terça-feira, 6 de julho de 2010

Cooperação estratégica

Depois de feito o negócio segue-se a assadura dos concorrentes, como lhes chamou Bettencourt na AG, em lume brando. Ontem, Dias Ferreira, numa tentativa de limpar um bocado o negócio, já havia referido a possibilidade de Moutinho usar algumas das cláusulas de desvinculação introduzidas nos últimos anos pela FIFA. Não percebi muito bem, mas aparentemente por Moutinho já ter mais de cinco anos de contrato cumpridos poderia sair pagando o que faltava do seu contrato mais uns trocos. Mas o que é verdadeiramente interessante é a ofensiva mediática de hoje. Olhando para o DN, o JN e o Jogo assistimos a um relato meticuloso das incompetências que possibilitaram este negócio. Até o habitualmente solícito Jean-Paul Lares desta vez malha forte. O mais curioso é reparar na propriedade dos referidos órgãos de comunicação: todos pertencem à Olivedesportos, que por sua vez detém 20% da SAD por via directa e mais 10% por via da Nova Expressão, empresa desse grande sportinguista que dá pelo nome de Pedro Baltazar. Para cúmulo, refira-se que, ao contrário do que sucede com o Benfica, que está a pedir 40 milhõs, a SAD já negociou e vendeu os direitos televisivos até 2019, por 15 milhões de euros à mesma Olivedesportos.

1 comentário:

MSM disse...

Não há melhor estratégia de negociação do que vender os direitos televisivos depois de uma das piores épocas desportivas de sempre e quando ainda restava algum tempo até ao termo do contracto vigente, não tenho bem a certeza se era até 2011 ou 2012. Já tinha lido esta informação da venda dos direitos televisivos num outro blogue, mas ainda assim quero ver isto ser publicada num órgão de CS. Porque se até então ainda há quem não tenha percebido que a podridão das maçãs, se calhar é causada pelos jardineiros do pomar, talvez depois deste negócio os sócios percebam que estes gestores "profissionais", não passam de amadores e que andam a lesar o clube há anos, sem interferência de ninguém!

O pai do projecto um dia disse que iríamos deixar de depender da bola na barra. Pois eu digo que não só não passamos do meio campo, como ainda marcamos e festejamos os nossos auto-golos.

bom blogue que vocês têm aqui, continuem com um bom trabalho e com a clarividência até aqui demonstrada.