Embora os arrufos entre Soares Franco e a Juve e entre mim e o Paulinho já estejam resolvidos, o Sporting é um clube que nos oferece farta matéria para reflexão. O DN de hoje noticia que a Câmara aprova projecto e dá 27,5 milhões aos leões . Nada melhor do que as negociatas imibiliárias para começarmos a reflectir sobre o que foi o Projecto Roquette e o que queremos do Sporting, e aqui mais uma vez estou de acordo, ponto por ponto, com o Paulinho. Permitam-me recuperar dois dos pontos abordados por Cascavel na posta onde partilhava a sua visão do futuro do Sporting: uma gestão transparente e dirigida por gente eleita em conformidade com os estatutos e regras estipuladas;uma gestão financeira e organizacional claras e racionalmente sustentáveis. É nestes dois pressupostos que devemos procurar, ainda nas palavras de Cascavel «uma gestão que assuma a ruptura com o actual modelo "Roquete" e o seu falhanço estrondoso a vários nívies».
Estas negociatas dos terrenos suscitam-me dúvidas a dois níveis. Por um lado, os próprios critérios que presidem a estes negócios. Voltando mais uma vez ao Pavilhão Atlântico, urge saber qual o papel de Soares Franco nestas transacções: comprador ou vendedor? Por outro lado, e de forma mais grave, e apesar de toda a suposta racionalidade gestionária que está a ser implementada desde 1995 o passivo não para de crescer. Se bem se recordam, a criação da SAD levou o passivo a 0. Seria últil para os sócios que alguém, e de preferência alguém que não fosse um enegenheiro fiscal, viesse dizer claramente qual o valor do passivo. O DN de hoje fala em 220 milhões, na altura das Assembleias Gerais lemos 240 milhões no Record. Depois disso Soares Franco a dada altura sitou as dívidas do clube em 270 milhões. Depois dos 55 milhões da alienação de património e, vamos lá, dos 15 do Nani que foram para abater o passivo no pior dos cenários já devíamos andar a baixo dos 200 milhões. Mas parece que não há maneira de baixar a dívida. Onde está o dinheiro?
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