Há uns anos atrás quando chegava o domingo sentia-me ansioso e inquieto.
Era dia de ir à missa.
Para mim, de tenra idade, era sempre uma enorme chatice.
O acordar de manha cedo, o tomar banho, o vestir uma roupa de ir ao médico, o ter de saber as rezas, o ficar de pé durante longos períodos, a soneira latente e vergonhosa durante o sermão ininteligível do padre.
Era um dever transformado em obrigação por imposição de família.
Ontem dou por mim sentado no estádio de Alvalade e a vislumbrar essas reminiscências passadas.
Qual foi o pecado que cometi? Porque que continuo com a postura de ir ao fim de semana a Alvalade a assistir jogos do campeonato?
O suplicio tem caminhos curiosos. A primeira resposta é a irracionalidade. A segunda é que já paguei um balúrdio por um lugar de época e na missa a esmola era mais barata. Já estou incluvise a imaginar o método, no fim do jogo, os acólitos do prior da freguesia e responsável pelo sermão de 90 minutos iriam pedir a esmola e cada qual daria a que a sua consciência ditasse. A minha ontem ditaria 0,80 €. 0,50 € pelo golo e 0,30 € por 2 jogadas de futebol.
Do lado positivo ressalta o golo e a vitória, eu diria que não é pouco e muito pouco para quem ser ser campeão.
De volta às bancadas de Alvalade, já assisti a funerais mais animados do que o jogo de ontem. As pessoas à minha volta - incluindo umas defensoras de JEB e da continuidade do treinador - ou já não defendem a continuidade do treinador ou dizem que os jogadores já estão resignados no início de época. Já só se batem algumas palmas, durante largos minutos do jogo só se ouvia o megafone da claque, as palmas eram arrancadas aos solavancos e no fim do jogo a imagem do futebol actual do clube. Tudo a dispersar rapidamente, a virar as costas aos jogadores que ficaram e a sair rapidamente do estádio.
O jogo tinha terminado e o cumprimento de dever também. As conversas entre as mais banais do: não estamos a jogar; assim nunca vamos ser campeões; gosto muito do Paulo Bento mas isto já não dá mais; porra, que isto de vir à bola é uma seca. Expressões comuns para quem vem à bola ver o Sporting (jogar).
Continua a ser justo falar dos 23.000 estóicos que ontem foram a Alvalade. Na próxima 2ª feira serão os mesmos, com sorte.
No fim do jogo, da vitória, costuma-se celebrar as vitórias com alegrias e contentamento. Com normalidade e tranquilidade absoluta não vislumbrei mais alegria do que no final de uma peça de teatro melodramática.
Nas roulotes o panorama do abandono, não havia os habituais copos de cervejas e os festejos da vitória. Aliás, já vi derrotas com muito mais copos do que ontem. Era domingo e estava tudo de ressaca do fim de semana. Só pode ser a explicação.
Pegando na explicação, as coisas sem as quais passávamos bem, como o desempenho físico de Matias Fernandez. Agora vamos fazer um jogo 5ª feira, será que na próxima 2ª feira ele vai ser titular, ou o desgaste da pré-época dele não o vai permitir.
Para o futuro ficou o assumir oficial do treinador do Sporting que ele treina uma equipa pequena. Após o golo o que seria de esperar que fizesse o treinador de uma equipa grande que está a ganhar em casa contra uma equipa pequena: que mandasse a equipa procurar o 2º golo. Afinal ali paga-se o bilhete inteiro. Mas não, tira um avançado e mete um defesa. O próprio treinador do paços de ferreira se tivesse marcado golo e ainda tivesse substituições faria o mesmo.
No rescaldo do jogo fica mais uma vez a desculpa da imaturidade. Eu até concordo que a imaturidade da equipa tem um responsável, o treinador é o principal responsável pelo que acontece e aqui estou de acordo com ele, pena é ele não tirar daí nenhuma conclusão.
Pois se o argumento foi a idade da equipa, já ficou demonstrado noutros posts que usar a idade da equipa é uma desculpa mentirosa.
Para os saudosistas e masoquistas, para a semana há mais.
Era dia de ir à missa.
Para mim, de tenra idade, era sempre uma enorme chatice.
O acordar de manha cedo, o tomar banho, o vestir uma roupa de ir ao médico, o ter de saber as rezas, o ficar de pé durante longos períodos, a soneira latente e vergonhosa durante o sermão ininteligível do padre.
Era um dever transformado em obrigação por imposição de família.
Ontem dou por mim sentado no estádio de Alvalade e a vislumbrar essas reminiscências passadas.
Qual foi o pecado que cometi? Porque que continuo com a postura de ir ao fim de semana a Alvalade a assistir jogos do campeonato?
O suplicio tem caminhos curiosos. A primeira resposta é a irracionalidade. A segunda é que já paguei um balúrdio por um lugar de época e na missa a esmola era mais barata. Já estou incluvise a imaginar o método, no fim do jogo, os acólitos do prior da freguesia e responsável pelo sermão de 90 minutos iriam pedir a esmola e cada qual daria a que a sua consciência ditasse. A minha ontem ditaria 0,80 €. 0,50 € pelo golo e 0,30 € por 2 jogadas de futebol.
Do lado positivo ressalta o golo e a vitória, eu diria que não é pouco e muito pouco para quem ser ser campeão.
De volta às bancadas de Alvalade, já assisti a funerais mais animados do que o jogo de ontem. As pessoas à minha volta - incluindo umas defensoras de JEB e da continuidade do treinador - ou já não defendem a continuidade do treinador ou dizem que os jogadores já estão resignados no início de época. Já só se batem algumas palmas, durante largos minutos do jogo só se ouvia o megafone da claque, as palmas eram arrancadas aos solavancos e no fim do jogo a imagem do futebol actual do clube. Tudo a dispersar rapidamente, a virar as costas aos jogadores que ficaram e a sair rapidamente do estádio.
O jogo tinha terminado e o cumprimento de dever também. As conversas entre as mais banais do: não estamos a jogar; assim nunca vamos ser campeões; gosto muito do Paulo Bento mas isto já não dá mais; porra, que isto de vir à bola é uma seca. Expressões comuns para quem vem à bola ver o Sporting (jogar).
Continua a ser justo falar dos 23.000 estóicos que ontem foram a Alvalade. Na próxima 2ª feira serão os mesmos, com sorte.
No fim do jogo, da vitória, costuma-se celebrar as vitórias com alegrias e contentamento. Com normalidade e tranquilidade absoluta não vislumbrei mais alegria do que no final de uma peça de teatro melodramática.
Nas roulotes o panorama do abandono, não havia os habituais copos de cervejas e os festejos da vitória. Aliás, já vi derrotas com muito mais copos do que ontem. Era domingo e estava tudo de ressaca do fim de semana. Só pode ser a explicação.
Pegando na explicação, as coisas sem as quais passávamos bem, como o desempenho físico de Matias Fernandez. Agora vamos fazer um jogo 5ª feira, será que na próxima 2ª feira ele vai ser titular, ou o desgaste da pré-época dele não o vai permitir.
Para o futuro ficou o assumir oficial do treinador do Sporting que ele treina uma equipa pequena. Após o golo o que seria de esperar que fizesse o treinador de uma equipa grande que está a ganhar em casa contra uma equipa pequena: que mandasse a equipa procurar o 2º golo. Afinal ali paga-se o bilhete inteiro. Mas não, tira um avançado e mete um defesa. O próprio treinador do paços de ferreira se tivesse marcado golo e ainda tivesse substituições faria o mesmo.
No rescaldo do jogo fica mais uma vez a desculpa da imaturidade. Eu até concordo que a imaturidade da equipa tem um responsável, o treinador é o principal responsável pelo que acontece e aqui estou de acordo com ele, pena é ele não tirar daí nenhuma conclusão.
Pois se o argumento foi a idade da equipa, já ficou demonstrado noutros posts que usar a idade da equipa é uma desculpa mentirosa.
Para os saudosistas e masoquistas, para a semana há mais.
1 comentário:
Tristemente verdade... até quando?
Enviar um comentário