O Roquette, esse génio da teoria e da moral capitalista, volta não volta, dá à costa, qual ave de arribação. Hoje escreve no Público.
Diz sua excelência, no meio do discurso ornamentado e embalador que é seu timbre, em relação à crise que afecta a UE e em particular Portugal, que "a responsabilidade dos empresários portugueses é proporcional à sua dimensão, até porque de forma geral têm acesso a algo que é o grande obstáculo para as empresas pequenas e médias, isto é a capacidade financeira para de forma sustentada tornar viáveis e competitivos os investimentos projectados."
Acrescenta a ilustre criatura que tem "cada vez mais a sensação de que estamos a contas com uma camisa de 27 varas e que, se, para mal dos nossos pecados, a União Europeia chegar a alguma situação do tipo 'salve-se quem puder', Portugal não vai estar certamente entre os que 'podem'."
Esta conversa pastosa não pode deixar de me fazer lembrar o rasto de miséria que este cavalheiro deixou após a sua passagem pelo Sporting. Se Portugal contar com o grau de responsabilidade dos empresários portugueses que este cavalheiro demonstrou enquanto presidente do SCP e este grau de responsabilidade for proporcional à sua dimensão está Portugal feito ao bife. Viu-se, no caso do Sporting, "a forma sustentada (de) tornar viáveis e competitivos os investimentos projectados"...
O Sporting, esse, está, por agora, apenas e ainda numa camisa de 26 varas, resultado da substiuição da estratégia do "não-à-bola-na-barra" por uma outra, mais conveniente, do "salve-se quem puder", lançada pelo hábil empresário... Assim, hoje, graças ao génio do Roquette, o Sporting é dos que já não "pode".
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