sexta-feira, 17 de julho de 2009

A palavra ao treinador

O Paulo Bento nunca foi um treinador que me tivesse caído no goto, devo confessar. Teve mesmo períodos francamente lamentáveis e prestou-se a situações que lhe fazem aumentar agora a factura. Como era o "menino do papá" lá foi sobrevivendo a tudo isto.
O tirocínio à custa do Sporting foi uma sorte grande que lhe saíu. Mas, agora, com as costas, quiçá, menos quentes, e com os desafios reais que se lhe deparam no imediato, tem mesmo de entrar numa outra lógica. Ele tem uma maneira persuasiva de fazer passar a mensagem --que parece "pegar" com a imprensa que temos--, construiu cuidadosamente uma imagem de determinação e é habilidoso a disfarçar carências, próprias e da equipa. Mas o período que se avizinha não está para casmurrices e não se compadece com habilidades.
Ou prova finalmente que é um treinador a sério ou antevejo dias complicados para ele. PB tem as atenções de todos em cima dele.
O próximo desafio chama-se Twente e exige, quanto a mim, um Sporting a um nível que não me parece ter sido atingido. Vejo um optimismo exagerado que, na minha opinião, não tem qualquer espécie de justificação. O papel do treinador nesta fase é absolutamente vital. E depois há todo o resto da época...
Vamos ver se o PB 2009/2010 (finalmente) convence.

1 comentário:

Blog Sporting disse...

Nem mais. Estou completa e absolutamente de acordo. Estamos na hora da verdade. Vamos ver se a montanha pariu ou não depois um rato.
A verdade é que quanto mais Paulo Bento se (e nos) enganar pior será depois a queda. E a cara de Bettencourt no final do jogo com o Feyenoord dizia muita coisa.
Ele também cobrará a confiança cega que deu a Paulo Bento. Não há almoços grátis e acabou-se o boca-doce...

SL

Pedro NOgueira