A SAD vai reforçar a equipa, a acreditar no que se lê nos jornais. Saúda-se a decisão. Penso que é positiva e não há discussão quanto a isso.
Creio que a natureza e a qualidade dos reforços é um assunto irrelevante nesta altura. O que interessa é saber que a equipa se vai reforçar e esperar que os reforços o sejam. O que eu creio que já não é irrelevante é analisar o porquê de só agora a equipa se ir reforçar. E também não é irrelevante perceber porque é que se deixou chegar a situação do Sporting ao ponto de ter de haver tiros (para o ar, é certo...) para agir, ou pelo menos manifestar a intenção de agir.
A leitura que se faz de tudo isto é que a técnica da pressão feita na rua vale a pena. Se se fizer muito barulho, se se acenar com muitos lencinhos brancos e se se gritar muito alto a direcção deixa caír o seu programa, as suas reformas, as suas ideias e a sua capacidade de actuação e vai a correr satisfazer os desígnios dos adeptos. Consigo imaginar pelo menos 2 178 coisas que gostava de ver alteradas no Sporting e agora já sei o que e como fazer.
Longe vão os tempos em que as lideranças se faziam de outra maneira. Era menos gestão de recursos humanos, teoria das organizações e da moeda e mais mmm... capacidade de dirigir, determinação e ideias.
Não podemos esquecer, chegados a este ponto, que a direcção do Sporting foi confiada a gente experimentada e temperada nas teorias mais modernas da gestão e do marketing, em gente saída das escolas mais prestigiadas e do mundo da economia e finanças. Gente de cabedal, gente de medalhas ao peito. Quiçá candidata a uma medalha no próximo 10 de Junho por serviços prestados com palma...
Estou a imaginar o que seria os depositantes do Santander virem para a rua atirar ovos podres aos gestores do banco se a coisa corresse mal com alguma das suas aplicações.
Depois digam que é o futebol que é irracional.
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