terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quantificar a esperança

No dia em que o presidente do clube e da SAD vem mais uma vez responsabilizar as vozes críticas de dentro clube pelos maus resultados (sim eu admito, foi a minha maledicência que trocou o Pongolle por seis milhões e meio), queria fazer um pequeno inquérito aos nossos leitores. É certo que sentimentos como o amor não se quantificam, embora a SAD bem o tente fazer, não é? Toda a filosofia da maior rendibilidade do segundo lugar do campeonato em relação ao título assentava no pressuposto dessa mesma mensurabilidade, vero? Então, como não pode ser só o poder a produzir saber, a resistência também procura quantificar sentimentos. E claro, se o amor não se compadece com o frio e cínico cálculo económico, já a esperança é todo um outro negócio. Isto é, toca a quantificar a esperança que esta SAD, esta direcção, este treinador e este plantel são capazes de mobilizar. Isto é, quem é que pôs o dinheiro onde temos a esperança?
- De que é que este labrego, atrasado mental, do Luisinho está a outra vez falar, que não se percebe nada outra vez, caralho?, interroga-se o leitor mais incauto, e esperançoso de que a roulote se tenha transformado num espaço de optimismo em vez do antro de bota-abaixismo que é.
O Luisinho explica. Quem é que comprou o pacote Sporting Allez para a Liga Europa?
Vá toca de responder. Está na hora de quantificar esperanças. Aliás, a própria direcção da SAD aposta num falhanço da equipa na Liga Europa, não é? Se não porque raio é que haviam de especular financeiramente com esse falhanço, não é? Assim, ao menos ainda dá para fazer uns trocos não é? Vá lá malta, quantos Sporting Allezes é que andam aí? Quem é que acredita mesmo que o Sporting faz pelo menos três joguinhos terminada a fase de grupos da Liga Europa? Quem é que meteu dinheiro nisso, hã seus garanhões?

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