientes também procuram colonizar o futebol, subtraindo-lhe algumas das características que o tornam num mundo à parte. Como dizia o outro, alienado é a tua tia. Vale a pena ver com atenção o artigo linkado em baixo. Pedíamos desculpa pela interrupção e voltaremos à emissão normal logo que possível.

Yet the recent demonstrations have seen a remarkable solidarity among fans. Traditional enmities have been put aside to fight the common enemy of the police. Opposing fans have been glimpsed arm-in-arm in scenes that would have been unthinkable only a week ago.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O cerco

O cerco à nova direcção do SCP tem vindo a apertar-se nos últimos dias. Não falo dos dois ou três blogues que se opõem à direcção liderada por BdC com a mesma intensidade com que defendiam aquela coisa que estava lá antes. Para além das negociatas dos empresários, meio motivadas por razões políticas - contribuir para o descrédito de BdC - e meio económicas - aproveitar o estado em que se encontra o clube para fazerem os negócios que querem ou esperam fazer sem grande oposição - temos assistido nos últimos dias a um rol imenso de personalidades a opinarem sobre o SCP. Começou com o FCP. Continuou com esse grande lateral esquerdo que é Joãozinho que se acha no direito de mandar bitaites sobre o Patrício. Vai prosseguindo com notícias manhosas com periodicidade diária na imprensa da especialidade. Agora chegou a vez os tipos do Cercle de Brugge virem mandar umas bocas sobre o William Carvalho. Em circuntâncias normais nada disto mereceria grandes comentários. Todavia, aquilo que se vai observando é que todas as estruturas, organizações, agentes e palhaços vários ligados ao antigo regime fazem uma perninha no circo que se tenta montar em torno do Sporting. Isto não significa que BdC esteja a fazer tudo bem e que seja simplesmente a vítima de uma cabala. Mas é necessário relativizar algumas questões deste dia-a-dia estupidificante face à forma como muita gente vai trabalhando para destabilizar o clube. A resposta ao cerco não tem necessariamente de ser a mentalidade de cerco. O Porto paga, todos os dias, com a alma os títulos que essa mentalidade lhe deu. Nunca serão mais do que aquilo. O nosso caminho tem de ser o da transparência e da verdade. Manter os sócios informados sobre o que se vai passando é mais de meio caminho para assegurar a transformação que todos desejamos.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Subsídios para a política de comunicação

Dá-se demasiada importância à comunicação, mas também não se pode desprezá-la. Pinto da Costa sacou nos últimos dias um daqueles comentários que deixa toda a gente nervosa. Diz o friticultor que Rui Patrício é o único jogador do Sporting que podia jogar no Porto. Bruno de Carvalho deu uma resposta à altura, ou seja, deu desprezo. O mesmo não se pode dizer de Rui Patrício.  São céleres os jogadores da bola nas conferências de imprensa a repartir o mérito e a culpa pelo "grupo". Ora, alguém devia explicar ao Rui Patrício, já que ele não é capaz de dar respostas à altura (sem colocar em causa a competência do homem para defender a nossa baliza), que o que ele devia ter dito ao Pinto da Costa não era que é sempre bom ouvir elogios. E já que nunca vamos ouvir um jogador da bola, um profissional, a dizer que nos tripeiros corruptos nem pensar em jogar, podia pelo menos dizer que as opiniões de presidentes de outros clubes não lhe interessam e que valoriza sobretudo a confiança dos seus colegas, do treinador, e dos dirigentes e adeptos do Sporting. Uma chapa três do tipo vamos continuar a acreditar enquanto for matematicamente possível.

Figuras de quem não quero ser consócio (7)

Na perspectiva de colaborar na campanha de unificação do Sporting que a nova direcção se propôs levar a cabo, pensava que esta secção iria ter de encerrar. Ilusão! Há bastantes potenciais candidatos a figurar neste espaço que não conseguem manter o bico calado. 
Espero, para bem do Sporting, que não me dêem mais pretextos...

foto de A Bola

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Fusão da Património e Marketing com a SAD

Por estes dias, o antigo poder pede consenso enquanto faz oposição. Não tenho nada contra. Sempre gostei de barulheira e estrilho e acho que é o sintoma de uma democracia saudável. No geral, porém, aqueles que apelam ao consenso procuram por essa via conduzir o clube às suas posições. Um pouco desonesto mas nada de especial. Nem vale muito a pena discutir.

Uma, outra nota, antes de passar ao essencial. Bruno de Carvalho devia popupar-nos àquelas tiradas meio melodramáticas do "peço desculpa aos sócios do Sporting por não cumprir o que prometi. Prometi dedicar-me 24 horas por dia e só  dedico 20. Durante as outras 4 tenho que dormir". Não só é desnecessário como releva falta de organização. Ó Bruno então vê lá se te organizas melhor para ver se consegues dormir pelo menos 6 horas por dia. Outra que também não me caiu muito bem foi o "o terceiro elemento da estrutura sou eu". É perfeitamente legítimo que o seja, tal como é perfeitamente aceitável que não dê o nome que saltou fora. O que não é aceitável é que usando do tom melodramático e do facto consumado não explique o que aconteceu para a mudança de planos, num plano, aliás, que nem sequer era assim tão fundamental.

Dito isto, e sendo-me os "problemas" comunicacionais relativamente indiferentes, é preciso chamar a atenção para algo de fundamental. Descongeladas as relações com a banca, isto é superado o primeiro obstáculo, tendo sido tratada a questão do treinador - ainda dá polémica, mas daqui a 15 dias já ninguém se lembra do Jesualdo - vem aí o verdadeiro teste do algodão, para perceber quem, de facto, é Bruno de Carvalho e o que pretende para o Sporting. Ainda que não esteja marcada a AG está a circular na net um documento que supostamente detalha o plano de fusão da património e marketing com a SAD. Relembro que nós, aqui da roulote, tal como Bruno de Carvalho, votámos contra este projecto em sede de Assembleia Geral. Parece que agora vai ser novamente apresentado aos sócios, desta feita por Bruno de Carvalho. Parece, segundo o Leoninamente, de onde tive acesso a este documento, que o novo projecto é menos oneroso para o clube. Ainda não tive tempo para verificar.

Não posso, todavia, deixar de notar duas ou três coisas. O documento está no site, na secção das Investor Relations, mas a nova direcção não se dignou a enviar o projecto por e-mail aos sócios. E ainda hoje recebi um mail com a entrevista ao Leonardo Jardim. Para ser absolutamente sincero estou-me relativamente a cagar para o Leonardo Jardim, mas votei no Bruno de Carvalho para que este tipo de merdas não continuassem a acontecer. É OBRIGAÇÂO desta direcção, sobretudo tendo em conta a forma como ganhou as eleições, de manter os sócios ao corrente de todas as decisões fundamentais para o futuro do clube. Em segundo lugar espero mesmo que a AG não seja marcada à última hora e que haja tempo para os sócios poderem debater o plano em causa. Finalmente, espero que haja uma boa justificação para este plano voltar para cima da mesa. A ver vamos.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Um Verão Tranquilo

À medida que o passado se vai desvanecendo, espera-se que o futuro não demore muito tempo a chegar. Consumada a saída de Jesualdo Ferreira, é fundamental que as bases para a próxima época sejam rapidamente clarificadas. O ideal seria que até ao final do mês fosse apresentado o novo treinador - parece que Leonardo Jardim vai ser anunciado amanhã - e dois ou três reforços fundamentais. Como sempre falta um defesa-esquerdo e um ou dois avançados. Jefferson e Ghilas são os nomes de quem se fala. Wilson Eduardo pode regressar. Se até dia 31, dia em que pode decorrer uma AG com vista a apresentar aos sócios o plano de reestruturação financeira, a questão do treinador e dos reforços estivesse resolvida teríamos um Verão absolutamente entediante, no melhor sentido do termo. Os outros que alimentem  o circo das especulações e das transferências da imprensa desportiva. Depois, com mais calma, era arranjar colocação para os excendentários. Seria um defeso propício a um bom arranque de época.