É claro que há tempos fomos buscar o Angulo e o Pongolle. E antes disso, o Alecsandro e mais uma caravana deles e não foi por isso que a testosterona deixou de subir em muitos sportinguistas. Mas isso não apoquenta. Com o tempo passa-lhes e, é como diz a sabedoria popular, o futebol é como uma caixinha de palitos do Dias Ferreira, tem para todos os gostos.
O que verdadeiramente, caros consócios que ainda acham que o Timo Tales é que é!, anda a minar este nosso querido clube não é, lamento informar, os jogadores serem novos ou velhos, altos ou velhos, da academia ou do pinhal de Leiria. Não é mesmo. O que não está a bater certo também não é o facto dos ex-contratados para nº9 valerem, todos juntos, um quilograma e meio de esterco com polpa de fruta. Não, não. Se virem bem, para os mais leigos nestas matérias, o que anda a a enterrar e a armadilhar isto tudo são - vá se lá saber como é que adivinhamos estas coisas não é? - são, desculpem se estou a pisar o risco, os excelentíssimos senhores que dirigem o nosso futebol.
Vamos lá rever, telegraficamente.
Dirigentes endividam-nos até mais não; só em gestão de jogadores, o passado escreve-se com tomam lá o Ronaldo, Carlos Freitas deixa de acertar uma para caixa, Paulo Bento goodbye Varela, rejeitara-se o Raul Meireles, depois o F. Coentrão, e muito etc, etc, etc.. Até que chegamos, muito logicamente, ao desastre da época passada. E ao, como ficou conhecido em Madrid, 'el Dia da Inocentada': em Dezembro, para serenar a chusma, fomos largar 6 ou 7 milhões de euros por Sinama Pongolle.
Quando chegou o Costinha, achava que finalmente podia-se fazer qualquer coisinha. Perdoada a maluqueira como lidou com o caso Izmailov, era gajo para conseguir achar aquele treinador de experiência internacional que aguentasse a pressão e soubesse revolucionar mental e tacticamente o colectivo. Qual quê. O JeB deu-lhe uns tostõezitos e deu para ir buscar o Paulo Sérgio de quem tenho a dizer que o vejo do melhorio em relação ao que tínhamos antes e ao que havia no mercado português. Pese embora a tara pelas alturas, por aquilo que tem mostrado até agora, dentro e fora de campo, acredito que possa vir a ser, com sorte e um décimo da paciência que muitos adeptos devotaram ao Paulo Bento, o herói que fez renascer a equipa do estertor e pô-la a praticar um futebol alegre e condigno. Por isso, as vitórias contra o Brondby e Naval poderão ter sido o nosso cabo da Boa Esperança. Deitámos fora grande parte da pressão e stress acumulados e, apesar de ainda longe de estarmos a salvo do pior, achava eu que, pelo menos, com a vinda do tal grande avançado para empinheirar com o Liedson era possível voltar a lutar até ao fim.
Enfim, tanto tempo para pensar e tanto por onde escolher, gajos que só para ir ao WC planeiam no MS Project, e depois chega dia 1 de Setembro e acabamos, mais uma vez, atrás do refugo. Acho que é hora de tirarmos a mesma conclusão: o Pongolle foi o nosso último cartucho de ouro, completamente disparado para o ar para afugentar o pânico, o moutinho e veloso foi para amortizar e a chantagem da competitividade da reestruturação financeira era a gozar.
Portanto, Saleiro e Postiga vocês são mesmo o nosso grande amor.
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