«Quero um clube só de futebol, sem sócios mas com adeptos que não se intrometam na gestão nem tenham voto nas eleições dos corpos sociais» dizia o presidente Soares Franco em 12 de Julho de 2005 ao Correio da Manhã.
Estás mais perto meu grande presidente!
Como as coisas decorreram ontem na assembleia geral de sócios (espécie em vias de extinção) é de antever o cenário para a súcia de roquetistas e seguidores que assolam o clube.
Mas vamos por partes:
1-A Figura Principal: Rogério Alves
Como seria de esperar, esteve ao seu habitual nível, e não desiludiu sendo a personagem que falou durante largos períodos de tempo como a atingir um orgasmo psicológico cada vez que ouvia a sua própria voz.
Cometeu infracções graves no decorrer na AG como a não colocar à votação requerimentos propostos, algo que é motivo para a impugnação da AG pelos requerentes.
Permitiu que um sócio usurpasse o tempo dos outros através de um estratagema digno dos melhores políticos portugueses.
Vai ficar para a história do Sporting como o presidente da AG que permitiu que se fizesse uma verdadeira golpada ao abrir as urnas enquanto ainda havia sócios inscritos para falar.
Quis fazer de Salomão e perdeu o controlo da situação, donde só não chegou a haver agressões pela actuação da segurança, e donde ele nada conseguia fazer por total perda de autoridade por ele causada.
Desta vez passou, mas para a próxima e se estiver presente entrego um requerimento para se votar a sua destituição enquanto presidente da mesa da AG.
2-A Figurinha: Filipe Soares Franco
Falou muito bem e apresentou a continuação do seu programa de desmantelamento do associativismo do Sporting.
Quanto interpelado optou por não responder a acusações de factos graves, tais como o de um sócio que lhe disse na cara a vergonha que ele era ao substituir o rui meireles por um seu familiar, com uma remuneração condigna. Nem o facto de haver pago jogos, deslocações e jantares a certos indivíduos com intenção de interesses.
3- Os sócios
Notou-se desde o início uma tensão latente na AG, donde se realça o facto de ao que me apercebi, sempre que havia uma opinião favorável ou desfavorável cerca de metade dos presentes aplaudia. Dai posso concluir que o número de votantes, do sim ou do não, seriam quase equivalentes, mas não o número de votos.
O que pude observar foi então que a grande divisão estaria entre os sócios mais novos e os mais antigos, e o maior número de votos destes últimos foi factos decisivo.
Ainda assim é bom realçar que muitos dos jovens presentes vieram no final da AG assinar a proposta para a realização de uma auditoria externa às contas do grupo Sporting.
Ainda um último ponto neste aspecto, onde constatei uma cisão entre os sócios pertencentes às claques do Sporting, pois se um destacado líder de uma antiga claque do Sporting sempre se mostrou solidário com a direcção, o mesmo não se pode dizer das bases das claques (aqueles que segundo consta não estão incluídos no programa de vantagens dos assessores do presidente) pois estas aplaudiram vivamente os resultados gritando Sporting quando se soube que não tinha havido maioria qualificada e de seguida alguns aproveitaram mesmo para dirigir algumas palavras de ordem ao presidente.
5- A Deliberação da Assembleia Geral:
Quando o presidente da mesa da AG leu os resultados logo perguntou a soares franco o que iria a direcção fazer. Por este foi dito que iria de imediato executar dois pontos, o trespasse da academia para a sad e a operação financeira, não indo executar o ponto respeitante à alienação da sociedade comércio e serviços para a sad.
Ora havendo apenas uma proposta sujeita à votação e sendo exigido formalmente os dois terços, pois as medidas valem em bloco e não podem ser executadas isoladamente, pois não foram objecto de votação isolada. Logo esta-se perante uma deliberação que a ser executada é anulável sendo possivel a qualquer sócio requerer a sua suspensão e ou a sua anulação perante o tribunal competente.
O mesmo vale para o trespasse da academia para a sad, pois apesar do leasing, no trespasse transfere-se a título definitivo o património que não é só imóvel mas móvel que gere mais valias como as receitas, donde se trata de uma alienação de um património, que não é o terreno mas o objecto academia enquanto gerador de receitas e despesas, logo medida que carece dos dois terços. Assim igualmente impugnável.
Assim já me coloquei á disposição para o que for preciso e já tratei deste tema com alguns colegas mais sabedores da matéria que eu que também defendem esta posição.
Enquanto houver vida há esperança e enquanto ele houver cá estarei para lutar pelo Sporting dos Sócios.
Saudações Leoninas
2 comentários:
Obrigado pelo "relato" da AG. Não pude ir e assim consegui perceber o que para lá se passou.
Abraços Impróprios para Cardíacos
Epá,
Então o Postiga transfere-se para o Sporting e ainda não há nenhum comentário sobre esta notícia bombástica?
Desculpem a crítica, mas às vezes parece que dão mais importância às politiquices e historietas que andam à volta do futebol, do que do fundamental - o nosso Sporting! Tenho cá para mim que para o ano ninguém nos pára!
Aquele abraço,
Pedro
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