Nesta quarta-feira épica aconteceu um dos raros momentos de puro êxtase para a família leonina. Os efeitos colaterais são diversos. No after-match a loja verde costuma facturar em força e as nossas fronhas demoram horas a desenvencilharem-se de um grande e tolo sorriso. Mais marcante que estes sintomas primários são os efeitos secundários. A importância dos 7-1, dos 5-3 e doutros momentos d'ouro ficam alojadas na nossa memória e passam a representar marcos históricos da nossa existência. Não é à toa que perguntamos sempre “onde é que tavas no jogo contra o Salgueiros?” e que gritamos “até morrer, Sporting allez!”.
Pois bem, quem é emigrante sabem bem a dificuldade que é ter de viver afastado do clube do amor eterno. O único para o qual o ditado “longe da vista, longe do coração” jamais se aplica. Mais do que outra coisa qualquer é o nosso clube (e a rivalidade com os lamps) que une as comunidades de emigrantes e fazem um tipo percorrer semanalmente quilómetros só para ir ver o jogo na televisão do “Café Valpaços” e voltar de lá contente e orgulhoso de ser leão. Isto, apesar do lampião do Sr. Ramiro ter encerrado o café após o 3º golo do Acosta impedindo a malta de assistir aos últimos 12m do massacre.
Estou aqui com estas coisas porque, pelos vistos, alguém se anda a borrifar completamente para o emigrante sportinguista (e não só). Pelo que se lê, ficamos a saber que milhões de adeptos não puderam ver o Sporting dar cinco tabefes no Benfica por causa da incúria e incompetência dos dirigentes do SCP e da RTP. E não, não foi a primeira vez.
Já sabemos a desconsideração e visão curta com que estes senhores tratam os adeptos. Mas daí a descarada e resolutamente prejudicarem o próprio negócio é que ainda não tinha visto.
1 comentário:
obrigado pelo eco. pode ser que de link em link esta legítima indignação (pois tem toda a razão, não há "longe da vista, longe do coração" neste caso) isto chegue aos píncaros de Alvalade
Saudações leoninas
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