sábado, 29 de dezembro de 2007

É Natal e estava a ver que o Liedson não arranjava merda que preocupa muita gente

A grande mobilidade, capacidade de impulsão, espontaneidade e as humilhações ao Luisão são imagens que todos guardamos do Levezinho em campo. Outra imagem que eu tenho é de SEMPRE dar tudo por tudo em campo. Aliada à qualidade exibicional, as estatísticas, as botas de prata e o prémio Stromp dispensam mais considerações.

Como não há bela sem senão, o "senão" do Liedson traduz-se em algumas atitudes de indisciplina, que parecem estar a incomodar demasiado alguns sportinguistas: a) chegar uma semana atrasado de férias sem justificação atempada; b) insurgir-se contra o uso obrigatório de calções de treino no Inverno; e c) recusar-se a marcar penaltis no treino; Há também certos traços parvos mas menos "nocivos" como [d)] a tendência para protestar com os colegas em campo quando as coisas não correm bem ou estes não lhe passam a bola. Estes são os factos da indisciplina Liedsoniana. Se é de vedetismo ou sobredosagem de resmunguice de que padece ainda não sei bem. Com honestidade, não encontro mais nada que não isto como matéria de facto, para uma discussão sobre o problema da indiscplina do brasileiro.

Ora, uma equipa de futebol não é um pelotão do exército, mas um grupo de jogadores onde um sistema de regras formais e informais existe para que objectivos colectivos sejam salvaguardados e evitar que sejam prejudicados pelos objectivos individuais de cada um. Dentro disto há o bom senso com que se gere os problemas. Será pois que o Liedson passou das marcas?

Para a situação a) foi aplicado um inquérito disciplinar ao jogador. No limite, acho que a sanção é pecuniária e desportiva. Não me lembro já quais as consequencias nem vou por-me a pesquisar;

Para a situação b) se bem me recordo houve lugar a sanção disciplinar pelo Paulo Bento;

Para a situação c) o treinador castigou-o com uma não-convocatória.

d) até hoje não houve a necessidade de activar porra de sanção nenhuma pois Liedson, não ultrapassou os limites do respeito pelos colegas (e adeptos), convém só que ele tenha um pouco mais de complaçência para os falhanços de quem não tem tanto jeito pra bola quanto ele.


Bom, com toda a honestidade eu não percebo então o que querem mais alguns dos que vociferam quanto a este "cadastro". Acham que não foram proporcionadamente punidas? Queriam um código militarizado? Querem que à terceira infracção se deve punir ainda mais, talvez dispensar ou vender o jogador ? Acham que a equipa técnica está a ser muito mão leve e complacente?
Se para quem o problema não está nos factos mas na entrevista per si, então com certeza a resposta a estas perguntas é sim, sim e sim, já que não admitem a livre expressão da opinião individual mesmo quando ela nada mais revela, em termos disciplinares, do que a discordância face à punição. E nos tempos leoninos actuais até vejo como salutar este exprimir de opiniões divergentes. Discordar é uma coisa, não cumprir regras é outra. Se ele discorda, tenha muita paciência e pronto! E pronto não significa "vamos mas é vende-lo". Concluindo: até agora não me parece que tenha passado das marcas.
De parte a parte, falta talvez encontrar a dose certa de complacência. E esta é aplicada consoante o jogador em causa, entre outras coisas, o seu histórico de indisciplina e de alegrias causadas.

1 comentário:

Marilyn disse...

Keep up the good work. Cheers:-)