quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Só te lembras de Santa Bárbara nas Olimpíadas - II

Sem pedir autorização ao dono, deixo aqui um resumo de uma posta de um bloguista da Colectividade Desportiva, que vos incito a lerem:
"Ciclicamente – sobretudo quando ocorrem competições desportivas que de algum modo permitem comparar em termos internacionais o valor da expressão competitiva do pais, como é o caso dos Jogos Olímpicos - fala-se de política desportiva. Mas é sol de pouca dura. Fala-se com a mesma intensidade e profundidade com que, de repente, se deixa de falar. E enquanto se fala repetem-se os habituais lugares-comuns. Não vem grande mal ao mundo. Mas é sintoma de um problema profundo. Esse sim, a poder merecer alguma reflexão: o de existir um pensamento político pouco estruturado em matéria de política desportiva.
(…)
Os dirigentes políticos e desportivos não desejam rupturas. E não apreciam os que as propõem. Detestam idealismos rebeldes. E radicalismos. Gostam do que têm. Se possível com mais “apoios”. Aqui reside tudo: mais apoios. Uns dizem que faltam. Outros dizem que nunca houve tantos como agora. Mas uns e outros unidos sobre a magna/magia questão dos apoios.
(…)
Esta debilidade no pensamento político/desportivo não pode deixar de ter consequências nas “ políticas”. O que explica, por exemplo, uma clara desconformidade entre as “políticas”-o “que se faz”- e a matriz ideológica que supostamente as inspiraria. Não é um problema actual ou deste ou daquele governo. Os governos, em parte, são aquilo que as oposições e os governados condicionam.
(…)
E aqui há uma “questãozinha”: há países que têm níveis de desenvolvimento económico, demográfico e social equivalentes ou inferiores aos nossos mas apresentam resultados e indicadores desportivos superiores. E das duas, uma: ou investem verbas superiores nas políticas públicas desportivas, o que em alguns casos não ocorre; ou têm níveis superiores de organização e qualidade desportivas o que lhes permite maximizar os recursos disponíveis. Vale a pena pensar nisto ou vamos aguardar pelos “dias de maior sorte”segundo o apelo do homem do leme???
"

Quanto à "questãozinha", já aqui levantada, está bem escarrapachada nesta ligação que o Pantera descobriu.