sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O sócio, o 11 de Setembro e as aluci… alienações

…Continuação…

Um ano e quatro meses após a vitória no campeonato nacional dois aviões embatem contra as torres gémeas em Nova Iorque. Este acontecimento foi talvez a única explicação directa que se ouviu até hoje do presidente FSF para justificar os desastres financeiros que começaram a surgir nas contas das várias empresas-ilhas.
Com várias consultoras contratadas para trabalhar conjuntamente com o nossos gestores, aparentemente ninguém encontrou melhor indício para explicar por que carga de água o Bingo – esse eterno gerador de receitas – alvo de investimento, todo arranjadinho, cheio de luzes e cor, deixasse de dar receitas. Ele até estava situado dentro do Family Entretainement Centre – de cognome Alvaláxia – onde as famílias passariam a divertir-se e consumir regularmente nesse monstro das “novas funcionalidades”. Imagino o quão alta terá sido a dificuldade em descobrir as falhas. Os estudos de mercado, o benchmarking dos parques desportivos norte-americanos, as simulações financeiras, enfim, fazendo fé de que tudo o que vinha no manual do bom gestor foi bem implementado, então… deve mesmo ter sido aquela ideia do Bin Laden. Terrorista filho-da-mãe!
Os sócios, que em número foram descendo de uns 90 mil para uns 50/60 e tal mil, nunca foram tidos em conta quanto mais darem-nos explicações sobre esse facto. Corrijo o exagero, não é bem assim. De facto, eles eram tidos em conta porquanto era daí que advinha uma importante e não negligenciável parte do bolo dos lucros. Para a “rubrica quotização” recordo como foi gerida esta receita na altura (2003/04 salvo erro) quando ainda havia uma empresa-ilha chamada NEJA (Novo Estádio José de Alvalde) criada para o projecto, construção, financiamento e exploração do novo estádio: foi “encaminhada” do SCP (que está no topo da estrutura empresarial do Grupo Sporting e dirige todas as actividades desportivas não profissionais) para a Sporting SAD poder pagar a renda que esta tinha de pagar à NEJA pela utilização, por parte dos seus jogadores (sob a alçada da Sporting SAD), do campo desportivo do estádio (sob a alçada da NEJA). Nada de extraordinário enquanto acto de engenharia financeira. É pena que estas ideias barrassem à porta das modalidades, visto que o dogma da auto-sustentabilidade destas continuava sem ser beliscado. Talvez, uma questão de prioridades e de pragmatismos.
Quanto à cotação no mercado bolsista, a montanha pariu um rato. Porém para FSF a causa não está perdida. Está convicto que a solução passa por entregar a maioria das acções da SAD aos accionistas. Para ele, um culminar de um sonho. Para ‘o sócio’ será o seu fim, tal e qual o conhecemos.

Continua…

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