quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A compaixão entre mim e o Presidente da Mesa da Assembleia Geral


Há em mim uma estranha e triste serenidade de quem assiste a uma queda anunciada. Foi, no entanto, perturbador ficar impávido perante o despudor domingueiro de Godinho. Como é possível alguém que lidera um Projecto que jamais fez atempadamente um diagnostico que fosse o correto vir agora reclamar da sobre-abundância de diagnósticos e da ausência de soluções?!!! O Sporting é a prova viva de como é impraticável encontrar soluções a partir de pressupostos e diagnósticos sistematicamente errados. 

Mas vamos ao pior. Não nego que Jesualdo tenha feito um bom trabalho em Torres Vedras ou que ao Izmailov e grande parte do plantel lhe apeteça sair dali para fora. Mas sejamos clarividentes: ter um treinador lampião, contratado por palpite, a treinar os outros treinadores numa função que nunca exerceu e vender o nosso melhor jogador ao clube que melhor “olho” tem para contratar e enganar papalvos não é um pequeno passo para resolver o que seja mas um salto gigante para a conquista do campeonato da incompetência em gestão do futebol profissional, do qual somos campeões europeus sem nunca lhe dar a devida importância .

Mas vamos ao pior. Como é que se consegue chantagear os sócios na base de que, por ter colocado o clube em eminente falência, sem dinheiro para pagar salários, estes têm é que calar e comer um mandato que já perdeu toda a legitimidade?! Godinho explica. Estamos a pagar 4 treinadores principais em simultâneo e não há dinheiro para organizar umas eleições?! "Diga essa chefe, que o medo ou o caos pega sempre".

Mas vamos ao pior. Chegámos ao ponto em que se escuta um Manuel Serrão ou um lampião e reconhece-se-lhes a razão. Senti compaixão pelo Eduardo, pois percebi que ele percebia isso; Começa a ser entediante defender a honra do clube por mera obrigação de circunstância. Godinho segue à risca a máxima do “mudar para que tudo fique na mesma”; só que, azar, tudo fica muito pior. Serrão, no final, apelidou-lhe do anti-Midas: tudo o que ele toca vira lixo. Pode ser um exagero, mas a maneira como ele se dirigiu aos sócios e ao Eduardo “do restaurante” revela mais uma vez a matéria de que é feito e a chafurdice que ele acha que lhe é permitido.

1 comentário:

Anónimo disse...

Também gostaram da apresentação do Jesualdo? Discurso brutal!