Não tenho nada a acrescentar às razões que o Paulinho Cascavel convoca para justificar o seu voto em Bruno de Carvalho. Apensas posso sublinhar a importância dos controlos e dos equilíbrios entre os diferentes órgãos sociais do clube. Por isso mesmo é que voto na Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar. Porque me parece que a auditoria e o equilíbrio financeiro são fundamentais para escrutinar o passado e preparar o futuro, este é o voto mais importante para garantir que a lista de Bruno de Carvalho respeita, de facto, os compromissos que estabeleceu com os sócios durante a campanha eleitoral. Pelo perfil, pelo sportinguismo e pelas boas ideias, ainda que genéricas, que passou durante a campanha, vou dar o meu voto para a Mesa da AG a Abrantes Mendes, por quem Zeferino Boal desistiu. Para o Conselho Leonino, mais do apoiar a voz de José Eduardo, que certamente estará próxima de Bruno de Carvalho, mantenho a minha intenção de voto na AAS.
Para mim estas eleições apresentam um aspeto central: a rotura com o Projeto Roquette. Bruno de Carvalho parece-me ser o mais bem posicionado para efetuar essa rotura. Mesmo que compreenda e seja simpático a muitos dos argumentos que são apresentados a Norte de Alvalade, penso que é essencial que todos aqueles que têm lutado por uma mudança no Sporting converjam no seu sentido de voto. Os controles dos restantes órgãos sociais poderão, deverão e terão que ser garantia para que o clube sobreviva e a SAD permaneça das mãos dos sócios. Tenho pena que a campanha, apesar de apenas a ter seguido ao longe e de forma intermitente, tenha resvalado para o nome dos diretores desportivos, treinadores e para o chavascal de nomes que se ouviram nos últimos dias. No meio desta orgia de estupidez, certamente necessária para ganhar as eleições, Bruno de Carvalho foi o único candidato que assegurou a importância de garantir a maioria da SAD, a auditoria e o controle financeiro. Aliás, nesta orgia de nomes foi dos que menos seguiu a via futeboleira mais foleira, ainda que dela não tenha abdicado, coisa aliás que seria impossível de fazer. Mesmo assim, foi interessante ter uma massa associativa inteira a discutir o Projecto Roquette, as engenharias financeiras e os negócios (não desportivos) que foram feitos aos longo dos últimos anos. Mesmo que alguns (espero que não sejam muitos) não compreendam a importância do facto, temos pela primeira vez, na história do desporto em Portugal, a possibilidade de eleger listas independentes para os diferentes órgãos. Ainda não ganhámos as eleições mas já ganhámos qualquer coisa. Se houve muita coisa má na campanha também houve elementos positivos que devem ser destacados. Amanhã podemos matar o Projecto Roquette. Viva o Sporting!
Sem comentários:
Enviar um comentário