O "caso" Moutinho tem feito disparar as referências ao amor à camisola. Não vou elaborar muito sobre o assunto, senão para deixar duas notas. Ele (o amor) provavelmente nunca existiu, ou a existir terá sido uma excepção, como bem prova o nascimento do objecto das nossas paixões e desejos: um bando de gajos trocou uma sociedade recreativa por um clube desportivo a troco de banhos quentes. Em segundo lugar, e para não terem simplesmente de acreditar em mim, deixo uma sugestão bibliográfica, que espero que funcione igualmente a modos que argumento de autoridade.
É óbvio que o facto de o amor à camisola nunca ter existido de forma nenhuma desculpa Moutinho, mas isso é conversa para mais 500 posts.
João Rodrigues e José Neves, “Do Amor à Camisola: Notas Críticas da Economia Política do Futebol”, em José Neves e Nuno Domingos (org.), A Época do Futebol. O Jogo Visto pelas Ciências Sociais, Assírio e Alvim, Lisboa, 2004, pp. 165-229.
2 comentários:
As desculpas que tu arranjas para publicitares o 'teu' livro :P
Quanto ao assunto em epígrafe (e sabes como me custa dizer isto): o amor é um mito.
Não obstante, apesar de estar solidária com a lagartada, temos de ser realistas.. o puto tem de fazer pela vida..
Provavelmente é um sentimento que desapareceu, mas garanto que já existiu.
Manuel Fernandes, o grande capitão, exemplo de amor ao clube.
Existiu e eu vi-o jogar!
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