Golpe no SPorting é um blogue que procura tirar a limpo o que aconteceu neste processo eleitoral. A seguir com atenção.
Entretanto vale a pena começar a pensar em duas lições que o dia de ontem nos ofereceu.
1 - A Internet vale exactamente 7% dos votos. É o arredondamento dos votos da lista independente para o Conselho Fiscal e Disciplinar e da Associação de Adeptos Sportinguistas para o Conselho Leonino. A Lista Ser Sporting depois da hecatombe que foi a campanha de 2009 acabou com cerca de 10%. É o que valem a blogosfera e os fóruns anti-Projecto Roquette.
2 - Teriam sido necessários observadores da ONU e capacetes azuis para que ontem as coisas tivessem corrido bem. Mas a lição a retirar é outra. É simplesmente populista e idiota - num clube onde não se conseguem contar os votos em assembleia-gerais com 300 pessoas (como sucedeu na assembleia que aprovou o último aumento de quotas) ou sequer apresentar resultados eleitorais sem quaisquer margem para dúvidas - a ideia de alargar as votações aos núcleos. Se em Alvalade já se verificam javardices várias, imagem o que seria numa votação dispersa por cento e tal núcleos. Nunca mais qualquer direcção perdia qualquer eleição. Não deixa, porém, de ser curioso que alguns dos defensores do alargamento das mesas de voto aos núcleos ou à implementação do voto por correspondência, sejam os primeiros a recusar o elementar princípio de um homem/um voto ou se quiserem, na sua versão menos radical, uma progressiva diminuição do fosso entre aqueles que têm menos votos e os que têm mais.
Mesmo que a democracia no Sporting fique um pouco aquém dos padrões mínimos aceitáveis ela tem muitas amiguinhas giras no clube: a oligarquia, a cleptocracia e a gerontocracia. Dão-se todas bem umas com as outras.
1 comentário:
Bem sacado o ponto 1. Ainda vale muito pouco...
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