Desenhas o teu jogo com um compasso
Com desprezo do esforço e do excesso
Onde não há, tu inventas um novo espaço
Levando a bola até onde já não a meço
Tão veloz que não permance na retina
E apenas surge o golo em conclusão
Afagas a bola numa ternura repentina
Como se de repente o pé tivesse mão
«Feito num oito» fica quem tu enganas
No drible mais inesperado e imprevisto
Em vez de dias tu permaneces semanas
Na memória de quem fez o seu registo
Tu não és o altivo artista mas o artesão
E se jogas sempre de cabeça levantada
É porque a distância da bola ao coração
É tão pequena como um grão de nada
José do Carmo Francisco, Pedro Barbosa, Jesus Correia, Vítor Damas e outros retratos
3 comentários:
Gostei mesmo!
http://stasis-leonina.blogspot.pt/
Revisão ás percentagens
Tenho esse livro em casa e tem poemas dedicados a mais desportistas leoninas que valem a pena!
Este é um deles! Fui sempre um fã do Barbosa!
Boa lembrança luizinho!
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