quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Abrir as hostilidades

Enquanto o Paulinho Cascavel e o resto do plantel não aparecem na roulote penso que está na hora de iniciar as hostilidades com alguns comentários sobre a situação actual do Sporting e lançar algumas questões que poderão, ou não, ajudar na reflexão que ela nos merece.
O descalabro que o futebol do Sporting anualmente nos vai oferencendo, uns anos mais tarde outros anos mais cedo, foi conhecendo ao longo dos tempos diferentes responsáveis: ora o treinador, ocasionalemente o presidente, de vez em quando os directores desportivos. Mesmo nos anos em que o descalabro desportivo não se verificou isso sucedeu à conta da irresponsabilidade económica. Não querendo fugir ao exercicío habitual de procurar culpados fáceis para os problemas, também eu venho apontar o meu dedo acusador: os culpados somos nós. Todos os sportinguistas. Quando digo que todos somos culpados, não o faço à Zé Mário Branco no FMI onde a dado momento dizia qualquer coisa como "se a culpa é de todos então não é de ninguém". Existem responsabilidades particulares que podem ser perfeitamente identificadas no tempo. A minha questão é outra.
Num momento em que uns lançam pedras a Paulo Bento, outros a Freitas e outros ainda a Franco sempre à procura do bode expiatório, é estranho que para ninguém se tenha tornado clara a evidência da solidariedade entre estes três elementos e das dependências mutuas que estabelecem. Quando um cair, dificilmente os outros aguentarão. Outros de forma mais pensada situam a presente crise no quadro do projecto Roquette e das suas promessas falhadas. Estando mais próximos do âmago do debate, para mim a questão também ainda não é essa. Encontra-se a montante do projecto Roquete. Trata-se de saber o que é que queremos do Sporting e para que é que ele serve?

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