quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Queremos leões, não camaleões!



 

Há princípios dos quais não se pode abdicar. Na vida e no Sporting. Mas, não chega gritar o nosso sportinguismo e dizer que o Sporting é o grande amor. É preciso levar esses desígnios atá ao fim.
O que está em jogo nesta próxima eleição é a opção entre um modelo de gestão do Clube que se arrasta há perto de 20 anos, sem qualquer desvio de rumo, e o levou ao ponto mais baixo da sua história (sublinho e repito: ao ponto mais baixo da sua história) e uma verdadeira alternativa.
Não interessa ir remexer nos baús das recordações do Clube, nem lembrar este ou aquele nome em particular. Interessa apontar O responsável por este escândalo que é a situação actual do SCP. Interessa saber quem sentou o cu na cadeira do poder, deixou essa situação chegar a este ponto e averiguar as causas de tudo isto.
Não foi a "oposição" que assinou os cheques, que mexeu na estrutura organizativa do Clube, que optou por este ou aquele colaborador. Não é à oposição que cabe  unir o Sporting e não foi ela que se revelou incapaz de o fazer. Foi Godinho Lopes. E Godinho Lopes falhou.
Não interessa, tão pouco, falar nas "alternativas", na sua existência ou na sua inexistência. Interessa reter que o Sporting está à beira da extinção defintiva (acontece aos melhores, pode e vai aconteceer ao Sportig se não mudar de rumo...), que a direcção Godinho Lopes falhou, que é preciso encontrar uma solução e que essa solução não pode nunca passar por mais do mesmo, ou seja, Godinho Lopes II, notáveis remix, direcção do croquette recauchutada. A quadrilha que tomou conta do Sporting (é de uma quadrilha que se trata,, no sentido virtual e real do termo!) levou-nos o Clube ao estado comatoso em que se encontra. Aldrabões, vigaristas, sem vergonha, incompetentes, alguns cadastrados, todos agentes de interesses escondidos que puseram uma gravata verde ou envergaram um cachecol apenas para nos enganar. Não basta pintarmo-nos de verde. Há muitos camaleões por aí...
É tudo isto que tem de acabar. Não se deixem enganar e, sobretudo, não se iludam! Não tentem atirar para cima dos críticos e da oposição a culpa dos fracassos. Quem escolhe, decide e implementa a política do Clube são os seus dirigentes executivos.
Falharam.
Foram lá colocados democraticamente, é certo, mas falharam. São eles os culpados directos. Foram eles que tomaram as decisões que nos levaram ao desastre.
É verdade que, como disse, foram lá colocados democraticamente e que a sua actuação tem a cobertura da legalidade democrática que os Estatutos livremente votados determina. É verdade que foram uns quantos sócios que deitaram dentro da urna as chaves que abriram caminho à sua actuação (já não é tempo sequer de levantar suspeitas sobre a legitimidade da votação...)
Mas, o programa sufragado falhou e a incompetência para o cumprir não é culpa de mais ninguém a não ser do CD e do seu presidente. Era ao CD que competia a execução do programa. Nem sequer a qualquer outro órgão social, muito menos aos sócios. O resultado é o que se vê.
Portanto, o que está em causa na próxima eleição é confirmar a sanção sobre a linha de gestão que foi seguida até agora e escolher outra. Diferente.
Se uma nova linha de gestão implica acordar, participar, ouvir, dialogar com elevação, intervir e não delegar poderes em que não merece, então, caros consócios, levantem-se do sofá, participem, e usem o poder que têm, o poder supremo em qualquer estrutura democrática, para mudar. Se não o fizerem, estes mesmos oportunistas ou outros quaisquer vão fazê-lo, por mais ou menos gravatas verdes e cachecóis às riscas que usem para se camuflar, o programa de liquidação do Sorting será o mesmo, a história repetir-se-á e estaremos todos, daqui a mais ou menos tempo a lamentarmo-nos de novo do mesmo. Esta é a última oportunidade para mudar.
Não tenham a mínima dúvida: a mudança, é certo, começa em cada um de nós. Mas, não foram os críticos (por muita crítica e por muita oposição que tenham feito) que levaram o Sporting ao estado em que está. Nem poderia ser porque as decisões da direcção foram sempre tomadas com a força de ser poder, muitas vezes contra as críticas dos críticos ou em oposição à oposição. Foram as forças que comandam e comandaram Godinho Lopes que usaram o seu poder executivo. Não foi a oposição que falhou. Foi Godinho Lopes.

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