Qual será o próximo cliché?
Ideias novas, propostas novas, mobilização dos Sportinguistas... zero! Vamos votar para director de futebol e para treinador. Tudo menos presidente responsável, estão a topar...? Assim, antes de ser presidente, a culpa já é dos outros.
10 comentários:
Bom post. Isto dos treinadores é tudo uma grande tanga... até porque os que forem apresentados agora serão aqueles que estão desempregados e só
Anjo,
Mesmo que concorde com o teu ponto de vista, devo admitir que neste momento acho mais importante tentar perceber de entre o leque dos candidatos que já se apresentaram aquele que pode operar uma maior ruptura com o modelo vigente nos últimos 16 anos. Se continuarmos à espera de um modelo ou de um candidato ideal não me parece que alguma vez consigamos desalojar a Hidra. Por outro lado, parece-me que parte da pobreza do discurso dos candidatos resulta da pobreza do acompanhamento mediático. À partida estou disposto a ouvir dois candidatos: Bruno de Carvalho e Zeferino Boal. Ponto um. Nenhum dos dois é um paraquedista, como era o Brás. Nenhum deles tem ligações à gestão do Sporting nos últimos anos. Boal esteve ligado a Cintra e tem participado activamente na vida do clube nos últimos anos e terá sido quem denunciou o caso dos sobreiros em Alconhete. Bruno de Carvalho está ligado ao renascimento do hóquei do clube. Os dois falam frequentemente nas modalidades e Boal referiu, algo que me surpreendeu e agradou bastante, a importância do Sporting Clube de Portugal com um clube que deve proporcionar aos seus sócios a prática da actividade desportiva. É certo que Boal diz que vai para o banco e o outro diz que quer acabar com o fosso. Mas olhando, por exemplo, para a entrevista de Caravalho à Antena 1 vemos que o fosso é uma questão menor no seu discurso. Um fait-divers. Isto é, não acho que a situação seja assim tão trágica e mais do que isso acho que nós também temos uma responsabilidade de discutir as intervenções e os programas dos candidatos. Pelo menos daqueles que estamos dispostos a ouvir. De resto, apesar de me fazer alguma confusão a centralidade da questão do treinador e do director desportivo na campanha há que ver que são questões incontornáveis. Muita gente só quer saber disso e um candidato tem que também falar para essas pessoas.
Luizinho: não há contradição no que pensamos. Concordo com a necessidade de dar centralidade útil ao problema do director desportivo e do treinador. Mas nada disto é problema!
Se bem te recordas, eu até comecei por escrever na outra posta "diz-me com que director de futebol andas, dir-te-ei quem és..."
É evidente que entre o Inácio e o Futre ou o outro eu sei quem escolho.
A questão principal aqui --e todos os putativos candidatos até agora escorregam neste aspecto-- é a de que precisamos de conhecer as soluções que os candidatos trazem para _os problemas_ do Sporting. Não precisamos de conhecer as soluções que eles encontraram para ganharem mais votos...
E esta fórmula dos mais ou menos milhões que trazem consigo, do director desportivo ou do treinador é uma coisa tão chalada, tão ultrapassada, tão longe daquilo que o Sporting precisa e do que se devia esperar de umas eleições desta natureza que, mesmo que tenhamos mais simpatia por este ou por aquele, ficamos a assim cismar se vamos lá...
Gostava de ver um candidato que apostasse tudo no que verdadeiramente interessa: unir e mobilizar os Sportinguistas.
É claro que há uns mais confrangedores do que outros, mas não tenhas dúvidas: ou estas questões são encaradas de frente, com rasgo, coragem e determinação ou o problema fica simplesmente adiado e vai estalar outra vez. Acho que devemos, que temos o dever!!, de exigir mais dos candidatos! Quanto mais não seja para que eles percebam que não somos todos broncos...
De resto, estamos, como é costume, de acordo.
É óbvio que eu também gostava de ter e de ver um debate de fundo sobre o Sporting. Mas aí penso que é difícil numa campanha eleitoral conversar mesmo a sério sobre o clube, para além dos chavões do ecletismo e da aposta na formação. Mas se estes dois pontos, a par da importância do Sporting como estrutura de prestação de serviços de prática desportiva aos seus sócios, entrarem na agenda penso que podem ser um importante contraponto à lógica mercantil e empresarial que tem presidido à gestão do clube nos últimos anos. Contudo, e tendo em conta o senso comum epocal, parece-me difícil que alguém fuja aos clichés da necessidade de uma liderança forte e de um bom gestor e de uma boa gestão, entendidos, como é óbvio, no sentido mais boçal do termo. Mas para além destes pontos e de um maior respeito pelos sócios também me custa imaginar o que poderia unir os sportinguistas. Mais do que união, acho que é tempo de rupturas. Mas rupturas sérias. Não as aldrabices que o Godinho e o Dias Ferreira e quem sabe mesmo o Baltazar nos vão tentar impingir à força do martelo mediático. Ora para essas rupturas poderem acontecer é necessário pelo menos entender claramente o espírito que guia os programas e sobretudo a composição das diferentes listas para os diversos órgãos sociais.
Há para aqui algumas confusões que é importante dissipar.
Eu não quero debate nenhum! Estou farto de debates e conversas, aliás. Quero um líder forte (umm líder forte não é um cliché; os "líderes" que temos tido são fracos, ie, ou bananas ou oportunistas). Quero um líder que proponha um programa forte, sem ambiguidades, nem manobras de diversão. Quero um líder responsável, que assuma as suas opções e que... lidere! Que proponha um programa e que assuma a responsabilidade de o cumprir. Não quero um "líder" que se seja, na prática, um co-líder logo à partida.
Nenhuma das candidaturas até agora tem este sumo. E temo que os "nomes" e as funções propostos não sejam mais do que poeira para disfarçar a falta de ideias.
O Godinho diz que traz o Duque e o Ângelo Correia... Mas, para fazer o quê?! O Duque já foi e já veio... Viria agora para fazer o que o trouxe ou o que o levou a ir-se? E o Ângelo Correia vai comentar as AG's, criar revoltas de pregos, o que vai fazer? É escolhido porquê? Porque é uma figura da tv? Porque não escolher o Fernando Mendes ou a Maia?!
E Godinho, vai justificar a sua saída do Sporting quando for presidente ou vai justificar-se perante os seus pares (todos nós, Sportinguistas) antes de se comprometer como candidato? Já vimos presidentes de clubes de futebol que apenas queriam "imunidade parlamentar" para justificar as suas malfeitorias. Será este o caso? Tem de esclarecer! Não queremos um presidente do SCP "suspeito" do que quer que seja.
O Ferreira traz o Futre, para quê? Para fazer exactamente o quê? Para tirar vantagens para o seu "benfica"...? Ou o seu "porto"? E o "treinador estrangeiro" com que insulta a inteligência dos sportinguistas é para quê? Para despedir após a primeira série de resultados negativos, como tem acontecido com TODOS os treinadores que passaram pelo Sporting neste últimos anos? Ou é um treinador escolhido para executar um projecto pré-definido, porque tem capacidade especial para o fazer? Se é assim, que é desse projecto?!
Cabe na cabeça de alguém apresentar um treinador-fantasma para executar um programa inexistente??! O que é que o imbecil do Ferreira (é um imbecil!!) quer a gente pense dele??!! Pensa que engana quem?!
Não falo de mais nenhum candidato porque ainda não percebi o que pretendem, de que meios dispõem ou se de facto têm tomates para ocupar o lugar que se propõem ocupar.
Em resumo: não quero o carro à frente dos bois. A oportunidade para agir de forma correcta está aí, mas temos de estar atentos e ser exigentes como nunca fomos, se calhar!
Chega de logros e mentiras!!!!!!
Ou ganha o "meu" candidato, ou não pago mais um tostão para ser aldrabado... Não me enganam mais uma vez, podem ter a certeza.
Anjo,
Mas então deixo a pergunta. Na tua opinião em que é que esse projecto deveria consistir? Ou melhor, quais é que deveriam ser os pontos inegociáveis de qualquer proposta aos sócios do Sporting?
abç
É uma questão complexa para tratar nos "comentários" de um post (os candidatos não fazem muito mais é verdade...), mas eu destacaria:
1- Reformulação da regra dos anos/votos.
2- Reorganização do Clube e consequente reformulação dos Estatutos com vista a alargar a _representatividade e participação_ dos Sportinguistas nos orgãos directivos.
3- Reformulação do Conselho Leonino dando-lhe poderes "legislativos", reorganizar os Núcleos de forma a que possam ter representatividade e presença forte no CL.
4- Fim da SAD.
Nem mais. Uma reforma institucional que coloque os sportinguistas ao leme do clube é fundamental. Mas se concordo contigo neste aspecto, devo referir que associar esta reforma a uma "liderança forte" a mim não me faz confusão, mas na cabeça de muitos dos papalvos que são nossos consócios não só são incompatíveis como estes idiotas teriam horror a qualquer coisa que se parecesse com uma democratização do clube. Mas, e tendo em conta que esta discussão é demasiado importante para ser travada aqui nesta caixa de comentários deixo a sugestão de colocares os teus quatro pontos numa posta.
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