segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Dos energúmenos e a pureza da paixão

É certo que a alegoria do feitiço que se vira contra o feitiçeiro encaixa bem na Juve Leo. É também certo que à frase «O problema do Sporting nunca foram, nem são treinadores.» no esclarecimento da Ofensiva 1906, todos reagem com o habitual «Ca ganda lata!».
Da claque leonina estranha-se a eloquência nos protestos e na exigência de demissão do Soares Franco porque carregadas de incongruência: foram eles que ajudaram e de que maneira a queimar Dias da Cunha e Peseiro e a abrir alas a Franco e Freitas. Mas acredite-se ou não na explicação do blog da bola, o protesto deste sábado não deixa de fazer sentido se justificado pela atitude dos jogadores e pela incompetência aguda dos dirigentes. Só não entendo os insultos aos jogadores no fim ("agora que agradecem é porque é a fingir e não-sincero...") numa atitude que me parece injusta e infantil.

Pelas razões (e mais algumas) evocadas pelo Luisinho, a claque tem ou teve muita coisa dúvidosa e condenável no seu seio e práticas, mas não é por isso que vamos cair na condenação fortuita e sobretudo generalizante. Ou então deixem isso, por enquanto, só para os tais nazis. A Juve ainda não é uma "empresa" argentina, e ainda apoiam o clube como nenhum dos que desatam a assobiar o Farnerud ainda ele não tocou na xixa. Para o bem e para o mal prefiro energúmenos em Alvalade a ter um ambiente do tipo Portugal-Arménia em Leiria. Por isso, é que estas colagens instantâneas e primárias de certos vocábulos às claques enervam só do bafio.

Ou então é só a minha dificuldade em ver interesses obscuros por detrás de aparente genuína paixão.

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