sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Dar Rumo ao Sporting e a AG por vir

Anda-se por aí e lêem-se coisas. Uma das mais chocantes diz respeito à ausência de sentido democrático e de espiríto de união daqueles que afirmam, à partida e sem mais e para simples efeito demagógico, que sem alternativas assumidas votam Não a uma destituição da direcção. A esses convém lembrar que nada impede a direcção em funções, e eventualmente destituida, de concorrer a um novo escrutínio e até mesmo de o vencer. A marcação de novas eleições nesta altura, independentemente do seu desfecho, traria ao clube vantagens consideráveis. Tendo em conta que todos os argumentos usados por Godinho Lopes candidato foram anulados pela gestão de Godinho Lopes-presidente, - treinador, estratégia desportiva, gestores desportivos, membros da direccção, estratégia financeira - a direcção não tem, no presente, legitimidade democrática. Se, porventura, e miraculosamente, Godinho Lopes vencer novas eleições renova a legitimidade e fica com carta verde para prosseguir o eventual rumo que possa eventualmente ter. Se perder, dando lugar a outras soluções os seus proponentes ficam com tempo para preparar a próxima época desportiva e, mais importante, outro tipo de meios para ponderar a melhor forma de responder aos dramáticos desafios financeiros que se anunciam. Neste momento, e em relação à marcação de eleições os posicionamentos dos sócios do Sporting não se dividem entre aqueles que são a favor e os outros que são contra este ou aquele. A linha de clivagem fundamental no interior do nosso clube é entre aqueles que defendem a clarificação e a união e aqueles que pugnam pela confusão e pela divisão.

1 comentário:

Anjo Exterminador disse...

Eu diria até que a linha divide os Sportinguistas é entre os que querem a continuação do SCP, da sua tradição e pergaminhos, tout court, e os que se estão marimbando para tudo isto. Venha o que vier que se passe a chamar "Sporting" no futuro —mesmo com um qualquer dono chinês, angolano ou russo— é bom.
Ou seja, neste último caso, por mais retórica, promessas de amor e juras de sportinguismo, no fim, o que fica, de facto, é: o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL que se foda.