sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Tão grande como os maiores da Europa

Dizia o Visconde que queria que o Sporting "fosse tão grande como os maiores da Europa". Olhando para os recentes números das competições europeias até nos podemos enganar a nós próprios e pensar que de facto somos grandes. Duzentos jogos (não vou entrar na polémica das Taça das Cidades com Feira, que só de pensar no nome já dá arrepios...); o jogo com o Basileia representou a vitória nº50 e o golaço do Vukcevic foi o golo não sei quantos. De facto parecemos grandes. Isto claro se esquecermos que em cinquenta e três anos de competições europeias estivemos lá 52 ocasiões, o que nos manda para o ridículo número de 4 jogos por época, ou ainda, quer dizer que somos estatisticamente afastados à segunda eliminatória. A vitória 50 torna a história europeia do Sporting ainda mais trágica, se pensarmos em termos de médias: quer dizer que em cada 4 jogos (média) ganhamos um, o que significa que ganhamos o jogo da primeira eleiminatória e depois empatamos fora e somos encavados sem dó nem piedade na segunda. As performances do Sporting no campeonato não sendo tão trágicas concentram quase metade dos títulos em cerca de dez anos; os outros 60 deram direito para aí a dez campeonatos. Serve isto para dizer que esta época está a ser gloriosa? Para os padrões habituais do Sporting até se pode dizer que sim. O problema da mania das grandezas dos aristocratas arruinados é que depois lhes dá para a maluquice. É esta fome de vitórias alicerçada num passado mítico que não existiu que leva a que seja cometidas loucuras em torno de um projecto imediatista, que como é evidente irá chegar no dia de são nunca à tarde.

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