domingo, 1 de junho de 2008
Relativistas pós-modernos
Quando Soares Franco diz que recebeu "um enorme voto de confiança"não posso deixar de pensar no total desrespeito pelos arranjos institucionais que tornam o Sporting num clube democrático. O que estava em jogo na assembleia-geral não eram votos de confiança de nenhum tipo. O que estava em jogo era a aprovação de três medidas, votadas num pacote único, e que precisavam de uma maioria de dois terços. Maioria que não foi conseguida. Não houve portanto nenhum voto de confiança. O completo desprezo pelos estatutos do clube e a concentração dos discursos em questões como o "voto de confiança" é, se assim lhe quiserem chamar, uma forma de ignorar os arranjos institucionais que tornam o Sporting governável, e que recordo também foram aprovados em sede de Assembleia-Geral. Quanto muito pode-se falar, para utilizar essa expressão tão popular no futebol português que é "vitória moral". Nunca em voto de confiança. Perdeu mas esteve a ganhar. E por isso, porta-se como se tivesse ganho, com total desprezo pelos estatutos do clube. O modo como fala em "minorias de bloqueio" é disso mesmo ilustrativo. O que vale é que o clube desses chatos chamados sócios está quase a desaparecer.
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