A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. À medida que o desporto se fez indústria, ele foi acabando com a beleza que nasce da alegria de jogar porque sim. Neste mundo de fim-de-século, o futebol profissional condena o que é inútil, e é inútil o que não é rentável. A ninguém dá de ganhar essa loucura que faz com que o homem seja criança por um pouco, jogando como joga a criança com o balão e como joga o gato com o novelo de lã, bailarino que dança com uma bola leve como o balão que vagueia pelo ar e como o novelo que rola, jogando sem saber que joga, sem motivo e sem relógio e sem árbitro.
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