quinta-feira, 19 de junho de 2008

Euro 2008 - Segundas Impressões

Passada a fase de grupos confirmam-se a maioria dos prognósticos após a 1ª jornada. Os não alinhados foram a República Checa e a Suécia.
No grupo de Portugal, a tuga apurou-se sem sobressaltos de maior e seguiu-lhe as pegadas a fúria turca. Esperava que a República Checa aguentasse o barco, mas o g.r. deles não quis ficar longe da equipa e lá borrou a pintura (acontece aos melhores, logo também pode acontecer ao Ricardo. Só quero ver se também acontece ao Buffon). Quanto à Suíça que acabou por ganhar o jogo a Portugal viu-se que só esteve neste Euro por ser país organizador, nada mais.
No grupo B a Croácia surpreendeu pela consistência demonstrada (e até ver tem a revelação da competição - Modric - que joga na esquerda, na direita e no centro do meio campo ofensivo. Parece que ainda há esperança nos médios ofensivos na Europa), e até mostrou que a Alemanha afinal não era o que parecia e não é a Alemanha da década de 90'. É confrangedor ver Ballack recuado a no terreno e depois faltar qualidade de passe e organização no meio campo ofensivo.
Nos outros dois, Aústria e Polónia demonstraram que eram os candidatos a não passar.
No grupo da morte a Holanda voltou a demonstrar laivos de uma laranja mecânica, com um futebol bonito e directo, o 4-3-3 que aliado a uns extremos rápidos e a um ponta de lança finalizador fazem estragos consideráveis. A Itália confirmou que se salva sempre no fim, nada de novo, é como uma fénix renascida que quando chega a altura certa confirma a sua história. O futebol não é brilhante e a táctica é sempre a mesma, com três médios defensivos e uma cultura de transição defensiva muito forte, sendo o ataque sempre apoiado e mais lento. Quanto à França e à Roménia pareciam duas selecções iguais, sem ligação no ataque e poucas ideias. A França ainda não se livrou de Zidane.
No último grupo a Espanha confirmou o favoritismo e a Rússia não surpreendeu, o seu futebol é como o do Zénit e para quem viu os jogos destes na Uefa não se pode surpreender, com um contra ataque rápido e variações de flanco apoiadas pelos médios esta equipa é um caso sério, pois o posicionamento do meio campo é quase robótico e os jogadores defendem e atacam em bloco, donde o principal óbice a este sistema será o desgaste físico. Quanto à Suécia esperava que a mesma passasse, pois não fosse a falta de ousadia dos seus dois treinadores e o resultado frente à Espanha seria outro, mas quando se joga para o empate são coisas que sucedem. A outra, a Grécia veio demonstrar que a possibilidade cósmica de a sua vitória se repetir era menor do que eu ganhar o euro milhões.
Uma nota para a segunda linha do futebol português, que apesar da pontaria em excesso e de um erro do árbitro teria de ser muito melhor do que a fraca equipa Suíça. Donde se trata de uma falta de mentalidade ou falta de qualidade. Salvou-se Nani.
Uma aposta seria a Itália, apesar do primeiro resultado frente á Holanda, a Itália não me surpreende, mas a juntar às lesões de Nesta e Cannavaro aparece agora o substituto Barzagli, donde os centrais italianos deverão ser os mais fracos da história Italiana, daí é esperar para ver se esta Itália agora ainda vai surpreender.
Duas curiosidades, a primeira é a de que o grupo de Portugal foi o único que não teve uma equipa com 3 vitórias. A segunda é que a Grécia foi a única selecção a não pontuar.
Saudações

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